quinta-feira, novembro 30, 2006

CAVALO





















-O cavalo é um animal mamífero desprovido de asas, excepto no caso de se chamar Pégaso. Tem o corpo coberto de pelos e que pelo sim, pelo não, também se cobre com uma sela quando é necessário. Comummente é considerado um quadrúpede, muito embora alguns especialistas insistam em falar de uma quinta, hipotética e hipódromica pata.
-Muita gente ainda hoje acredita que os cavalos são solúveis em agua, pelo que quando chove correm a tirar o cavalo da chuva.
-O cavalo é um animal muito útil ao homem, à mulher e ás crianças; mas é sobretudo útil ás éguas.
-Existem alguns espécimes que são muito apreciados pelo seu sangue, considerado puro e usado nas transfusões entre cavalgaduras que padeçam de problemas; Sobretudo quando padecem de cáries, o que vulgarmente acontece com cavalos dados, aos quais se não devem ver os dentes por fumarem como cavalos.

-Muito embora se trate de um animal muitas vezes referido na literatura, nunca será um épico mas apenas um hípico.

ESPECIES APARENTADAS:

Cavala – Espécie de peixe marinho do qual se fazem enchovas.
Cavalo-marinho – Espécie aquática semelhante ao cavalo vulgar, mas que vive rodeado de agua por todos os lados e não apenas quando chove.
Cavalo-vapor – Trata-se de uma espécie mais potente, característica de climas muito quentes e húmidos.
Cavalgadura – O Vizinho do 5º andar, quando põe a musica alto a altas horas.
Cavalgamole – Mulher do vizinho do 5º andar.
Chavalo – Filho do vizinho do 5º andar.
Cavalinho – Papel, quase sempre branco, que se crê ter esse nome por ser da mesma cor do cavalo de Napoleão.
Portro – Cavalo a fugir para o pequeno, típico da capital do norte e que diz muitas vezes “carago”.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Sondagem











O que pensa do nosso 1º Ministro?
1) Muito Bom………….........3,141.592.653.589.793.238.462…%
2) Bom………………………..1,3%
3) Não sabe………………….3,4%
4) Nunca Provou…………….2,0%
5) É agnóstico……………….6,0%
6) Só conhece de fotografia…12,4%
7) Sim……………………….2.0%
8) Não……………………….7,8%
9) Ás vezes……………..........7,7%
10) Talvez…………………….22,3%
11) Conhece vagamente………28,5%
12)
Prefere peixe……………...98,9%

Breves conclusões:

Desta simples mas eficaz sondagem é possível concluir três coisas:

1ª. Mais de 80% dos portugueses com menos de um ano, são consumidores regulares de leite. Talvez por isso mesmo, seja tão evidente a tendência para que a terceira idade tenha mais anos do que qualquer outra.

2º. No universo dos entrevistados uma percentagem elevada usa telemóvel. Isto confirma-se facilmente pelo facto de todas as respostas terem sido obtidas através de sondagem feita por telemóvel.

3º. A fotografia está menos divulgada do que, a endoscopia, a tomografia, a pornografia ou mesmo a mamo-grafia. Deste facto não resulta no entanto, tanto quanto pudemos apurar estatisticamente, qualquer problema de saúde para os entrevistados da amostra, uma vez que a sondagem não é acerca do ministro da saúde.

4ª. Parece existir na população uma tendência para ser tendencialmente tendenciosa, nas suas opiniões uma vez que no totalidade das opiniões recolhidas, cada entrevistado expressou a sua própria opinião e não a de qualquer outra pessoa.

5ª. Facilmente se conclui também que 98,9% da população prefere comer peixe, pelo simples facto de não gostar de responder a sondagens idiotas, elaboradas e analisadas por idiotas, ou até mesmo acerca de idiotas

Ficha técnica: Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Caótica para o Blog In-Provavel no dia 1 de Abril de 2006. O universo alvo é a população com 0 ou mais anos residente em Portugal Continental em alojamentos com telefone fixo e suficientemente parva para responder. Os números de telefone foram seleccionados aleatoriamente da minha lista privada e em cada domicílio foi seleccionada a pessoa que mais perto estivav do telemóvel, na altura em que este foi atendido. Foram obtidos 3 inquéritos válidos, 50% deles a indivíduos do sexo masculino e 50% deles a indivíduos de sexo indeterminado, misto, ou sem sexo há mais de 3 anos. A taxa de resposta foi de 62%. (+/-). A margem de erro máxima da amostra é de 123,7%, com um nível de confiança de 5%.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Urso em Discurso









Quis fazer um elevado e eficaz discurso,
e subido ao palanque de elevada altura,
discursou de lá como uma cavalgadura.
Fez, fez figura, mas uma figura de urso!

