terça-feira, outubro 31, 2006

Estou a ficar cego









-Pode muito bem ser isso: estou a ficar cego ou estou em estado permanente de bebedeira. Bem sei, sempre me avisaram que não devia ler tanto. Sempre tive esta mania de ler, os livros infantis, as histórias em quadradinhos, a literatura juvenil, os livros recomendados do ensino, os necessários e todos os que apanhava por perto e me despertavam interesse. Tudo isto, muitas vezes em más condições de luminosidade, com tipos de letra pequenos e sem outro cuidado com os olhos que não fosse uma ou outra gota de colírio pela manha. Depois veio o uso do PC e a coisa deve ter piorado. Agora quase sempre vejo coisas a dobrar, vejo mal ou não vejo sequer.

-Vejo muitas vezes filas de estacionamento duplas e não pode com certeza ser. Vejo pensões de reforma, tão mal, tão pequeninas que mal as enxergo e outras enormes, a dobrar. Vejo Cahora Bassa a ser dada a Moçambique ao preço da uva mijona depois de paga por Portugal. Sei que isto dobrará, porque acabaremos por perdoar mais essa divida também, pois representa o triplo das exportações anuais de Moçambique. Vejo SCUTS a deixarem de o ser, pagas a dobrar, já que pagamos um imposto automóvel que é quase o dobro do dos outros países europeus. Até já vejo coisas mais estranhas, como estudos feitos pela empresa de um secretário de estado para o ministério que é o seu, e por atribuição directa. Vejo o preço da electricidade dobrar a taxa de inflação. Vi e ouvi ministros durante uma semana dobrarem o limite de estupidez que é permitido a qualquer humano, dobrando em igual medida a arrogância e o desprezo pelos cidadãos. Vejo um segundo referendo, que se não tiver a capacidade de mudar algo, terá tido o dom de nos cegar temporariamente para que não vejamos a continuação dos disparates. Vejo dobrar a estupidez no futebol e a impunidade dos dirigentes. Por outro lado não sou capaz de ver que cheguemos deste modo a lugar algum.

-Dias atrás, consultei um amigo que é um competente oftalmologista; depois de muitos exames garantiu-me que nada de anormal se passa com a minha visão e que nem sequer necessito de óculos. Então como posso eu continuar a ver tanto absurdo e tanta asneira dobrada e impune?

segunda-feira, outubro 30, 2006

Mentiras quotidianas












-Este ano, vou começar a fazer ginástica.
-Isto não dói nada.
-Vou já!
-Estava mesmo para te ligar.
-Devo? Tem graça já nem me lembrava.
-A culpa foi do árbitro.
-O semáforo estava amarelo.
-São só cinco minutinhos… para ir ali à farmácia.
-Paga-me o café que eu pago-te amanha.
-Mandei o cheque ontem.
-É só mesmo ver o e-mail e desligo logo.
-Perdi o seu número de telemóvel.
-Somos só amigos.
-Eu sei o que podes pensar, mas entre nós não se passa nada.
-Este ano, vou estudar a sério.
-Tive um problema familiar professor.
-O professor embirra comigo
-Desculpe o atraso, estive na biblioteca.
-Demoro só cinco minutos.
-Já o li mas agora não me recordo bem.
-Juro que não conto a ninguém
-Estava mesmo para sair.
-Empresta-mo que amanhã já to devolvo.
-Fica-te muito bem.
-Não, estava só a descansar os olhos.
-Bati, mas a culpa foi do outro condutor.
-O raio do gin estava estragado.
-Bêbado… bêbado nunca estive, só um pouco alegre.
-E… que se sente ao fumar isso?
-Liguei-te mas estava ocupado.
-Estou aí em dez minutos.
-Vou pensar e depois digo-te alguma coisa.
-Nunca tal coisa me passou pela cabeça.
-Liga-me depois, agora estou em reunião.
-Era tão boa pessoa.
-A sexta rodada pago eu!

sexta-feira, outubro 27, 2006

O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO













Se é jovem, não tem experiência.
Se é velho, está ultrapassado.

Se não tem automóvel, é um pobretana.

Se tem automóvel, queixa-se de “barriga cheia”.

