sábado, junho 28, 2008

ANO LECTIVO 2007 2008 - CARTA ABERTA a uma MINÍSTRA DA EDUCAÇÃO IN-PROVAVEL




















ANO LECTIVO 2007 2008
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Primeiramente esbocemos a traços largos a personalidade do ente em causa:
Classificada na família zoológica dos mediocráceos, havia sido declarada inofensiva pela unanimidade dos que lhe conheciam a carreira académica e a pessoa.
Porém, um facto despoletou os acontecimentos e despoletou as crises: foi nomeada ministra.
Foi então que aquele ser que não possuía lógica, forma literária, intuito político ou critério filosófico se rodeou de seres da própria espécie. Juntos, passaram a praticar o uso de uma e só uma ideia bocejante: ganhar um lugar na história da política de ensino atribuindo todas as culpas a quem menos as tinha.
Começou então, sempre que falava, a despejar palavras como uma bexiga incontinente; Sempre com o mesmo som esganiçado de quem fala por um nariz de Pinóquio.
A sua prestação no cargo comprovadamente não presta.
O seu discurso está povoado de orações corridas e outras atrasadas para acertar o passo, tal e qual como num funeral de ideias. Acompanha-se com gestos, ora piegas ora altivos, como faria alguém que dominasse as questões em causa. Tudo sempre numa insuportável melopeia.
A sua posição vertical em todas as questões, dobra com a profunda convicção de uma palha ao vento.
As suas ideias (ou ideia) são velhas, carcomidas; algumas até foram antes usadas de modo correcto mas por gente capaz e não é esse o seu caso nem o caso das suas circunstâncias. São como migalhas de ideias, sacudidas de uma toalha de mesa onde o intelecto esteve antes pousado.
Quando S. Excelência entrou no gabinete, a título de ministra, nunca fora nada, nunca fizera nada e nem ninguém, nem nada, esperava nada de si. Excepto talvez, que fosse o boneco na ponta dos fios dos seus dois comissários políticos nomeados para a secretariarem. Apenas nisto não desiludiu quem quer que fosse.
Ainda bem que a sua cabeça tem espaço para albergar o seu cérebro de grilo, apesar de que uma vez lá dentro, este fica como ervilha no interior de um balde de dez litros.






Breve previsão de como será o Ensino daqui a dez anos se o actual desgoverno continuar.


1. -Existirão detectores de metais á entrada de cada Escola.
2. -Os professores serão nomeados pelo Governador Civil por sua vez nomeado pelo Governo. Em alternativa podem ser nomeados pelo Presidente da Câmara Municipal ou Junta de Freguesia caso este seja do partido no Governo.
3. -O horário escolar iniciar-se-á às 08 horas e terminará às 20:30 horas, salvo no caso em que se registe alguma inconveniência para os Pais e Encarregados de Educação que se encontrem recenseados como votantes.
4. -As férias de Verão serão escolhidas previamente pelos Pais e Encarregados de Educação consoante a sua conveniência.
5. -A frequência das aulas será opcional e as faltas existirão unicamente para fins estatísticos, sendo publicadas apenas depois de devidamente tratadas pelo ministério.
6. -A avaliação de cada aluno será decidida em reunião, a ter lugar no final de cada um dos períodos, entre o encarregado de Educação e o professor da disciplina. Caso o encarregado de Educação não compareça á reunião o aluno será aprovado com nota máxima.
7. -No final de alguns anos lectivos, será organizada uma cerimónia designada “EXAME” na qual participarão todos os alunos desses mesmos anos e que funcionará do seguinte modo:
a) O conteúdo dos exames (questões e respostas) deverá ser publicado com a antecedência de dois meses e enviada e triplicado a cada aluno.
b) Na semana anterior, os alunos que o desejem, poderão frequentar aulas específicas nas quais aprenderão a preencher o cabeçalho e a escrever o próprio nome.
c) Os resultados não terão qualquer relevância para a classificação final dos alunos; Devendo no entanto constar em relatórios estatísticos a publicitar no espaço comunitário.
8. -Dos curricula deverão deixar de fazer parte disciplinas como: Filosofia, Latim, Português, Francês, História, Matemática, Biologia/ Ciências da Natureza, Geografia Geometria Descritiva e todas aquelas que pelo seu grau de exigência ocasionem alguma dificuldade para os alunos.
9. -A anterior figura de “Violência Escolar”, será substituída unicamente pala designação de “Indisciplina Escolar” passando a constar como inexistente ou com taxa “0” nos relatórios do “Observatório de Violência Escolar” especificamente criado para o controle de tal fenómeno.

