quarta-feira, novembro 30, 2005

70 Anos




















A Homenagem possível em forma
de agradecimento.

segunda-feira, novembro 28, 2005

República Vodkova



















REPÚBLICA VODKOVA

Situação Geográfica:
-
Trata-se de uma pequena República Ocidental no Oriente. Facto que se ficou a dever a que os Vodkovos não sabiam ler mapas e faziam-no ao contrário. Localizada mais exactamente a sul da Federação Russa, fazia até há pouco parte deste país. É um pequeno território entre a cordilheira de Merdisstók (a Norte) e o deserto de Massa (a sul) e integra no seu território grande parte do lago Baycair, onde se localizam as plataformas de extracção de areia e gás natural.
-A Norte faz fronteira com a Federação Russa, a sudoeste com o Prakistan e a sudeste com o Kapädonistan, duas repúblicas também recentes.
-Fazem ainda parte do país três ilhas na zona fronteiriça do lago Baycair.

Relevo:
-A Vodkova é essencialmente um país liso excepto a norte onde existe a cordilheira de Merdistók. Sendo um país sem relevo possui características de deserto em 60% do seu território o que não parece ter qualquer relevância.
-A rede hidrográfica é constituída por três cursos de água a que podemos com esforço chamar rios e que alimentam o lago Baycair, sendo que dois deles nascem no próprio país e um na Federação Russa.

Povoamento:
-É em Kudur a cidade capital que vive 99% da sua população de meio milhão de habitantes. As outras cidades importantes são: Kuz, Kalina (nas margens do lago), Porcalhitcha (onde se situa o segundo dos dois aeroportos) e Resseaka-Matina. De salientar que nenhuma destas cidades tem mais de duzentos habitantes.
-Apesar de alguns estudiosos atribuírem esta forte concentração populacional ao facto de serem frios os Invernos, a verdade é que num país como este não existem grandes alternativas.
-Os locais de maior densidade populacional são no entanto a antiga “Loja do Povo”, transformada agora em bordél e o Departamento de Licenças de Imigração onde funciona à segunda-feira de manhã a extracção da Lotaria Nacional Vodkovense.

Clima:
-No norte bem como no Centro e Sul do país predomina a ausência de vegetação o que se deve ao clima desértico a aos ventos que sopram quase sempre apartir do deserto. No resto do país o clima é moderado, sobretudo nos três hotéis e no palácio presidencial.


Rui

domingo, novembro 27, 2005

Diàlogos








-O Amor é algo que me ergue do chão e me eleva, fazendo-me pairar.

-Não! A isso chama-se avião, helicóptero ou planador. Quem sabe, até mesmo pára-pente, mas Amor não!

-O Amor faz-me perder a respiração e a fala!

-Noop, isso é cansaço, bronquite asmática ou uma severa constipação que te deixe afónico. Mas Amor…? Não me parece!

-O Amor é algo que arde dentro do peito e nos consome, deixando-nos consolados.

-Hmmmm…? Não me parece. Isso é provavelmente uma arritmia ou um enfarte seguido da sensação de alívio por teres ficado vivo… desta vez!

-Amar é como ser levado às estrelas e depois deixado de novo na terra.

-Pois sim…, isso é algum ET que te raptou e te levou para o seu “disco” para te examinar e que farto de ti, te deixou de novo onde te encontrara.

-O Amor muda tudo o que vemos em menos de um segundo.

-Irra! Isso é um controlo remoto e muda apenas os canais de televisão.

-Então o que é o Amor? Vá, diz lá!

-Sei lá o que é isso ou se sequer existe? Mas se existir, eu reconheço-o quando o vir!

Rui

sexta-feira, novembro 25, 2005

quinta-feira, novembro 24, 2005


Hoje sinto-me cinzento da cor das palavras que aqui escrevo.

-Hoje não terei paciência para telejornais, para o rosário de desgraças mundiais desfiadas entre duas garfadas de jantar aquecido.
-Tenho frio nos dedos e nas teclas e a cabeça dói-me, não me apetece “blogar”.
-Hoje não serei jocoso e nem serei “ácido” como algumas vezes sou; Não me importarei com a crise, não vou ligar “pevas” ao desemprego nem à educação ou à falta dela. Não vou ligar nada a coisa nenhuma.

-
Estou cansado, cansado de pensar de ouvir, de falar, de beber e de quase tudo.
-Vou procurar um canto onde me demore a chegar a casa, para ler qualquer coisa que seja, que me restitua a inspiração.


Só há uma coisa que me apetece!


terça-feira, novembro 22, 2005

STRIPTEASE ME PLEASE












-Digam o que disserem as “mentes abertas”, o strip tease masculino não é nada ou é menos do que nada.
Anda por aí como se fosse uma moda destinada a provar que existem maridos e namorados tolerantes e modernaços ou esposas e namoradas muito descontraídas e moderninhas.