Yur Adelev

-Era o grande dia da aldeia. Toda a gente, do mais novo ao mais idoso, estava ali reunida no largo para ouvir o Presidente da Câmara Municipal, o Dr. Manuel Pêra. Esta era a primeira vez que ele presidia à festa desde que vencera nas últimas eleições o Eng.º João Carrapeta.
-“Minhas Senhoras e meus Senhores,…” - começou o presidente a dizer do alto do bebedouro das vacas. “Minhas Senhoras e meus Senhores, doravante será…”
-Lá do outro lado do largo o António da Carméla gritou: “O que quer dizer doravante?”
-“Daqui para a frente…” – respondeu o presidente e continuou: “Doravante, será este o dia em que homenagearemos o mecenas que…”
-O Tóne da tasca, empoleirado na roda do tractor do Bernardes, perguntou: “Que é que lá isso do “homejaremos”, ó Sr. Presidente?”
-Já a denotar alguma irritação o presidente lá foi explicando: “Homenagearemos! Homenagear, quer dizer comemorar, festejar. Entendido? Parem lá de interromper senão nunca mais termino! Dizia então eu que homenagearemos o mecenas…”
-“Mecenas é o santo não é Senhor Presidente? O que está na capela?” – Gritou a Ti Adélia do meio da malta com a sua voz esganiçada.
-Já a bufar, o presidente olhou para o seu adjunto que estava ali mesmo ao lado, dentro de um fatinho italiano, e que também já desesperava.
-“Não minha senhora, isso do santo, é padroeiro. Mecenas é … é benfeitor, é o homem que deu o dinheiro para construirmos o Centro Social, o Senhor Comendador Francisco Ferraz Franco Ferreira Fernandes!” – Disse o adjunto quase a gritar.
-“Então dia eu…” – Continuou o Presidente enganando-se. “Dizia eu, que doravante, será este o dia em que homenagearemos o benfeitor que nos permitiu a feitura deste…”-“Fei quê?” – Perguntou o Ti Zé, ali mesmo junto aos pés do presidente da Câmara e do adjunto.
-Nessa altura, o autarca deixou no ar um sonoro palavrão e atirou com os papéis por onde lia ao ar. Ainda se ouvia o eco da sua última frase e ele, seguido de perto pelo seu adjunto, já entrava no Mercedes preto com motorista fardado e saia da aldeia a enorme velocidade.
-Foi então que rebentaram as palmas efusivas e que todos se encaminharam para as fêveras e costeletas que se assavam ali perto no terreiro.

Por entre dois golos de tinto e uma dentada no pão, dizia o Tóne da tasca ao António da Carmela, à Ti Adélia e ao Ti Zé, que o rodeavam: “Ele hoje esteve muito bem. Excelente mesmo, não acharam? Deveras eloquente, sagaz, comunicativo e loquaz. Um verdadeiro tribuno, um orador nato!”
-Todos sorriram maldosamente.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Se... PROMESSAS












-Se por acaso acredita em tudo o que lhe dizem, mesmo quando tudo parece, por todas as razões, ser falso. Se mesmo depois de ter a certeza de que lhe mentiram descaradamente, continua a desejar acreditar ou a fingir que acredita para não passar por idiota chapado e crédulo,

-Se é dos que tem que andar mais quilómetros para ir a um serviço de urgência com o braço partido ao peito ou a ter que ir muito mais longe do que antes ou até a Espanha para ver o filho, primo, neto, recém-nascido e pensa que assim mesmo é que é,

-Se costuma apresentar as suas contas, pagar as suas multas e/ou impostos religiosamente, e acha normal que existam ministros que o não façam e que acumulem ordenados chorudos com 30% de pensões insultuosamente elevadas,

-Se é dos que vêm os preços subir, o combustível subir, a electricidade subir e o poder de compra a baixar, mas apesar disso se sente esperançado nas promessas que lhe fizeram, e que eram o oposto daquilo que agora vê,

-Se encheu as janelas de bandeiras nacionais durante o mundial de futebol, de bandeiras do seu partido durante a campanha apesar de ver empresas a fecharem diariamente no telejornal, e ainda elogia o seu candidato,

-Se acreditou mesmo que todas as escolas, construídas algumas há menos de dez anos, deixaram de ter condições e não se importou de ver os filhos ou outras crianças, arrastados duas horas mais cedo para fora da cama a e aceitou tudo em nome da rentabilidade,

-Se nem mesmo depois de ver as estatísticas comparadas, deixou de acreditar que Portugal é dos países com maior taxa de funcionalismo público e que é deste sector que vem todos os males de que sofre,

-Se realmente acredita que o problema da justiça é culpa dos juízes, o da educação dos professores e não dos consecutivos ministros que tem “laureado a pevide” pelos respectivos ministérios e advoga que se resolvam à custa de quem trabalha nestes sectores,