quarta-feira, junho 25, 2008

Ministro da Agricultura


Jaime Silva,
Ministro da Agricultura
a PAC e a sua caixa de nabos.


Ministro dos Nabos, Ministro Nabo, Pouco Ministro e muito Nabo ou apenas NABO?

-Já não é a primeira vez que este senhor tem comportamentos típicos de tubérculo. Já fugiu de manifestantes por portas traseiras, já evitou agricultores viajando em veículos não governamentais, já mandou pescadores irem queixar-se à Comunidade Europeia e já alterou horários de visita a feiras agrícolas para assim não se cruzar com aqueles a quem toda a sua função ministerial se destina.

-Já anteriormente comprovou ser capaz de prestar declarações “rançosas”, altivas e a raiar o insulto; Comprova agora a falta de diplomacia e tacto político ou a abundância de mau fígado.

-Assim se prova que para ser ministro da Agricultura e Pescas, não basta ter aspecto de “jovem agricultor”, “bronzeado de pescador”, atitudes de perfeito NABO e fazer cara de PEIXE aos problemas que se lhe colocam.

-Ontem, o “patrão Sócrates” veio a terreiro explicar que ele não dissera aquilo que havia dito.

-Hoje, foi a sua vez de tentar convencer-nos de que o que dissera não foi aquilo que lhe ouvimos dizer.


TEXTÍCULOS V



















MEDITAÇÂO
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-Já repararam como parecem meditativos, distantes e profundos os nossos polícias, quando na rua se encontram fardados e a sós?

terça-feira, junho 24, 2008

TEXTÍCULOS IV












VIOLINO

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Quando era pequeno era mais optimista.

Queria ser violinista e sabia que dez anos, além da vida toda, eram apenas para aprender. Tinha que resistir.

Compraram-me o violino e as aulas. Seis meses depois ainda resistia.

A família já não.

sexta-feira, junho 20, 2008

terça-feira, junho 17, 2008

Noticiário IN-PROVAVEL:





















Noticiário IN-PROVAVEL:

CAMARA MUNICIPAL DE LISBOA

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa acaba de anunciar uma redução de quadros no departamento jurídico da edilidade. Tal facto, que pode representar uma poupança na ordem dos 400 mil Euros mensais, deve-se sobretudo ao facto de José (Zé) Sá Fernandes, que agora ocupa um cargo de vereação, ter deixado de interpor semanalmente uma “Providencia Cautelar” apenas porque podia.
Como resultado, nove décimos dos juristas ao serviço do município ficaram livres para as actividades normais de uma Câmara Municipal.

NOVO CARTÃO

O governo anunciou ontem a intenção de apresentar na próxima semana, um novo cartão emitido pela Secretaria de Estado dos Transportes e pelo Ministério da Administração Interna.
Os destinatários serão todas as vítimas de “carjacking” e os primeiros exemplares serão simbolicamente atribuídos aos residentes nas Berlengas.
Entre outros benefícios, o novo cartão dará direito à utilização de um qualquer veículo (independentemente da vontade do proprietário do dito) e a futura participação em “Salas de Carjacking” que poderão ser criadas brevemente.

DÍSTICOS PARA GOVERNANTES

Proximamente irá ser votado na AR um projecto-lei que irá instituir a atribuição de “dísticos” de diversas cores a atribuir aos governantes consoante a sua eficácia governativa. Os dísticos serão assim classificados: Vermelho: Excelente;

Azul: Assim-assim;

Verde: Já houve melhor;

Amarelo-esverdeado: és mesmo nódoa.

Trata-se, ao que apurámos, de uma medida pouco dispendiosa já que todos os dísticos serão da mesma cor: castanho–merdoso.