Se fala em voz alta, passa a vida a gritar.
Se fala em tom normal, ninguém o escuta.

Se chega cedo, é certinho.

Se se atrasa é, atrasado.

Se veste mal é “freak”
.
Se veste bem, é “béto”.
Se nunca falta às aulas, é um “chato”.
Se falta porque precisa faltar, é “baldas”.

Se conversa com outros professores, está “a cortar” nos alunos.

Se não conversa, é um desinteressado.

Se fala com os pais, é "graxista".
Se não fala com os pais, é "inacessivel".

Se dá muita matéria, não tem dó dos alunos.

Se dá pouca matéria, não prepara os alunos convenientemente.
Se brinca com a turma, arma-se em engraçado.

Se não brinca com a turma, é um chato.

Se chama à atenção, é um grosso.

Se não chama à atenção, não sabe se impor.

Se o teste é longo, não dá tempo.

Se o teste é curto, tira hipóteses ao aluno.
Se escreve muito, não explica.
Se explica muito, o caderno não tem nada.
Se fala correctamente, ninguém o entende.
Se fala a “língua”do aluno, não tem vocabulário.
Se exige, é rude.
Se elogia, é “estranho”.
Se o aluno é reprovado, é perseguição.
Se o aluno é aprovado, é falta de exigência.
É, o professor está sempre errado, mas se conseguiu ler até aqui, agradeça aos seus professores!!!


segunda-feira, outubro 23, 2006

Criancinhas e outros monstros..







As crianças têm a imensa sorte de gozar de uma impunidade total dos seus actos, ainda que sejam uns sacaninhas horrorosos, mal-educados, vis e ruidosos serezinhos.

-Recordo uma ocasião em que depois de muito trabalho tido pelos pais para organizar uma festa natalícia de arromba, subiu ao palco uma menina para receber não sei o quê, que ao acercar-se do microfone exclamou: “Esta festa é chata”. Toda a gente lhe achou graça e houve uma risada geral, como se aquela atitude enfastiada, fosse a atitude que todos gostariam que os seus próprios rebentos tivessem tido. Se tivesse sido um adulto a tomar a mesma atitude o mínimo que pensariam dele é que se tratava de um imbecil mal-educado e inoportuno.

-Estas barbaridades infantis são tão aplaudidas, que quando as crianças crescem e se tornam políticos em campanha, tudo julgam ser-lhes permitido, até a mais descarada mentira e irrealista promessa.

-Os “pequenotes” têm impunidade para tudo, seja para um acto escatológico (fisiologia),
seja para a maior das crueldades. Como vítimas, estão além dos animais de estimação os irmãos mais velhos, que sofrem muitas vezes incontáveis martírios às mãos dos manos e manas mais novos, e como tal impunes. Bem diz a Bíblia que os últimos serão os primeiros: os últimos a nascer, são os primeiros a atazanar a paciência dos mais velhos. Eu sei bem do que falo, como irmão mais novo, recordo-me de ter destruído a colecção de carteiras de fósforos do meu irmão; Ter oferecido aos colegas de escola a sua colecção de lápis e de um outro sem numero de actos destrutivos, que me levariam a mim ao desespero se a situação fosse oposta.

-As criancinhas dizem tudo o que pensam. Por isso ser adulto não é ser sincero e se em alguma altura nos escapa uma frase ou comentário, que nos enterra em sarilhos até ás orelhas, podemos sempre culpar a criança que vive ainda dentro de nós. As crianças não se defrontam com problemas quando dizem aquilo que pensam, pelo contrário nós sim; Ainda que muitos adultos além de não dizerem o que pensam, não são capazes sequer de pensar no que dizem.

-Mas há mais. Imaginem que se vos escapa um eructo, ou um flato em público; Imediatamente se instala o maior dos silêncios embaraçosos e logo vos transformais no suíno daquele grupo de pessoas. Por outro lado, se tal acontece com uma criança, logo os sorrisos maternais se abrem de par em par; “Escapou-lhe…, coitadinho que querido!” Isto, ainda que a criança seja uma besta mal-educada, filha de pessoas que não sabem educar, sem princípios e sem outra preocupação com o bacorinho, que não seja a de o ter na escola a maior parte do dia e em silencio quando perto de si.