-Não me pareceu nunca, mais do que uma elaborada vingança, exercida em nome da ambição de “direitos iguais” pelas namoradas e mulheres, sobre os homens que perdem tempo a ver mulheres despirem-se. Assim juntam-se em grupos de amigas, colegas de escritório, escola ou despedida de solteira e depois de um jantar bem regado lá vão.

-Para mim aquilo não passa de homens a executarem gestos femininos para tirarem a roupa ao som de música, a imitarem uma arte feminina que não é arte ainda que sejam mulheres a exercê-la. Gestos amaricados e movimentos de dança de quem não sabe dançar e tem o ouvido duro, como os músculos que abana no palco.

-Não fui nunca a um desses acontecimentos, pelo facto simples de se não destinarem a mim nem a exemplares do mesmo sexo que eu e também por achar todo e qualquer espectáculo de striptease uma ridícula perda de tempo e uma triste imitação da realidade. Um ser humano que se expõe por dinheiro e que para disfarçar a vergonha que deveras sente, tenta fazer-se passar por artista.

-Tirar a roupa é e será sempre despir, seja no quarto ou em palco. Em todos os casos a música de fundo não passa de barulho, para acompanhar o bamboleio que disfarça a falta de excitação ou quem sabe, de paixão.

Rui

segunda-feira, novembro 21, 2005

Semelhanças jet-setistas

Transcrevo alguns excertos de um texto de opinião de Mia Couto, retirado do seu livro Pensatempos, sobre o jet-set moçambicano. Qualquer semelhança com o «jet-set português» será… pura coincidência?

“(…) O essencial é parecer rico. Entre parecer e ser vai menos que um passo, a diferença entre um tropeço e uma trapaça. (…) Daí que a empresa comece pela fachada, o empresário de sucesso comece pelo sucesso da sua viatura, a felicidade do casamento se faça pela dimensão da festa. (…)
O jet-set, como todos sabem, é algo que ninguém sabe o que é. Mas reúne a gente de luxo, a gente vazia que enche de vazio as colunas sociais. (…) Aqui seguem algumas dicas que, durante o próximo ano, ajudarão qualquer pelintra a candidatar-se a um jet-setista.
(…) Boas maneiras - não se devem ter. Nem pensar. O bom estilo é agressivo, o arranhão, o grosseiro. Um tipo simpático, de modos afáveis e que se preocupa com os outros? Isso, só uma pessoa que necessita de aprovação da sociedade. O jet-setista nacional não precisa de aprovação de ninguém, já nasceu aprovado. Daí os seus ares de chefe, de gajo mandão, que olha o mundo inteiro com superioridade de patrão. Pára o carro no meio da estrada atrapalhando o trânsito, fura a bicha, passa à frente, pisa o cidadão anónimo. Onde os outros devem esperar, o jet-setista aproveita para exibir a sua condição de criatura especial. O jet-setista não se sujeita a condições: telefona e manda. Quando não desmanda.
(…) Cultura - o jet-setista não lê, não vai ao teatro. A única coisa que ele lê são os rótulos de uísque. (…) Os tipos da cultura são, no entender do matreco nacional, uns desgraçados que nunca ficarão ricos. O segredo é o seguinte: o jet-setista nem precisa de estudar. Nem de ter curriculum vitae. Para quê? Ele não vai concorrer, os concursos é que vão ter com ele. (…)
Óculos escuros - essenciais, haja ou não haja claridade. O style - ou em português, o estilo - assim o exige. Devem ser usados em casa, no cinema, enfim, em tudo o que não bate o sol directo. O matreco deve dar a entender que há uma luz especial que lhe vem de dentro da cabeça (…)
Telemóvel - ui, ui, ui! O celular ou telemóvel já faz parte do braço do matreco (…) A marca, o modelo, as luzinhas que acendem, os brilhantes, tudo isso conta (…) Última sugestão: nunca desligue o telemóvel! (…) Em conselho de ministros, na confissão da igreja, no funeral do avô: mostre que nada é mais importante que as suas inadiáveis comunicações. Você é que é o centro do universo” in Mia Couto, Pensatempos. Ed. Caminho

Ana

terça-feira, novembro 15, 2005

Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa





















Deixo aqui a sugestão a quem não sabe o que é que procure saber.

Rui

segunda-feira, novembro 14, 2005

É o Tempo das Castanhas













Castanhas quentes enroladas em cones de papel,
a aquecer as mãos e o coração.
Nuvens que se despedem da respiração.
Os casacos quentes e fofos,
As luvas de lã colorida,
Os gorros grossos,
O ultimo Inverno, do inferno da vida…

É o tempo das castanhas.