DIRECÇÃO GERAL DE CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS

Anunciou hoje, pela voz rouca do secretário de estado da pasta, que ira passar a publicar mensalmente na sua página da internet, uma listagem actualizada de todas as empresas que encerraram ou que estão em vias de o fazer por falta de pagamento de dívidas do Estado.
Nesta listagem serão incluídas as empresas que detinham dívidas à Segurança Social em montantes muito inferiores ao que lhe era devido pelo aparelho governativo e que mesmo assim foram forçadas a encerrar, lançando assim trabalhadores nos cursos de “Novas Oportunidades” e “Formação Ocasional” para disfarçar os reais números de desemprego.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

A “nova” ministra da saúde, acaba de tornar pública a intenção de tornar possível a todas as parturientes do interior e Alentejo que passem a dar à luz através da Internet. Esta medida anunciada entre dois silêncios comprometedores e três visitas não divulgadas à comunicação social, pretende evitar os partos em ambulância ou em Espanha. Foi também anunciada uma plataforma informática para combater doenças súbitas e os acidentes. Estas ocorrências, deverão passar a ter lugar, apenas on-line e em horário condizente com a existência de meios de transporte do INEM.

sábado, junho 14, 2008

E AGORA EUROPA?













O NÃO da Irlanda ao Tratado de Lisboa


Não há plano "B". Não foram equacionadas alternativas. Não existem outros modos de ultrapassar o NÃO irlandês?

É pena! É francamente pena, pois este tratado poderia permitir à Europa o passo em frente que sempre tem faltado dar em situações que requerem decisões céleres e eficazes. É pena, pois o tratado iria reforçar o poder do voto dos europeus os poderes do Parlamento Europeu. Finalmente é pena pois é uma vez mais o adiar da Europa. Ou ainda pior, pode muito bem vir a significar o início do já célebre "avanço a duas velocidades".

De realmente surpreendente apenas o facto de ter sido o país que mais beneficiou com a sua entrada na Comunidade quem deu esta nega ao tratado.

Existem muitas formas de dizer SIM à Europa. Pode ser-se europeísta discordando da forma e/ou do conteúdo desse pensamento único que nos querem impingir. Pode ser-se europeísta pensando e discordando e isto apenas porque a Europa (tal como a penso) não é um Estado mas uma Federação de países com interesses comuns, com desavenças sanáveis e com capacidade de desempenhar um papel importante a nível mundial.

Não, não sou anti-Europeu, nem sequer sou anti-o-que-quer-que-seja. No entanto, por coincidência, embora não acredite nelas, a cada tratado a nossa situação piora. A culpa não é da Europa e sob o ponto de vista puramente politico, sou favorável a este tratado e não o era à anterior tentativa de Constituição Europeia. Mas sou favorável a que seja referendado. Porquê? Por ser esse o único meio de reunir o consenso de que tal “acordo reformista” necessita para que efectivamente seja credível, represente efectivamente os cidadãos europeus e estes se sintam por ele representados. No entanto, os partidos políticos de charneira, assustados com os anteriores “chumbos” da França e da Holanda à tentativa de “Constituição Europeia”, procuram impô-lo como facto consumado.

E eis agora o resultado… de novo!

E agora Europa?

sexta-feira, junho 13, 2008

Conselho de Prevenção da Corrupção











CORRUPÇÃO

Li com atraso de semanas, um inquérito feito a 300 portugueses em que a corrupção é apontada como um dos grandes males nacionais a eliminar.

Fiquei chocado. Então não é que querem acabar com uma das mais importantes tradições culturais lusas?

O clientelismo, a “cunha”, as influências, e o “favorzinho”, são, a par com a “arte do desenrrascanço”, a técnica da lamúria e a alternância súbita entre pessimismo absurdo e optimismo incoerente, algumas das mais arreigadas tradições nacionais.

Estranhei que se não tivessem levantado todas as costumeiras vozes de defesa da tradição. Os que se manifestam, sempre que uma fachada representativa de nenhuma época ou estilo está para ser demolida; Os que confundem património com ruína e inovação com aberração. Incompreensivelmente, desta vez ninguém se encerrou num edifício, ninguém se algemou a grades, não correram abaixo-assinados, não choveram e-mails desesperados nem sms’s e nem sequer houve um “prós e contras”.