-Se quando começou a trabalhar contava reformar-se cinco anos antes da data em que realmente o vai fazer, porque mudaram as regras a meio do jogo, contrariando o princípio da não retroactividade das leis e se sente feliz com isso,

-Se considera satisfatório o facto de pagar portagens onde antes não existiam e onde lhe prometeram que jamais existiriam,

-Se o seu candidato autárquico tem processos em tribunal por mil e uma coisas, fugiu para o Brasil ou tem na Suiça um sobrinho taxista e milionário e você ainda assim votou nele,

-Alem de ter exactamente o governo que merece, devia muito rápida e seriamente colocar a hipótese de começar a comer palha.

segunda-feira, novembro 20, 2006

3 Coisas de que gosto

Canela A canela é a especiaria obtida da parte interna da casca do tronco de uma pequena árvore com aproximadamente 10-15 m de altura, pertencendo à família Lauraceae. É nativa do Sri Lanka, no sul da Ásia.

-Conhecida desde a antiguidade e foi tão valorizada que era considerada um item a ser presenteado a monarcas e outros dignitários.
-No início do século XVI era trazida por comerciantes portugueses directamente do Ceilão (actual Sri Lanka, no sul da Ásia), chegando um quilo a valer dez gramas de ouro.
-Estudos da Associação de Medicamentos dos Estados Unidos (USDA) indicam que o uso de canela na quantidade de uma colher de chá diariamente reduz significantemente o açúcar no sangue e melhora a taxa de colesterol (LDL e triglicerídeos). Os efeitos, que podem ser conseguidos também ao utilizar canela em chás, beneficiam também diabéticos. Não se sabe ao certo se o consumo de canela é eficaz no combate à hipertensão arterial, mas é apontada como capaz de eliminar algumas bactérias nocivas do organismo e de diminuir a fadiga muscular.

-Tomada em doses excessivas pode ser tóxica, tal e qual como tudo na vida.
-Apesar de tudo isto, eu gosto dela no excelente arroz-doce, na magnífica aletria, no fantástico leite-creme, no saboroso café e no delicioso pastel de nata.



Flor de Sal – Já foi uma preciosidade cobiçada por chefs de cozinha e gourmets dos quatro cantos do mundo e até lhe chamaram “ouro branco”, mas hoje está mais democratizada e acessível.
-Portugal é um dos produtores de prestígio. As peças, isto é, os reservatórios de água do mar que compõem as salinas, localizam-se na costa atlântica e no Algarve. São necessários aproximadamente 80 quilos de sal marinho bruto para produzir 1 quilo dos caríssimos cristais de flor do sal, que chegam a custar quatro vezes mais que o sal marinho. Antes de secar completamente ao sol, a flor do sal apresenta uma coloração rosada, consequência do material, normalmente o barro, com que são construídos os tanques para abrigar a água salgada. O movimento desse líquido nas salinas ocorre em virtude da gravidade. À medida que secam, os cristais da flor do sal vão ganhando a brancura que lhes é característica. Sem sofrer qualquer tipo de processamento, são embalados directamente depois da colecta. Fonte natural de potássio, cálcio, cobre, zinco, magnésio – elemento que não está presente no sal marinho industrializado.

-Tudo isto é verdade, mas o sabor a mar, sol e vento, que confere a toda a comida em que é empregue, é algo tão suave e indescritível que vale realmente a pena.



Romã A Romã (Punica granatum L.; Lythraceae) é um fruto. Possui propriedades úteis no combate a doenças cardíacas e envelhecimento dada a sua abundância em elementos anti-oxidantes.
-Também é considerada como símbolo da prosperidade e da riqueza, e é uma das plantas com que na tradição judaico-cristã, Deus abençoou a Terra Santa.

-Considera-se também o fruto que simboliza o Amor.
-Gosto do sabor doce e delicado, da cor, da textura dos grãos semi-transparentes e do generoso sumo. Não gosto de a descascar, mas descasco.

quinta-feira, novembro 16, 2006

Manifesto anti-(?)



















-Em política imita o Sancho Pança.
-Para si a governação é uma espada embainhada que só desembainha em campanha e congresso. Não pertence à velha guarda do social, nem à nova guarda liberal, nem à guarda republicana, e de si, não guardaremos nada excepto a sua imagem, que é tudo o que cultiva.
-Se o senhor fizesse Teatro, seria o bocejo do público.
-Se fosse bocejo seria mau hálito.
-Se fosse D. Juan, seria D. Juan Tenório.
-Se fosse cego o seu cão levantar-lhe-ia a pata para as pernas.
-É rosa, mas é murcho!