-Estas atitudes, por parte dos adultos, são no mínimo, imbecis; Pois aquele que de pequeno deita fogo ao jornal em casa, quando crescer, incendiará a fábrica para receber o seguro. Por aquilo que hoje os elogiamos, amanha condenamo-los em tribunal.

sexta-feira, outubro 20, 2006

RIVOLI, Ri, Ri!











-
Recentemente existiu uma ocupação de uma estrutura cultural na cidade do Porto.
-Chamei-lhe “estrutura cultural” e não teatro porque é assim que as actuais figurinhas da culturinha portuense gostam de falar e denominar na o que na realidade se chama Teatro Municipal Rivoli.
-E quem são estas figurinhas?
-Para começar são os “papa-subsidios”. Aqueles que não conseguem levar à cena peça que tenha mais de 30 espectadores por representação: O que não seria mau, mas ainda assim 10 são amigos colegas, namoradas e amigos delas que entram gratuitamente, 5 são jornalistas da área cultural e apenas dez são incautos espectadores que levados pela curiosidade verdadeira ou fingida lá vão assistir a uma espécie de performance que poderia ser representada na rua de Stª Catarina em hora de ponta com mais espectadores.

Desta vez a performance teve mais público do que qualquer outra produção, talvez seja afinal este o caminho.

Factos 1

-Não se trata de privatização do Rivoli, mas sim da sua gestão. O mandato terá a duração de quatro anos o que traduz uma atitude de enorme dignidade politica pois não limita outro possível executivo camarário. O Teatro continuará a ser propriedade Municipal. Só quem aborda a questão com interesse pessoal e malícia fomenta a mentira da privatização do teatro.
-Durante o ultimo mandato o Teatro Rivoli “absorveu” 11 milhões de Euros, apenas menos 2 milhões do que todas as Juntas de Freguesia da cidade. Tal medida fará baixar o encargo camarário de 2,5 milhões de euros para cerca de 200 mil euros anuais.
-O pequeno auditório continuará vinculado às produções de carácter experimental, ficando as pequenas companhias salvaguardadas em termos de espaço.
-A entidade administradora fica obrigada a ceder gratuita e anualmente 2500 bilhetes aos alunos do ensino básico do Porto.

Factos 2

-Chovia e com certeza estava-se melhor lá dentro do que na rua.
-Os amigos levavam sandes e cervejolas aos “sitiados”.
-O Pedro Abrunhosa não se algemou às grades.
-Houve mais espectadores do que em qualquer outra ocasião ou peça levada a cena pelos envolvidos; Cerca de 50 simultaneamente, mais dois do que nas peças mais assistidas.
-João Teixeira Lopes (deputado do bloco de esquerda) correu para lá, para poder ter tempo de antena e despejar as suas opiniões.
-Compareceram os saltimbancos do costume, acompanhados dos lenços à Arafat, dos bombos e das bandeirinhas vermelhas e até se cantou a “Grândola vila morena”.
-A “GRANDE MANIFESTAÇÃO DE APOIO NA PRAÇA D.JOÃO I ÀS 20H00 DE 5 ª FEIRA DIA 19 DE OUTUBRO”, não teve mais pessoas do que as que por ali estiveram nos dias anteriores.