Será que está tudo doido ou apenas distraído com o futebol?

Que seria deste pobre país? Que seria dos gestores de empresas públicas e semi-públicas, dos assessores, dos chefes de gabinete, de alguns presidentes de câmara ou de clubes; De muitos empresários, dessa imensidade de juristas especializados em contornar as leis e os prazos, de tantos fiscais, directores de compras e aquisições, de muitos jornalistas e da doutora Maria José Morgado?

Que seria se esta, tão arduamente preservada, tradição se finasse de repente?

Depois… serenei. O tal estudo, sondagem ou inquérito foi feito a apenas 300 pessoas. Tenhamos calma, mais de um terço eram os mesmos deputados do PS que mandaram “às malvas” o relatório da Comissão de Prevenção da Corrupção de João Cravinho e o próprio Cravinho para o desterro doirado e silencioso na Europa.

Ontem, aprovaram um Conselho de Prevenção da Corrupção, mas podia ser uma Comissão ou um chá dançante. Logo hão-de com certeza, chover “cunhas” e pedidos para um “tachito na Comissão”.

Depois dos amigos satisfeitos, tudo há-de continuar do modo do costume e não teremos a recear a perda dessa jóia da tradição nacional. Está nas mãos correctas e nas carteiras também… será preservada com toda a certeza.

quarta-feira, junho 11, 2008

Cavaco, 10 de junho, Camões e dia da raça













DIA DA RAÇA

Muita gente da geração do Dr. Aníbal Cavaco Silva cresceu ouvindo referir o dia 10 de Junho como sendo o Dia de Portugal, da Raça e de Camões. Por uma simples questão de resumo, de uso vulgar ou apenas hábito, o dia tornou-se conhecido como “dia da raça”.

No afã revolucionário pós 25 de Abril, substitui-se (como é vulgar nos períodos pós revolucionários) tudo o que de um qualquer modo pudesse recordar o passado recente. Mudaram-se nomes de ruas, praças, pracetas e vielas. Alteraram-se as designações de pontes, caminhos de cabras, bairros operários e Escolas. Derrubaram-se estátuas e ergueram-se outras que se derrubaram depois.

Tudo isto, não passa de folclore para quem tenha dois dedos de testa. Ainda que folclore compreensível à luz da situação que então se vivia mas apenas folclore se visto desde a perspectiva actual.

O Dia De Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas mais não pretende do que exultar e relembrar o papel de Camões na cultura nacional e universal; A acção positiva dos portugueses pelo mundo fora. A sua influência para o desenvolvimento nacional e para o dos países em que se inserem como cidadãos. Por fim, pretende recordar o facto de Portugal existir contra tantos ventos e marés da história e relembrar as marcas que nela e no mundo imprimiu.

Recordo uma altura em que palavras como: comunismo, liberdade de expressão igualdade e esquerda, eram pouco menos do que proibidas e uma outra altura (imediatamente posterior) em que nacional, nação, pátria e mesmo Portugal quase foram banidas do uso comum. A mesma época em que as bandeiras não eram hasteadas nem sequer nos edifícios estatais e as que o eram, estavam rasgadas, sabujas e desbotadas até à exaustão; O hino nacional não podia ser cantado e os mais novos já o não sabiam.

Entristeceu-me hoje, constatar que ainda há quem confunda palavras com ideias e ideologias; Quem veja nas palavras mais simples, formas de pensamento; quem as tema e quem por detrás de uma falsa defesa de outras ideias, condene outro alguém que seja, apenas por simples palavras. Especialmente numa altura como a actual em parece faltar a lucidez à classe politica, para resolver os problemas existentes e para não criar outros novos.

Lamento que ainda existam autênticos “Velhos do Restelo”, ainda que sejam “novos velhos do Restelo”.