-Tem a fala suave da suavidade esganiçada de tudo o que é falso.
-Morrem-lhe nos dentes, as palavras que traduzem as ideias com que outrora nos enganou.
-É ventríloquo por falar sem falar, por falar sem dizer e por dizer sem cumprir.
-O senhor não tem carácter, tem manias.
-Não tem opinião, tem consultores de imagem!
-Não tem consciência, tem a ambição de quem se rege pela cartilha do poder pelo poder e pelo prolongamento de si nele.

-Se fosse cinema, não seria tela mas mortalha.
-Se fosse verão, seria o vento frio da nortada nocturna.
-
É grande, mas não é grande coisa e jamais será grandioso!

- Aaaah!! – Diz o seu coro de cúmplices em admiração. Escondidos sob a mesa, aguardando de si as migalhas que lhes deixa cair da toalha do povo.

-Transformar dinheiro em saúde é divino, fazer o oposto é demoníaco. Os seus vermes hão-de sair-lhe do caixão sete vezes a vomitar.
-Se a desfaçatez fosse doença, seria vírus;
-Se fosse vacina, seria saúde.
-Desenvolver o ensino é magnânimo, atacá-lo é fazer o contrário, é ignominia.

-O senhor nasceu génio É reconhecido como génio sem nunca ter usado o génio que dizem que possui.
-Quando o país arde, vai para Africa; Quando o país se alaga, cai na neve de esquis.

-Se é verdade que tem má oposição é por não a necessitar.
-O senhor é a sua oposição, ou é pelo menos a oposição ao que foram as suas posições, e não devia.
-No hemiciclo, o senhor é um triciclo. Uma trindade de um, uma incoerência de trinta, um excesso de insuficiências.
-Desdiz hoje o que disse ontem com a falsidade de uma nota de trinta euros, de uma moeda de 3 cêntimos ou de um porco com asas.
-Se fosse montanhista, exploraria cavernas.
-Se fosse regra seria quebrada.
-Se fosse, jogo seria batota.

-Antes de si este povo tinha esperança e paixões, agora tem apenas desabafos.
-Fez baixar os braços a uma maioria que se fez sua pela ilusão, e que sua deixou de ser pela realidade.
-Há-de vir um dia feliz, em que na praça lhe faremos uma estátua de papelão para queimar e esquecer.
Sem Camões, sem António Vieira e sem Pessoa, Portugal teria perdido muito. Sem si já temos pouco a perder e se for embora, não se perderá nada!

segunda-feira, novembro 13, 2006

TROCADILHOS / DICATROLHOS









-Durante anos procurei o sentido da vida. Era obrigatório e estava afinal no bolso de um casaco que não visto desde o casamento do Alípio.

-Fui a uma ex-posição que tinha assumido há anos atrás, e não reconheci lá ninguém nem sequer a prima do mestre da obra.

-Ontem comprei um disco de vinil de uma banda que vi, niilista.

-O cigarro é um símbolo fálico, por isso se sonha com charutos, trate de tratar esse seu complexo de inferior-idade, ou então espere até ter idade superior.

-Após a realização de um inquérito interno, exteriorizou-se a ideia de que fora apenas por excesso de zelo que fracturara o tornozelo.

-Como nunca dominara aquela língua não queria acreditar nas frases que lhe saíam dos lábios, mas eram evidentes. Ficou de boca aberta.

-Abriu o par de janelas de par em par e parou.

-Já tinha tropeçado várias vezes e quase caíra. Só então se lembrou de olhar para baixo e foi quando reparou que tinha os dasatacadores apertados.

-Era um homem que praticava uma vida prática e estava praticamente perfeito. Apenas lhe faltava eliminar os seus defeitos que eram praticamente perfeitos em si.

-Sempre pensara que a sua mulher tinha útero, mas quando soube a verdade exclamou: “Óh… vários?”. Foi então que ficou para sempre de trompas como o Falópio.

-Naquela eleição, ele foi votado ao ostracismo. Mais tarde deixou búzios (no Brasil) para vir para Portugal. Só agora regressou para recuperar os seus búzios.

-A Câmara Municipal inaugurou 200 novos fogos; Para o efeito foram convidadas todas as corporações de bombeiros da região, bem como centenas de piromaníacos que, na ocasião, lançaram foguetes e palpites no Euromilhões.

-Paulatinamente lá foi abrindo caminho na carreira politica, à paulada e por entre mentiras.

-Naquele plenário da Assembleia, ele levantou-se e pediu a palavra. Foi há já seis meses e nunca mais a devolveu.

-Tinha sido espião toda a sua vida, e agora que já se aposentara ainda espiava os pecados que cometera.