quinta-feira, outubro 19, 2006

A nobre arte do INSULTO





















-Para que seja possível insultar alguém com alguma dignidade e inteligência, não basta o palavrão batido, a expressão ordinária e repetida, a referência aos parentes próximos ou o achincalhamento próprio dos simplórios e dos parlapatões sem ideias. Para bem insultar alguém, é necessária alguma arte e estilo; É necessário que se possuam recursos linguísticos e imaginação suficiente, para poder improvisar metáforas inteligentes. São estas metáforas que muitas vezes constituem autênticos homicídios de personalidade para o insultado mas que ele, apesar de tudo, pode tolerar sem a verdadeira e irreversível ofensa. A arte de bem insultar é sempre uma demonstração de agudeza de espírito por parte de quem em determinada altura sente necessidade de dizer a outrem o quão mau, baixo, ou estúpido é, ou está a ser momentaneamente. O insulto demonstra, quando inteligente, uma boa integração social, humor, capacidade de análise e de reacção a factos adversos. O insulto, se inteligente, é libertário, democrático, humanista e terapêutico. O insulto, não é desprezível nem deve ser desprezado. Não se deve jamais confundir o “bom insulto” com ordinarice, demência, saloiice ou vulgaridade. O “bom insulto” é insolente, é malicioso, é diabolicamente perverso e ao mesmo tempo elegante e quase aristocrático.
-O insulto, é património cultural de toda a humanidade e da sua comunicação verbal. É instrumento preciso para que aqueles que não se submetem, possam permanecer livres de peias que não desejam, de ideias pré-concebidas e de tentativas de imposição de toda a espécie.
-Quem ao longo da sua vida não insultou em determinada situação, voluntariamente alguém?
-Quem, na altura de escolher as palavras, não hesitou entre a verborreia da vulgaridade e elaboração inteligente de frases? Nestas situações limite, é necessário possuir precisão para ferir sem deixar ferida, bater sem deixar nódoa, magoar sem fazer doer mais do que o tempo necessário para que o insultado possa ver o seu erro, e cair em si… ou não.
-Foram muitos os escritores que cultivaram esta arte de dizer verdades ofendendo apenas o necessário. Muitas vezes disfarçado sob o manto largo do humor, o insulto foi usado magnificamente por: Nicarcos, Gil Vicente, Moliere, Bocage, Rafael Bordalo Pinheiro, Eça de Queirós, Cervantes, Quevedo, Lope de Veja, Camilo Castelo Branco, Ramalho Ortigão, Winston Churchill, Bernard Shaw, Serge Gainsbourg, Jorge Luís Borges e tantos, tantos outros.
--Talvez que em ultima instância, seja a arte do bom insulto a única coisa que valha a pena salvar neste país de façanhudos e gente de riso tonto e fácil. Gente de comunicados oficiais e de “oficiais” sem capacidade de comunicação. Neste país de pseudo cultos sorumbáticos e de palhaços alegres mas ridículos. De gente alinhada em demasia ou demasiado desalinhada; Deprimida e deprimente.

Saiam à rua e insultem com elegância, ou então… vão afogar peixes.

Heis alguns exemplos de que gosto:

  • Eu insultava-te mas acho que não irias notar.
  • Não, não te chamei estúpido. Isso seria insultar os estúpidos deste mundo.
  • Será que a corrente dos teus pensamentos tem algum elo?
  • Nem todas as pessoas são aborrecidas, também há os falecidos.
  • Estou a tentar imaginar-te com uma personalidade.
  • Se eu atirar um ramo para longe tu sais daqui?
  • Tu? Do meu planeta?
  • Quando é que o teu circo de anormalidades passa cá para te vir buscar?
  • E… a tua opinião deslocada, estúpida e a despropósito, seria?
  • Olha lá, por acaso eu pareço-te alguém com vontade de te ouvir?
  • Eu finjo trabalhar e eles fingem pagar-me.
  • Será que os extraterrestres se esqueceram de te retirar a sonda anal?
  • Gosto do teu perfume, mas seria preciso tomares banho nele?
  • Qualquer que seja o teu novo visual devo dizer-te que falhaste.
  • “Ele pode parecer como um idiota e falar como um idiota, mas não deixes que isso te engane. Ele é um perfeito idiota.” - Groucho Marx
  • Deves ser o único génio com um Q.I. de 10.
  • Os teus pais por acaso não serão irmãos?
  • Deve estar a fazer anos que foste excretado pelo organismo da tua mãe, não?
  • Deixa lá, ainda um dia hás-de ser famoso. Lá no manicómio onde te internarem.
  • Estás a começar a parecer razoável, vai tomar a medicação!
  • Tens mesmo cara de santo… S. Bernardo!
  • Sabes bem que entendo esse sentimento de vazio de que falas, conheço bem o teu cérebro!
  • Não sei qual é o teu problema mas com certeza a psiquiatria em um nome para ele.
  • Gosto de ti fazes-me lembrar de mim quando eu era estúpido!
  • Hei! Quem é que te escolhe a roupa, O Stevie Wonder?
  • Ok, prometo tentar ser mais simpático se prometeres tentar ser mais inteligente.
  • Namorada nova? Onde é que ela deixa o cão e a bengala às riscas?
  • Olha que o facto de ninguém te entender não é por seres um artista modernista.
  • Irra! Parece impossível como em tempos foste o mais rápido dos espermatozóides!
  • Naturista, tu? Depois de tudo o que a natureza te fez?
  • Eu sei que toda a gente tem direito a fazer asneiras mas tu abusas desse direito.
  • Recordas-me alguém que conheci em tempos, … durante um pesadelo.
  • Já pagaste as quotas deste mês do clube dos canalhas?
  • Eu sei que não és um plagiador, mas tu não plagias é a raça humana!
  • Se alguma vez te vir a afogar, prometo que te atiro uma corda, ambas as pontas e tudo.
  • Só ouvirás algo de bom acerca de ti se for num monólogo!
  • Gostava imenso de trabalhar para si, mas como coveiro.
  • Se disse algo que te tenha ofendido, podes ter a certeza de que foi totalmente propositado.
  • És tão estranho que eras capaz de tropeçar no fio de um telefone sem fio.
  • Eh pá, vai afogar peixes!