Rui

Meteorologia




















Meteorologia Politica:

-Exposição de ideias fraca e (inferior a uma boa ideia por dia), vento critico soprando forte a roçar o insulto.
-Queda da vergonha e ligeira subida do compadrio nos cargos altos de nomeação governamental.
-Pequena subida da temperatura para a pré-campanha eleitoral.
-Prossegue a baixa ondulação na Educação alterando-se no fim da semana especialmente sexta-feira.
-Nevoeiro intelectual cerrado em mentes ministeriais e outras.

Meteorologia Económica:

-Períodos de Nevoeiro muito intenso que impedem a visibilidade da saída para a crise.
-Descida do preço internacional do petróleo, reflectindo-se por cá numa acentuada subida dos bens de primeira necessidade.
-Prevê-se, para o meio da semana, uma baixíssima subida (37 cêntimos diários), do ordenado mínimo que no entanto não deverá afectar a o desespero nacional.
-Subida acentuada das importações da china e ondulação forte dos endividados orçamentos familiares.


Meteorologia Pessoal:

-Períodos de neblina ou nevoeiro nos olhos, especialmente ao fim do dia acentuando-se durante a noite e a madrugada.
-Vento intenso, por vezes forte, soprando de Centro/Sul.
-Descida acentuada da taxa de alcoolémia durante toda a semana e ligeira subida das dores de cabeça, sobretudo nas testas altas.
-Ondulação dolorosa moderada nestas costas do Norte
-Prevê-se a manutenção do mau humor matinal que em muitos casos se prolongará ao logo de todo o dia.


Rui

sexta-feira, novembro 11, 2005

Presidenciáveis






















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Tentei e tentarei sempre não demonstrar aqui as minhas convicções políticas, futebolísticas ou de outra qualquer índole porque as considero minhas apenas, e enquanto tal, não partilháveis neste espaço que não tem tal objectivo. Não resisto no entanto, a tecer um comentário ou dois ou mais, acerca do modo como esta “ante-pré-campanha” para as eleições presidenciais tem decorrido, corrido e sobretudo escorrido.

-Desde os primórdios da democracia neste país que pensei sempre que independentemente dos objectivos, sejam politico-partidários ou de carácter mais pessoal como é o caso das presidenciais, a educação e o respeito que os candidatos exibem refelectir-se-à nos seus resultados finais.
-No caso destas eleições choca-me o facto de me parecer que a existência de uma candidatura condiciona de sobremaneira o discurso e a actuação de todas as outras. Daí o ter concluído que ou falta programa a três delas ou sobra à restante. O quase insulto fácil, o tratamento por “tu”, o constante insinuar de dúvidas acerca dos mais recônditos aspectos da vida (pública e sobejamente conhecida de todos), de um dos candidatos pelos restantes, reflecte o receio, ambição cega e desorientação e não a honesta vontade de ser eleito para servir.

-Saliento que não sei ainda em quem irei votar, não sei se ou quando o saberei sem sombra de dúvida, mas sei que atitudes como estas a que tenho assistido não me motivam nem para que vote nem para que escolha.
-Mais para a frente veremos se as pessoas envolvidas possuem a agilidade mental e a educação necessárias para o cargo que pretendem ocupar. Talvez sim, mas agora parece-me In-provavel.

Rui

quinta-feira, novembro 10, 2005

Natal








E pronto ou se preferirem, “prontos”. Lá vem de novo o natal.

-Como sempre faz todos os anos inevitavelmente e sem apelo nem desagravo eis que vai chegando com a suavidade de uma manada de elefantes e o suave tropel de mil gnus desenfreados. A festa é sempre na mesma data, mas os preliminares, esses, qualquer ano começam no fim do verão.

-Já não será possível ligar a TV. sem ser invadido por vinte minutos de publicidade com córos de criancinhas de voz imaculada a cantarem hinos aos hipermercados; Sem dezenas de senhores obesos e potenciais candidatos a enfartes a divulgar com voz profunda a vantagem desta boneca, pista de automóveis ou dinossauro relativamente outras iguais em tudo excepto nos nomes. Imaginem o que será chegar da praia e tentar ver um telejornal com esse prelúdio.

-As ruas enchem-se de luzes e mais luzinhas num “mono-mental” exercício de desperdiçar energia e não há montra que se preze que se não encha de pedacinhos de esferovite, bolinhas coloridas, fitas brilhantes e outros objectos nauseantes de cores intensas cuja lógica nada tem que ver com o que realmente se celebra. Mas enfim… ! Circular torna-se impraticavel, e não se pode dar um passo sequer, sem ser agredido com um saco de compras por alguém “stressado” a correr de montra em montra.

-Não é possível tomar um café sem que o pacote de açúcar ou adoçante e o empregado que nunca vimos mais gordo, nos desejem um Feliz Natal, um próspero Ano Novo e outras banalidades sem interesse algum; E se não colocamos o troco, depois de dada a “gorjeta” na caixinha que feia e mal embrulhada estacionou em cima do balcão, somos olhados de soslaio.