-O primeiro-ministro prometera-lhe o lugar de ministro das pescas.Afinal ele era um bom “boy”, mas depois ficou tudo em águas de bacalhau. Foi uma boa “girl” quem ocupou o lugar… por causa das quotas… de pesca, claro!

-Os cortes aprovados para o ministério dos Negócios Estrangeiros levaram a que fossem cortadas relações com todos os países amigos e com os outros ministérios.

- Hora, Ora! – disse o orador e tinha razão: estava mesmo na hora “h”.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Todos os nomes Vs. Bichos










-Conheço, por força de circunstâncias raramente agradáveis, vários veterinários, mas tenho um amigo veterinário que para além de ser competentíssimo na sua área, tem um sentido de humor acima da média. Ele costuma alegar que este lhe ficou da sua passagem pelo curso de direito, onde penou 4 anos no primeiro ano e onde lhe nasceu a vontade de lidar com animais de espécie diferente da daqueles que com que lidaria terminado o “curso das leis”.
-Há algum tempo encontramo-nos casualmente e não sei porque a conversa descambou para os nomes que os donos dão aos seus animais.
-Na realidade é para mim um mistério o que pode passar pela cabeça de alguém para chamar “Henrique” ao seu S. Bernardo, quando esse é o nome do seu sogro, ou Valentim por se ser de determinado clube de futebol. Conheço um gato chamado “Moço” porque ninguém lá em casa se decidia como lhe chamar, entretanto era tratado assim e lá ficou “Moço” para sempre.

-Já conheci “Otelos” que nada tinham que ver com a escrita de Shakespeare; “Atilas” “Neros” e “Capones” que eram cães meiguíssimos; “Fofinhos” que só sabiam arreganhar o dente e rosnar. Conheci animais com nomes de escritores famosos que os donos talvez nunca tivessem lido: “Poe”, “Eça”, “Dante”, “Balzac”, “Gogol”, “Pirandelo”, “Tolstoi”, e até “Neruda”. Outros tinham nomes de pintores e compositores clássicos: “Picasso”, “Beethowen”, “Botticelli”, “Verdi”, “Leonardo”, “Bach” e “Gauguin”. Nomes de celebridades: “Madona”, “Prince”, “Deco”, “Figo”, “Chaplin” e “Ciciolina”. Nomes de personagens de ficção: “Rambo”, “Mickey”, “Minie”, “Pluto”, “Lassie”, “Tintin”, “Milu”, “Asterix”, “Rantanplan”, “Zorro”, “Dumbo”, “Batman”, “Flash” ou até “La Gardere”. Há claro também, a interminável lista de (quase lhes chamaria nomes vulgares), como: “Rex”, “Bobi”, “Laika”, “Patusco”, “Fatucho”, “Traineira”, “Porto”, “Benfica”, “Sporting ou Sportem”, “Brilhante”, ou “Coimbra”.
-Tenho no entanto que confessar que não conhecia nomes como: “WC”, “Douradinho”, “Sapatilha”, “TV”, “Borgeço”, “Juscelino”, “Avatar”, “Sofá” ou imagine-se…“Pénis”.

-A minha gata chama-se “Papel”, porque gostava de mastigar os meus jornais e livros quando chegou lá a casa. Mas francamente, chamar “Cabra Elisa” a uma cadela em “honra” da ex-mulher…

terça-feira, novembro 07, 2006

Natal Comercial









-Desde há alguns dias que todos os centros comerciais deste país, todas as montras das ruas mais movimentadas, todos os supermercados, todas as lojas de 1,5€ e lojas de chineses se ornamentaram de enfeites natalícios. Isto apenas pode significar uma de duas coisas: ou a recente mudança de hora lhes deu cabo do último neurónio e já não sabem a quantas andam ou o Menino Jesus este ano nasce de sete meses. Seja qual for o caso este adiantar de datas só nos pode trazer problemas. Se começamos a celebrar o Natal em Setembro qualquer dia celebramos o S. João em Maio, o dia do trabalhador em Fevereiro, o Carnaval em inícios de Janeiro e porque não a passagem de ano na segunda quinzena de Setembro. Tenho sobretudo pena dos reis magos, vêm lá do oriente e chegados cá dão com a festa feita e com o nariz na porta, porque com certeza ninguém se lembrou de os avisar da antecipação comercial do Natal. E que dizer do Pai Natal? Se tem o azar de apanhar um dia dos de Verão de S. Martinho, com as suas vestimentas para o frio, vai ser bonito vê-lo a suar as estopinhas ou pior, a dar-lhe alguma coisinha má com tanto calor:

“Mamã, mamã, fui dar um mergulho na piscina e está lá ao lado o Pai Natal desmaiado.”

“ Não será o teu pai que já está com um grão na asa esta hora?”