terça-feira, outubro 17, 2006

OPTIMISTA ou OPORTUNISTA ?






















-Anunciou o fim da crise em Portugal.
-Seria distracção, optimismo, ou oportunismo?
-Se eu fosse ministro talvez a crise me passasse ao lado como a ele.
-Ficou-lhe bem admitir ter-se tratado de um erro infantil, ficou-lhe mal não ter sido o primeiro que comete.
-Tal como outros ministros, também este parece viver longe do país.













-Eis aqui um programa de cinco anos para resolver o problema da falta de autoconfiança na sua capacidade gramatical e ortográfica. Em vez de melhorar o ensino, vamos facilitar as coisas, afinal, que é o que parece que o ministério tem querido fazer até porque o Português é realmente difícil, não apenas a Física e a Matemática. Para não assustar os poucos que sabem escrever, nem deixar mais confusos os que ainda tentam acertar, será tudo feito de forma gradual.


Ano 1 - O "Ç" vai substituir o "S" e o "C" sibilantes, e o "Z" o "S" suave. Peçoas que açeçam a Internet com freqüênçia vão adorar, prinçipalmente os adoleçentes. O "C" duro e o "QU" em que o "U" não é pronunçiado çerão trokados pelo "K", já ke o çom é ekivalente. Iço deve akabar kom a konfuzão, e os teklados de komputador terão uma tekla a menos, olha çó ke koiza prátika e ekonômika.

Ano 2 - Haverá um aumento do entuziasmo por parte do públiko, kuando o problemátiko "H" mudo e todos os acentos, inkluzive o til, seraum eliminados. O "CH" çera çimplifikado para "X" e o "LH" pra "LI" ke da no mesmo e e mais façil. Iço fara kom ke palavras como "onra" fikem 20% mais kurtas e akabara kom o problema de çaber komo çe eskreve xuxa, xa e xatiçe. Da mesma forma, o "G" ço çera uzado kuando o çom for komo em "gordo", e çem o "U" porke naum çera preçizo, ja ke kuando o çom for igual ao de "G" em "tigela", uza-çe o "J" pra façilitar ainda mais a vida.

Ano 3 - A açeitaçaum publika da nova ortografia devera atinjir o estajio em ke mudanças mais komplikadas serão poçiveis. O governo vai enkorajar a remoçaum de letras dobradas que alem de desneçeçarias çempre, foraum um problema terivel para as peçoas, que akabam fikando kom teror de soletrar. Alem diço, todos konkordaum ke os çinais de pontuaçaum komo virgulas dois pontos aspas e traveçaum tambem çaum difíçeis de uzar e preçizam kair e falando çerio já vaum tarde.

Ano 4 - Todas as peçoas já çeraum reçeptivas a koizas komo a eliminaçaum do plural nos adjetivo e nos substantivo e a unificaçaum do U nas palavra todas ke termina kom L como fuziu xakau ou kriminau ja ke afinau a jente fala tudo iguau e açim fika mais faciu. Talvez naum gostem de akabar com os plurau porke gosta de falar xxx nos finau das palavra mas vaum akabar entendendo. Vaum adorar. Os madeirense vaum kerer aproveitar pra akabar com o D nos jerundio .

