segunda-feira, setembro 12, 2005

Tricios






Gosto de café que me faz mal. Gosto de tomar café, sobretudo se acompanhado por um cigarro negro saboroso e gosto dos cigarros que fumo. Gosto até, imagine-se, de algum álcool, depois do café e do cigarro, durante o cigarro ou durante outro cigarro.

Sou realista à luz da razão vigente: autodestruo-me e sei disso, mas sabe-me bem! Enche-me a vida e aqueles momentos vazios em que não penso em coisa alguma, excepto nos sabores. Olhos fechados, abertos para dentro. Entre sedosas nuvens de bem estar que me separam da vida real nesses momentos.

Nessas alturas, não busco, não justifico, não exploro os pensamentos. Não autopsio o que sinto ou sente alguém ou as razões. Não tenho nem ninguém tem, lógicas ou atitudes, actos nem emoções. Não existe absurdo e penso que talvez nem exista eu.

Rui

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