-Entretanto as confeitarias vão ter que se desunhar para conservar o Bolo-Rei que com o calor vai ver estragarem-se-lhe as frutas.
-Penso mesmo que os únicos a quem a medida vai sair benéfica, vão ser as crianças. Pelo menos por uma vez na vida vão ter que se comportar bem, menos dois meses e na antiga altura do velho Natal, já vão poder deitar fogo às cortinas, atirar o Telemóvel da mãe pela sanita e colocar a dentadura do avô ao cachorro, sem receios de maior.

-Entretanto vou tentar fingir-me cego, surdo e estúpido a estas alterações de calendário de festas e mais uma vez vou tentar não jantar com os chatos do costume.

domingo, novembro 05, 2006

HIPERMARCADO










15:00 Horas
-Depois de descobrir um lápis e uma folha de papel começo a fazer uma lista do que preciso comprar numa grande superfície: Cerveja, Gin, água tónica para o Gin, frutos secos para acompanhar o Gin-tónico, bolachas para acompanhar o Gin e mais cerveja para o caso de acabar o Gin. Depois lembro-me de alguns luxos a que me posso ainda dar e escrevo: sardinhas e atum em lata, after-shave, café e comida para gatos. O resto pode muito bem improvisar-se na ocasião.

16:00
-É Sábado e está sol, toda a gente deve ter aproveitado para passear e só irão ás compras lá para o final da tarde.
-Afinal a dois quilómetros do Hiper já há filas de transito e movimento a mais para o meu gosto; Parece que milhares de idiotas tiveram a mesma ideia que eu tive e por azar escolheram o mesmo hiper-mercado que eu escolhi.

17:00
-Consegui finalmente trocar dez euros em moedas para usar uma no carrinho, embora tivesse que comprar um semanário e um maço de cigarros, dos que não fumo, e esperar 15 minutos na fila da tabacaria para isso.

17:20
-Finalmente encontrei um carrinho, mas tive que voltar ao parque de estacionamento para o comprar a um miúdo por dois euros e esperar que a família com a maior das lentidões, terminasse de colocar as compras na furgoneta a cair de velha. A porcaria do carrinho, como de costume, guincha por todo o lado e tem uma roda emperrada o que faz de cada curva um exercício do tamanho de meia maratona.

17:35
-Depois de fazer quase um quilómetro de volta à entrada, eis que entro e me dirijo à zona da papelaria.
-É então que sou assaltado por uma patinadora que me oferece um cartão de credito do hipermercado: “Deixe-me falar-lhe das grandes vantagens que pode ter usando o nosso cartão. Blá, blá, blá…, apenas 2% de juros…”
-É aí que pergunto: “A taxa é anual?”. A pobre da patinadora tinha tanto de boa...patinadora como de idiota: “Sim…, bem… não… acho que é ao mês”. É esta a minha deixa, despeço-me dizendo algo em que falava de TAEG a 21%, que sabia que ela não iria entender.

18:15
-Como não encontrasse o que queria e me tivesse distraído a comparar mentalmente os preços dos livros que folheara, dirigi-me com um caderno A-4 sob o braço sempre ao som da “Macarena” e de uma voz que debitava frases imperceptíveis e chamamentos a uma tal Drª. Luísa, para a secção de lacticínios.
-Agora cada metro era um calvário. As donas de casa deixavam os maridos, os filhos e os carrinhos de compras abandonados no meio dos corredores e iam a duzentos metros buscar um sabonete ou uma beringela em promoção. Enquanto as poucas que se mantinham junto dos carrinhos, eram elas próprias tão largas que ocupavam mais espaço que o próprio carrinho.

18:45
-Ao passar na secção das bolachas parei.
-Atrás de mim tinha vindo uma senhora de idade avançada e peso idem, que invariavelmente tinha problemas de travões e me batia com o carrinho nos tornozelos sempre que eu era obrigado a parar.
-Reparei que ao meu lado, uma dona de casa de saltos altos e calças de fato de treino, estudava atentamente cada artigo: validade, peso líquido, data de embalagem, preço e sobretudo comparava ingredientes; Tudo isto em voz alta. Cheguei a pensar que preparasse uma OPA a uma qualquer fábrica de bolachas, que fosse nutricionista ou que tivesse todas as alergias alimentares do mundo. No entanto, depois de tudo isto, atirou com o ultimo pacote para o carrinho e deixou as prateleiras em total desalinho. De tal modo, que não encontrei aquelas que queria e acabei com bolachas de água e sal em vez das de chocolate, recheadas com chocolate, com cobertura de chocolate e pepitas de chocolate.