Ano 5 - Akaba a ipokrizia de çe kolokar R no finau dakelas palavra no infinitivo ja ke ningem fala mesmo e tambem U ou I no meio das palavra ke ningem pronunçia komo por exemplo roba toca e enjenhero e de uzar O ou E em palavra ke tudo pronunçia como U ou I, I ai Im vez di çi iskreve pur ezemplu kem ker falar kom ele vamu iskreve kem ke fala kum Eli ki e muito milio çertu ? Os çinau di interogaçaum I di isklamaçaum kontinuam pra çabe kuandu algem ta faz uma pergunta ou ta isclamandu ou gritandu kom a jenti e o pontu pra jenti sabe kuandu a fraze akabo.

Naum vai te mais problema ningem vai te mais eça barera pra çua açençaum çoçiau e çegurança pçikolojika todu vai iskreve sempri çertu I çi intende muitu melio I di forma mais façiu e finaumenti todu em Portugau vai çabe iskreve direitu ate US jornalista US publiçitario US blogeru US adivogado US iskrito I ate US pulitiko.

Ki maravilia!

(Baseado em texto de Anónimo que ignoro quem seja)

quinta-feira, outubro 12, 2006

quarta-feira, outubro 11, 2006

Emigração




















Portugal era um país de emigrantes e ainda é!

-Os portugueses são emigrantes ilegais em Portugal. Senão vejamos: quantos de nós possuímos autorização de residência? Quantos de nós possuímos emprego garantido? Quantos de nós temos ensino e assistência na saúde gratuitamente?
-Pode pensar-se que o simples facto de termos no bolso um cartãozinho que ostenta o símbolo da república portuguesa, a nossa foto e alguns dados pessoais, nos torna cidadãos de pleno direito, mas não é exactamente assim.
-Todos os portugueses vivem cá por pura necessidade, tal como os emigrantes, sejam eles de leste, de oriente, da América do sul ou de África. Quase todos passam necessidades para conseguir chegar ao fim do mês com dinheiro no bolso e se possível guardar algum. Todos se consideram explorados pela entidade patronal e trabalham quanto podem para manter o emprego.
-Os portugueses, possuem o fatalismo russo, moldavo e ucraniano; A saudade da terra que os Brasileiros possuem, e tal como os chineses e indianos, todos sonhamos com um negócio próprio. Dos africanos herdámos, ou imitamos, o gosto pelo calor, pela comida bem “puxada”e alguma alegria interior.
-Aquilo que no entanto mais nos liga a todos eles, é a progressiva comunhão de falta de qualidade de vida, de uma cada vez maior precariedade de condições sociais e galopante perda de direitos laborais imposta por governos despóticos, surdos e cegos a tudo o que não seja a sanidade económica, que não sabe por manifesta incompetência atingir.
-Tal como nas ditaduras ou governos musculados, que exigem e impõe sacrifícios que não fazem, também por cá as máfias se desenvolvem em terreno fértil e impune. Podem não ser gangs de favela, máfias russas, tríades ou senhores tribais. Podem usar colarinho branco, saco azul, BMW metalizado e apito dourado, mas são máfias e nós pobres emigrantes em Portugal estamos cada dia mais sujeitos a elas.

terça-feira, outubro 10, 2006

segunda-feira, outubro 09, 2006

"República/Monarquia" - Redacção












-Para o final a monarquia não valia dois reis.
-A república começou por ser uma república das bananas, depois a dita, tornou-se muito dura e por fim o estado novo caiu de velho por culpa de uma revolução que se transformou em grande confusão.
-A primeira república laicizou o ensino e as que se lhe seguiram lixaram-no. Na monarquia existiam muitos analfabetos. Na república pouca gente sabe ler bem, e menos ainda são aqueles que lêem realmente. A república acabou com o caciquismo que grassava durante a monarquia e criou caciques novos.
-Na monarquia existia muita pobreza e poucos mandavam em muitos; Com a república, a situação inverteu-se, isto é: poucos mandavam em muitos e havia muita pobreza.
-Na monarquia os mações conspiravam, na república não?

terça-feira, outubro 03, 2006

Manual para políticos amadores (Capitulo III)













Acusar
-Incriminar.
-Apontar responsabilidades.