Razão tinha “o outro” quando dizia que os revolucionários de ontem serão os conservadores empedernidos de amanhã. A história repete-se…

Quanto à “raça”, eu tenho uma: a “Raça Humana” e não me venham dizer que estou errado por não ter escrito “Espécie”.

terça-feira, junho 10, 2008

TEXTÍCULOS III









LIXO

Quando os erros de uma geração de ministros se reflectem no futuro da geração seguinte à sua, os seus críticos podem considera-los erros graves, incompetência ou imbecilidades.

Quando porém, o disparate é cometido na esfera da Educação e este exorbita para lá da primeira geração afectando as seguintes; Já não é apenas um erro político, mas uma ficção destinada a manter o poder à custa do futuro de milhões. Quando é apenas uma ficção política, destrói a eficácia, os direitos e invade acintosamente a esperança, chama-se “CRIME POLITICO”.

sexta-feira, junho 06, 2008

Textículos II












NOVAS OPORTUNIDADES

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Acabo! Sim acabo.
Acabo de ver, porque a minha razão me mandou mudar de canal. Porque o mínimo do bom senso que me resta me GRITOU que mudasse de canal. Porque o que me resta de boa educação me impediu de insultar o Governo, a ministra da educação, os secretários de estado, a televisão e o canal 2. Porque a inteligência que fui adquirindo ao longo de anos de esforço e de treino mo impôs.

Pôrra (e não peço desculpa, devia dizer bem pior)! Mas que raio de futuro querem dar a alguém? Que equivalência é esta? Que paródia de ensino e habilitação estão a dar no fim da fila dos imbecis e dos que se nunca esforçaram para nada? Que MERDA pretendem ensinar a quem nunca teve capacidade para aprender o que quer que fosse, por pura incúria, incapacidade, irresponsabilidade ou preguiça?

Eu Explico:
Acabo de ouvir (pior, ver e ouvir) falar de um curso que confere habilitação equivalente ao 12º ano no qual os curricula constam de três tipos de instrução prática (apenas prática) a saber:
- Escalada;
- Deslizar por um acorda (cabo);
- Canoagem em águas, pouco mais que, paradas;

Resultado – Curso de “Técnico de Animação Turística” com equivalência ao 12º ano e possibilidade de acesso ao Ensino Superior!

Declaração de uma das “vítimas”:
“Estava para ir para humanidades mas aquilo era muito complicado e tinha muita teoria. Aqui achei melhor!”

Pudera….

Nota:

Tenho mais horas, conhecimentos (teóricos e práticos) e anos de prática de qualquer uma destas actividades do que qualquer dos futuros “Técnicos de Animação Turística” em causa. Não falo sequer dos seus “formadores”!
Tenho vergonha e posso bem com as falsas estatísticas que me querem meter pelos olhos dentro.

Um país, nenhum país faz evoluir a sua educação ou as competências dos seus cidadãos deste modo.

quinta-feira, junho 05, 2008

Textículos I









Textículos I

-A nova geração herdou dos pais a vontade ser melhor. O desejo de uma vida melhor do que a dos seus pais, melhor do que a dos seus avós. Alimentaram-na com papas nutritivas e vitaminadas. Vestiram-lhe fraldas descartáveis com grande capacidade de absorção. Untaram-na com loções protectoras. Desinfectaram-na, vacinaram-na e mantiveram-na longe de focos de infecções por razões de saúde.
-Levaram-na à escola todos os dias e foram busca-la sempre, por razões de segurança.
-Ensinaram-lhes que o Amor era uma reacção química algures no cérebro, que os valores são mutáveis, que o homem é a medida do mundo e que a vida, ela própria, possuía o valor de uma causa.
-Disseram-lhes que a Liberdade era a mais bela de todas as coisas e que a teriam porque já fora conquistada. Disseram-lhes que os direitos eram inalienáveis; que o progresso era natural; que o bem-estar era uma exigência e que a Economia servia o homem. Ensinaram-lhes que tinham que ser competitivos, especializados e ambiciosos.
-Ensinaram-lhes o que era o progresso, a tecnologia e pior do que isso, ensinaram-nos a ter esperança.

-Agora admiram-se com as neuroses, as obsessões, os complexos e depressões. Espantam-se com os violentos, os desajustados os complexados e com o modo como eles se comportam.