19:23
-Cheguei à secção de bebidas espirituosas.
-Ao meu lado direito, um tipo gordo ameaçava o filho de sete anos, berrando-lhe que lhe tirava a Playstation, todas as vezes que a criança aos gritos pedia um chocolate com cromos da Floribela. A filha, que aparentava 16 anos, gorda como o pai estava enfiada nuns jeans com rasgões onde, fisicamente nunca poderia ter sequer entrado; Usava um top curto em cima e demasiado curto em baixo, deixando entrever por entre os pneus, meia tatuagem de uma caveira e um piercing que ofuscava.
-Foi então que quase entendi porque é que nos Estados Unidos por vezes, alguém compra uma arma e num local destes arma uma chacina.
-Por sorte, o Gin que eu queria estava em promoção, muito embora tivesse sido mais caro do que da última vez, mas trazia consigo um inútil copo feio com o logótipo da marca e uma embalagem com dez amendoins recessos.
-A cerveja estava a bom preço, comprei três pack’s.

20:18
-Estou a suar e dói-me todo o corpo da luta com o carrinho. Parece ter vida própria, vira sempre à direita quando quero virar à esquerda e vice-versa.
-Paro no corredor dos cafés. Procuro um lote de que gosto e que tem o nome de um país africano. Nisto, sou abordado por uma senhora idosa de ar simpático que me pede para lhe ler o rótulo de uma embalagem. Leio, e logo a seguir de uma outra e outra e outra… Quando finalmente chegamos ao fundo do corredor, conhecia não apenas as características de 57 tipos de café, mas também a sua proveniência, a historia e a vida do neto da senhora estudante universitário em Braga que namorava com a Cristina que era uma jóia e de boas famílias. Despedi-me da D. Clara e enquanto me afastava, vi pelo canto do olho que agarrava uma embalagem de descafeinado.

20:47
-Secção de artigos para animais. Agarro as primeiras seis latas com o desenho de um gato no rótulo e saio dali.

21:00
-Chego à caixa numero 89. Como levo mais que sete artigos não posso usar uma caixa rápida.
-Ainda me perguntei se um pack de seis cervejas contaria por seis artigos ou por um. E a embalagem de guardanapos? Seriam cem artigos ou um?
-A menina da caixa era lenta. Bem… lenta é dizer pouco, mas sempre vos digo que jamais poderia ser caçadora de lesmas, esses rapidíssimos animaizinhos rastejantes e viscosos.
-A senhora que estava nessa altura a ser vítima da caixa, olhava para cada artigo como se não os tivesse ainda visto, como se não tivesse sido ela a colocá-los no carro ou este fosse de outra pessoa.
-O seguinte, era um senhor na casa dos cinquenta anos que experimentou vários cartões para conseguir pagar, acabando por faze-lo em cheque preenchido manualmente, já que o preenchimento automático estava avariado.
-A jovem, que estava três lugares à minha frente, foi rápida mas não havia já troco para lhe dar. Foi preciso chamar uma patinadora que tratasse do assunto. Entretanto a senhora atrás dela esqueceu-se de umas massas, que depois de pedir que lhe guardassem o lugar, foi buscar. O troco acabou por chegar, mas a senhora das massas não. Entretanto os dois clientes seguintes lá foram colocando as compras, enquanto o carrinho aguardava pela chegada das massas ali mesmo ao lado da caixa.

-Era a minha vez finalmente, mas mal peguei no primeiro item, chegou a desaparecida das massas. Trazia consigo sete ou oito artigos mas nenhum tipo de massa. Com um sorriso e um “desculpe lá”, passou-me à frente e começou a colocar a sua tralha no tapete de borracha.

21:39
-Respondi ao “boa-noite” maquinal da menina da caixa e reparei que mascava chiclete com a boca aberta, fazendo-me lembra as minhas férias na aldeia e os verdes pastos onde...
-Não, vou pagar mesmo em dinheiro! Respondi, nessa altura fui olhado de cima abaixo e carimbado como pelintra ou algo ainda pior.

22:10
-Cheguei a casa, comi uma sopa, uma sanduíche, bebi quatro gin-tónicos e adormeci na paz dos anjos depois de fazer um telefonema.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Lição de Arquitectura











Isto era o que o mestre Sextus Piscius Caecilianus (75 - 4 a.d.C.), ensinava em Roma acerca da Arte de Edificar.