Adversários
-Protagonistas oponentes.

Amanhã
-Futuro próximo.
-Nunca.

Ambição
-Vontade de servir.
-Progressão politica.

Atrasado
-Moroso.

Cabeçadas
-Divergências.
-Discordâncias.
-Dissonâncias.

Cabeçudo
-Determinado

Cacique
-Líder de opinião local.

Cínico
-Bem humorado.
-Original.

Combinação explosiva
-Coabitação.

Contestação
-Agitação.
-Oportunismo.
-Desvario.

Confissão
-Clarificação.

Culpado
-Alegadamente responsável

Cumplicidade
-Convergência de interesses.
-Comunhão de objectivos.
-Princípios e objectivos comuns.

Deixa andar
-Manutenção do status quo.

Desvalorização salarial
-Reajustamento salarial.

Discordância
-Dissonância.

Doido
-Desequilibrado.
-Original.
-Stressado, esgotado, cansado ou com problemas de coluna, se membro de um governo

Droga
-Dependência.
-Substancia tóxica.

EVASÃO
-Se recluso - Reinserção social.
-Se capitalista - Investimento no estrangeiro.
-Se jornalista - Contornar a questão.

Falhanço
-Adiamento.

Fraqueza
-Tolerância.

Greve
-Paralisação laboral.
-Bloqueio produtivo.
-Ataque às instituições.

Gueto
-Minoria
-Grupo desfasado da realidade.
-Desajustados sociais.

Homem de mão
-Colaborador próximo.
-Assistente pessoal.
-Assessor.

Imobilismo
-Status quo.
-Manutenção da actual situação.

Ignorância
-Desinformação involuntária.

Inflação galopante
-Ligeira derrapagem de preços.
-Dificuldade económica de aquisição.

Jovem palerma ambicioso
-Neófito.

Lobby
-Grupo de pressão.
-Grupo de interesses.

Luta
-Debate aceso de ideias.

Mentiras
-Alegações.
-Desinformação voluntária.

Miséria
-Condições precárias.
-Necessidade económica.
-Precariedade social.

NÃO
-Sim mas…
-Talvez.
-Logo se verá.

Pacóvio
-Rural.

País subdesenvolvido
-País em vias de desenvolvimento.

Pobre
-Necessitado.
-Excluído.

Privilégios
-Vantagens adquiridas.
-Recompensa monetária.
-Compensação.

Propaganda
-Informação.
-Conferencia de imprensa.

Sacudir a água do capote
-Referendo.

Reaccionário
-Tradicionalista.

Repressão
-Manutenção da ordem.

Saco de gatos
-Congresso.

Salário miserável
-Rendimento mínimo.

Suborno
-Contribuição.
-Ajuda monetária.
-Financiamento pessoal.

Víbora
-Dissidente.
-Discordante.

Vira-casacas
-O que sai do meu partido para outro; O que faz o oposto é sempre uma pessoa de coragem politica, carácter, coragem e assinalável percurso politico.

domingo, outubro 01, 2006

Manual para políticos amadores (Capitulo II)












O Que se pensa e o que se diz:

A demora deve-se à excessiva burocracia.
“-O ligeiro atraso verificado deve-se à necessidade de serem respeitados os prazos e procedimentos legais necessários.”

A Inflação vai aumentar.
“-Uma certa incerteza paira sobre as perspectivas de aumento de poder de compra.”

Ambos são cúmplices.
“-Entre ambos existe uma grande convergência de interesses pessoais e outros.”

As eleições mudaram esta trapalhada toda.
“-Trata-se muito naturalmente do fim de um ciclo político e do inicio de um outro na sociedade portuguesa.”

As guerras internas no partido são inevitáveis e perigosas.
“-É salutar que diferentes sensibilidades se exprimam no contexto interno.”

