segunda-feira, maio 31, 2010

Sindrome de Asperger, o que é?

asperger in-provavel

O Síndrome de Asperger é algo verdadeiramente difícil de explicar e como tal não admira que muitos educadores, médicos (pediatras inclusivamente) e até mesmo psicólogos apenas tenham lido dois ou três parágrafos num qualquer manual durante a sua formação académica ou conheçam apenas a “designação genérica” através de acções de formação em que o tema é abordado sucinta e superficialmente na grande maioria das vezes.

No entanto, todos nós (sem excepção, ainda que não nos tenhamos dado conta disso) tivemos ao longo da vida múltiplos conhecimentos de pessoas com SA e não nos demos conta de tal.

O termo "síndrome de Asperger" foi utilizado pela primeira vez por Lorna Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma homenagear Hans Asperger, cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até à década de 90. O síndrome foi reconhecida pela primeira vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais, na sua quarta edição, em 1994 (DSM-IV).

Historicamente e em traços muito gerais foi Hans Asperger, um pediatra austríaco, quem publicou (em 1944) um artigo numa revista de psiquiatria e neurologia alemã em que descrevia um grupo de crianças com características que sendo similares a algumas outras do espectro do autismo possuíam entre si características que as distinguiam deste mesmo espectro. Características que nunca havia anteriormente observado.

Na década de 90 prevaleceu a ideia de que se tratava de uma variedade do autismo e um transtorno generalizado do desenvolvimento. Actualmente considera-se um sub-grupo dentro do espectro autista possuindo critérios próprios de diagnóstico e sendo muito mais comum do que o autismo clássico.

As crianças/indivíduos com SA são socialmente estranhos, ingénuos, emocionalmente desligados dos que os rodeiam parecendo viver num mundo à parte.

Embora em alguns casos haja atraso na aquisição da linguagem, possuem uma boa gramática e um vocabulário extenso; um discurso fluído, literal e mesmo pedante, muitas vezes usado em monólogos.

Possuem uma fraca comunicação não verbal e por vezes uma entoação monótona e peculiar.

Têm interesses circunscritos a temas específicos (p. ex: dinossauros, locomotivas, series de tv) tornando-se “especialistas” nestes temas e insistindo a “despropósito” em falar acerca deles.

Ainda que a maioria possua inteligência mediana ou superior à media apresentam dificuldade em aprender tarefas escolares convencionais.

A coordenação motora é frequentemente pobre, embora alguns se possam destacar em áreas dos seus interesses “especiais” (por exemplo: tocar um instrumento musical).

Muitas vezes são rejeitados pelos seus pares dada a sua incapacidade de interpretar segundos sentidos, de mentir e interpretar “expressões faciais ou de fantasiar o que faz com que frequentemente padeçam de depressão.

Alguns estudiosos afirmam que grandes personalidades da História possuíam fortes traços da síndrome de Asperger, como os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, o compositor Mozart, os filósofos Sócrates e Wittgenstein, o naturalista Charles Darwin, o pintor renascentista Miguel Angelo, os cineastas Stanley Kubrick e Andy Warhol e o xadrezista Bobby Fischer.

… Não existe no autismo absolutamente nada que seja “suave”. Asperger é uma desordem neurobiológica que afecta profundamente a vida e as actividades sociais mais básicas dos seus portadores. As pessoas com SA lutam tremendamente para conseguirem ultrapassar as suas limitações e os seus deficits. Tem muito mais para aprender do que os outros. Tem que trabalhar para aprender o que os outros aprendem intuitivamente.

Quando chega à nossa vida uma pessoa assim a nossa vida muda, aprendemos mais, tornamo-nos mais sábios porque aprendemos mais acerca de algo que ignorávamos em absoluto. No meu caso aprendi, com a sua “chegada”, que é possível amar uma diferença.

quarta-feira, maio 26, 2010

terça-feira, maio 25, 2010

QUERO UM CAMPO DE RUGBY NO PORTO!

RUGBY PORTO IN-PROVAVEL

Quero um campo com verde e postes; Um de que Eu goste e Tu gostes!

Quero mais, quero um campo onde acampem os pardais. Um com Asas e linhas com formação e abertura, com desporto e ternura; onde haja ponta direito sem faltas mas com muito jeito e onde as penalidades não penalizem ninguém. Quero um campo do tamanho deste mundo onde haja um 1º Centro e um segundo. Um tipo de personalidade “tesa” um talonador e um defesa. Quero um campo na minha cidade que seja marco e ensaio, quero jogar”o melão/bola” em pleno mês de Maio.

Não quero um relvado torpe e morto… “QUERO UM CAMPO DE RUGBY NO PORTO! “

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sexta-feira, maio 07, 2010

O valioso tempo dos maduros versus PDI

PDI

O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir

assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!

de Mário de Andrade

 

Este “escrito” não é meu mas pareceu-me apropriado ao que senti recentemente quando confrontado com um esforço físico “inhabitual”.

Tentei culpar a falta de hábito, a desabituação… mas acabei por concluir que até fora da matemática … 46 significa apenas 46 e que as rodas que rodam para a direita não rodam para esquerda; o tempo não pára nem volta para trás e que tudo isso não passa sem marcas.

Ainda assim há vantagens e desafios novos, e modos diferentes de encarar quase TUDO, TODOS OS DIAS.

Mas para MIM também basta o ESSENCIAL!

Vários ESSENCIAIS!