-Os chãos de madeira de alguns povoados do norte são agradáveis de pisar e íntimos para conviver, mas no verão tornam-se insuportáveis. É preferível a solução romana de chãos frios, de lajotas ou mármore, que no Inverno se podem cobrir como aos corpos formosos com panos orientais.
-As janelas não devem ser estreitas nem altas como as dos templos, antes largas e horizontais, para estarem a coberto da luz divina que é sempre vertical e implacável.
-As paredes, devem amplas para que apaguem o eco dos nossos erros, brancas e luminosas para nelas podermos projectar as nossas mais queridas memórias, e para que possam reverberar os nossos esquecimentos.
-Os aposentos, devem ter duas janelas rasgadas a diferentes orientações, para manter ao menos duas diferentes visões da mesma paisagem.
-Os tectos altos como os desejos alcançados.
-A alcova simples e fresca como o Amor.
-A biblioteca, deve ser o mais abundante e transparente possível para que impregne o ar com filosofia.
-Há que ser espartano com os adornos, mas sensível à suas formas, para que como carícias se sintam mais quando secretas.
-Deve procurar-se que os pátios sejam silenciosos para compreender claramente as nossas alegrias interiores.
-Não se deve abusar das colunas que agoniam o espírito como a falsa eloquência.
-O jardim, deve ser rodeado de árvores centenárias que absorvam as nossas paixões e de flores virgens como pensamentos que no-las reavivem.
-Eliminem-se todos os cantos sombrios onde a dor e as madressilvas tendem a rebrotar.

-São estas as regras mínimas que devem ser tidas em conta quando se aborda a construção de uma habitação, mas há que saber-se que de nada servem se a casa permanece vazia.

DITADOR 1 (Kim Jong-Il)


PYONGYANG,COREIA DO NORTE–Depois de recentemente ter concordado regressar às negociações com a ONU acerca da não proliferação nuclear, o líder norte-coreano Kim Jong-Il condenou hoje o nascer do sol; Na ocasião em que fez esta declaração aos microfones da rádio nacional, apelidou o nascimento do sol como “Um acto hostil, planeado deliberadamente pelos E.U. e pelos seus aliados, inimigos do grande povo norte-coreano” declarando também tratar-se de “um claro não provocado e ostensivo acto de guerra”.
-Também de acordo com fontes militares norte-coreanas, o nascer do sol teria sido avistado cerca das 07:02 (hora de Lisboa), por uma patrulha militar junto ao paralelo 38, a fronteira sul deste país. Segundo as mesmas fontes apenas uma hora mais tarde foi possível confirmar de que se tratava na realidade, tendo imediatamente o presidente Kim enviado uma nota de aviso aos E.U.A. e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas em que denunciava a sua “condenação nos mais fortes termos de mais este acto de agressão imperialista externa, não aceitável.” Tais actos têm, segundo a agência noticiosa norte-coreana “como base as águas japonesas e caso se repitam nas próximas 24 horas, não deixarão outra solução que não seja a retaliação com todo o imenso poder das magníficas forças populares da Coreia do Norte.”
-Recordemos que recentemente havia sido proposto pelo Japão no Conselho de Segurança das Nações Unidas um conjunto de sanções económicas que previam nomeadamente o bloqueio às exportações norte-coreanas de arroz e ao envio de perucas ridículas para este país. Tal facto poderá estar na base das violentas declarações de Kim Jong-Il.
-Apesar da China ter anunciado que tais declarações não têm o peso que se tem pretendido atribuir-lhes, a Casa Branca marcou já uma conferencia de imprensa em que Condoleezza Rice anunciará a posição oficial americana quanto a estes desenvolvimentos recentes.

quarta-feira, novembro 01, 2006





















-Hallowen?
-Não deixa de ser interessante ver tanta gente a celebrar uma tradição que para além de não ser a sua, não sabem o que significa, de onde vem, a que se deve e nem sequer como se pronuncia.

“A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às actuais abóboras ou da famosa frase "Doces ou Travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração.
-Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de Outubro e 2 de Novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão" na língua celta).”

In Wikipedia

-Mas para não variar, lá vamos alegremente, ao som do tambor do comércio e dos mass media, importando tradições estranhas e desprezando as nossas. Como se isto não bastasse, incorporamos elementos da nossa tradicional bandalheira popularucha, como o pedido de dinheiro, o atirar de ovos ás janelas de quem não dá doces ou ataques com farinha. Tudo isto, praticado por criancinhas e por jovens menos criancinhas; Mas apetece perguntar: onde estarão os imbecis dos pais delas e que educação pretendem para eles?
-A resposta é muito simples: a educação que eles não possuem, a que não imaginam que exista e a que jamais saberão dar!

-Nota: Não fui jamais incomodado por estas práticas, mas hoje depois de almoço pude ver alguns estragos e ouvir diversas queixas, algumas de pessoas cujos filhos participaram nas festividades. -Para o próximo ano, vou esculpir uma abóbora, vestir-me de parvo, comprar ovos e farinha e depois… bem depois… faço um delicioso bolo de abóbora e como-o, enquanto penso nos disparates que ocorrem na rua. Se por acaso me tocarem à campainha, ofereço uma fatia e evito ter que limpar as janelas.