-Interessante também, é observar o número de polícias, aos pares e trios a cada esquina das ruas, onde terão estado todo o resto do ano? Será que de Janeiro a final de Novembro os carteiristas e demais amigos do alheio fazem férias? Ou nesta altura do ano há ordens expressas do senhor ministro das polícias para arejar as fardas de Inverno?

-Mas, o pior de todos os enfados natalícios, é a "musiquinha" de Natal a ser debitada do alto dos candeeiros de rua, “roufenha” e repetitiva, hora após hora, dia após dia, a testar os limites da paciência dos que apenas desejam que a época passe. As mesmas músicas de sempre em mil versões, todas cheias de som de sinos, campaínhas e ho-ho-hos americanos que se nos entranham pelas orelhas e nos fazem cantarolá-las a todo o momento.

-Outro terror natalício, são os postais de boas festas; uma verdadeira tiranía que deixamos que nos imponham. Não vemos as pessoas desde o casamento daquele primo em 1982, não lhes ligamos nenhum mas enviamos pelo natal o rectangulozinho de cartão para que saibam que ajudámos uma qualquer instituição de caridade. Os que recebemos ficam umas semanas a ganhar pó, nunca os relemos e os votos que neles constam, são enjoativamente idênticos a todos os outros de sempre.

-O natal é-nos empurrado pelas goelas, olhos e ouvidos dentro sem compaixão, a todos os momentos e em todos os locais. Impingem-nos a obrigação de sorrir e ser “merdosamente” simpáticos, de apertar mãos e dar beijinhos, de trocar presentes, de desejar coisas boas e ter paciência para aturar tudo a todos.

Rui

terça-feira, novembro 08, 2005

CHOCOLATE











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Vem aí a feira dos gulosos e todos falam nisso à boca cheia antevendo o encher de boca e a satisfação dos sentidos. Até os mentirosos que dizem que não são gulosos, não conseguem esconder aquele brilho intimamente guardado e que os olhos traem.

-Chocolate, para a tristeza, para a, reconciliação, para oesquecimento, para a desculpa e remédio de todos os males. Triunfo do individualismo materialista, comer para não ser comido. Desculpa para frustrações sem desculpa, mentira com que nos enganamos com a glucose a pulsar nas veias.
-Chocolate branco, negro, chocolate esculpido, com licor e vinho do Porto, com passas mel, gelado e quente. Chocolate em barra, em molho, em bom-bom, em cocktail e em tablete. Pastéis de chocolate, bolos dele, bolinhos, salame, mousse, creme, recheio e cobertura. Com amêndoas, nozes, frutas e cereais, a sós ou com companhia.

-CHO-CO-LA-TE !

-O maior consolo das papilas mais simples e de todas as almas. Prazer, luxo, desejo, vicio, arte, gula.
-É o triunfo final sobre as dietas e a tristeza suprema de quem é diabético.
-Dizem que vicia e eu acredito apenas por ser doce e bom ou apenas bom.

-Existem coisas melhores do que o chocolate, sem dúvida nenhuma, mas dessas talvez fale um dia. Agora… é altura do FESTIVAL INTERNACIONAL DE CHOCOLATE.

-Tenho pena não gostar de chocolate e apenas de quem gosta dele.
De outro modo talvez lá fosse mas assim… é IN-provavel.

Rui

sexta-feira, novembro 04, 2005

Paris já está a arder !











-Dei por mim a pensar que o Iraque até parece ter uma população civilizada comparando-se com Paris. Lá pelo menos os terroristas são terroristas.

Já há por “terras de França” muita gente a pensar que o que se está a passar é fruto da importação de mão-de-obra estrangeira, muitas vezes de países pouco amistosos e não do consumo de alimentos geneticamente modificados e de hambúrgueres da McDonalds ou malefício da globalização.
-Não tenho nada contra nenhuma das quatro coisas e confesso-me preocupado quando como hoje a policia foi chamada porque três jovens “teólogos” muçulmanos, viajavam no metro do Porto com mochilas e sacos de desporto.

-Não se trata de qualquer acto de caris racista ou como é “chique” dizer-se, xenófoba. É apenas o medo que nos invade ainda antes dos motivos que a ele dão origem. Não gosto da intolerância para com ninguém mas se me permitem, detesto mais ainda a intolerância para comigo e para com as minhas ideias e práticas.

-França está “pasmada” a ver o que os seus filhos adoptivos são capazes de fazer ao próprio lar. É caso para pensar se vale realmente a pena criá-los, pari-los ou adoptá-los.

-Talvez depois de Paris parar de arder, a intolerância venha a aumentar e não é difícil entender de quem será a culpa de tal.

Rui