A reunião foi detestável e sem resultados.
“-A reunião decorreu em clima franco e cordial com muitos pontos de vista semelhante e também algumas discordâncias.”

Bolas o fulano tem toda a razão, vou fazer como ele disse.
“-Sou extremamente sensível à eficaz analise que acabou de fazer e não deixarei de a ter em conta no futuro.”

BRONCA:
“-Circunstancias totalmente imprevisíveis levaram a que se cometesse um erro de cálculo com base em previsões não realizadas.”

Cala a boca idiota!
“-Tenha a bondade de me deixar terminar o meu raciocínio sem me interromper constantemente.”

CUNHA:
“-Ligação de personalidades da sociedade civil ao aparelho de Estado.”
“-Escolha pessoal com base na confiança e competência demonstradas.”

Ele é um valho jarreta, dorminhoco e cada vez mais gágá.
“-Ele é um bastião dos grandes valores ideológicos da democracia e a sua contribuição não pode nunca ser descurada ou esquecida.”

Ele é autoritário e déspota.
“-Ele possui uma considerável capacidade de chefia e liderança.”

Eleições? Que chatice.
“-As consultas eleitorais que pautam a vida do nosso país, permitem aos portugueses exprimir os seus anseios de forma democrática.”

Está bem eu digo-vos, mas nada de escrever isto.
“-Naturalmente informar-vos-ei acerca dessa questão mas off-the-record.”

Está totalmente lixado!
“-A sua posição pessoal encontra-se algo fragilizada.”

Está tudo lixado e vai tudo pró desemprego!
“-A actual conjuntura, a avaliar pelos recentes índices da Comunidade Europeia e da OCDE, apresenta sérios défices estruturais cujo resultado poderá traduzir-se na desacelaração da nossa economia e na forte penalização de algumas categorias sócio-profissionais.”

Fui obrigado a ceder em quase tudo.
“-Foi uma frutuosa troca de pontos de vista que me deu ocasião para redefinir as minhas convicções acerca de alguns assuntos específicos.”

Grande escandaleira.
“-Acontecimento algo embaraçoso.”

Há quem saiba bem quem ele é.
“-Goza de uma certa notoriedade em certos círculos.”

Há tantos militantes como correntes internas.
“-A galáxia de opiniões é rica na sua diversidade”

Morreu? Ainda bem, não faz cá falta nenhuma.
“-Uma perda irreparável para a democracia portuguesa.”
“-Um enorme exemplo de respeito pela liberdade, um democrata e um lutador de excepção e sem paralelo.”

Os idiotas dos eleitores.
“-O tecido eleitoral português.”

O Chato do Presidente da República.
“-O Garante da unidade nacional, o supremo magistrado da nação, o Chefe supremo das forças armadas e o verdadeiro vértice do estado.”

Os pobres estão cada vez mais miseráveis.
"-Verifica-se um ligeiro incremento no numero de portugueses necessitados e na taxa de exclusão social.”

O tipo além de cabotino é teimoso como uma mula.
“-Para além da sua personalidade extremamente mediática é sem qualquer duvida possuidor de sólidas convicções.”

O tipo é um fraco.
“- Possui uma enorme abertura de espírito que sempre soube demonstrar.”

O tipo é um idiota chapado e um indeciso.
“-Possui a primordial qualidade de um verdadeiro homem de estado, que é a de saber utilizar a capacidade de análise e reflexão.”

Passa o tempo todo a mudar de opinião.
“-Possui convicções flutuantes mas perfeitamente bem fundamentadas.”

Se falo acerca disso ainda me enterro.
“- Não sustentarei discussões estéreis e inúteis desadequadas ao momento presente.”

Ser do Contra.
“-Exprimir a diferença.”

TACHO:
“-Desempenho desinteressado de funções oficiais da mais alta responsabilidade e da maior importância para o país.”

Uns dias de sonho nas Seychelles com tudo pago.
“-Uma missão de representação ao mais alto nível, com vista ao estabelecimento de contactos comerciais e ao aprofundamento dos laços de amizade entre os dois estados.”

Vou ser demagogo porque isso ainda dá votos.
“-É necessário dar atenção relevada aos problemas que afligem os portugueses e não descurar nunca o aspecto social da governação.”