quinta-feira, fevereiro 25, 2010

DÚVIDAS ESSÊNCIAIS

 

4v4x5bn

Quem não dorme de noite não tem o sono em dia?

O Queijo Flamingo é cor-de-rosa em vez de vermelho?

Os anjos discutem o sexo dos homens?

Se há partidas de Carnaval também há regressos de Natal? E se umas se pregam as outras aparafusam-se?

Bater à porta de casa é uma forma de “violência doméstica”?

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

DIA MUNDIAL DO ASPERGER – SINDROME DE ASPERGER

amar asperger in-provavel

As crianças e jovens com Síndrome de Asperger, uma 'disfunção neurocomportamental' da família do autismo, são muitas vezes incompreendidos e mal tratados na escola porque os professores, os auxiliares e os restantes alunos não estão ainda familiarizados com a patologia.
A denúncia parte da presidente da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA) que, em entrevista à Lusa por ocasião do Dia Internacional do Asperger, que se assinala quinta-feira, revelou: 'Ainda há muitos miúdos que são incompreendidos'.
'Algumas [crianças] são alvo de 'bullying' [ameaça ou agressão de forma intencional e repetida] sem sombra de dúvida, não só na violência física, mas na psicológica que é muito pior porque os professores, muitos deles, não estão familiarizados com a problemática ou mesmo que estejam, não são os olhos dos meninos todos no intervalo', adiantou Maria Piedade Monteiro.
De acordo com a presidente da APSA, mãe de um jovem de 17 anos com a síndrome, os doentes de Asperger têm uma grande dificuldade no relacionamento social e na interação com os seus pares, o que leva a que 'qualquer coisa que se lhes faça' tenha repercussões no seu comportamento.
'Basta ser gozado uma ou duas vezes, mesmo em contexto de sala de aula, para nunca mais abrir a boca', exemplificou.
Admite que 'às vezes há maus tratos' sobre estas crianças e jovens e pede 'a maior atenção aos pais, educadores, aos auxiliares de apoio educativo'.
Em caso de suspeitarem de 'bullying', os pais devem dizer-lhes que nunca fiquem sozinhos na escola. Que se mantenham perto de um grupo, por muito difícil que seja, ou que fiquem próximos de uma auxiliar de apoio educativo, avisou, recordando que 'os olhos dos auxiliares não estão em todo o lado'.
Entende, por isso, ser 'urgente' que os profissionais recebam formação 'consistente e uniformizada', apesar de lembrar que o Ministério da Educação fez 'uma grande divulgação e uma grande formação do espectro do autismo e síndrome de Asperger'.
Não só para os portadores de síndrome de Asperger, mas para todos os alunos com necessidades educativas especiais, defende que cada agrupamento de escolas tenha 'forçosamente' uma equipa multidisciplinar que englobe uma psicóloga e uma assistente social.
'Isto é fundamental porque vivemos hoje uma juventude muito, muito problemática em termos de comportamento e as famílias precisam de ajuda para se estruturarem', sublinhou Maria Piedade Monteiro.
Segundo a presidente da APSA, a Síndrome de Asperger manifesta-se 'por alterações sobretudo na interação social, na comunicação e no comportamento', é de transmissão genética, afeta maioritariamente rapazes e são cerca de 40 mil as pessoas em Portugal que têm esta patologia.
Os sintomas podem passar por atraso na linguagem, dificuldade no relacionamento social e na interação com os pares, dificuldade na compreensão das regras sociais e desajuste social e emocional, dificuldade na expressão não verbal e em compreender expressões faciais, atitudes bizarras ou excêntricas, hipersensibilidade sensorial, entre outras.
A APSA propõe-se esclarecer os pais, tanto através do site www.apsa.org.pt, como da linha telefónica, numa entrevista presencial ou até mesmo durante as reuniões mensais, nos primeiros sábados de cada mês, na Junta de Freguesia do Estoril.


*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***

O texto é da Agência LUSA e foi retirado do “Correio do Mnho”

http://correiodominho.com/noticias.php?id=23293

sábado, fevereiro 13, 2010

S. Valentim (2010) – respostagem revista!

S. Valentim  In-Provavel

Desculpem o meu cinismo, mas vocês sabem que isso não vai durar. Claro que durante algum tempo vão andar por aí com esse sorriso idiota estampado na cara; Vão dizer palavrinhas parvas, como quem fala com um bebé de meses, um ao outro e nunca vão largar-lhe a mão com medo que se possa perder numa multidão de três pessoas.

Vão andar aos beijos pelos passeios, cafés, centros comerciais ou durante os primeiros 25 jantares românticos.

Mas daqui a alguns meses onde é que vão estar?

Ainda a namorar? Casados? Juntos? A viver maritalmente?

Provavelmente vão estar na berma de uma estrada qualquer ao lado do carro do/a melhor amigo/a solteiro/a ou já divorciado/a segurarando o cabelo ou a tentar não acertar com o vómito nos sapatos.

Os amigos e amigas vão ser ignorados durante três ou quatro meses; vão ligar para saber como está ou se ainda cá está. Depois, quando finalmente se encontrarem, vão ter que suportar telefonemas de 5 minutos a cada 10 minutos, a ouvi-lo/a dizer onde está e com quem está e que invariavelmente terminam com um “Amo-te muito amorzinho” ou “Eu também te amo muito amorzinho”.

Pior ainda é que nos intervalos dos telefonemas vão querer contar tudo o que de “maravilhoso” tem feito por si a pessoa amada. Vai falar da “sua Maria” ou do “seu João” como se todos, “o” ou “a” conhecessem intimamente e como se alguém estivesse minimamente interessado em ouvir o que tem para contar.

Vai colocar constantemente em destaque aquelas “tantas coisas que têm em comum”: ambos adoram as Canárias, ambos detestam touradas, ambos nasceram a uma Sexta-Feira 13, ambos têm um olho de cada lado do nariz, ambos são filhos de mãe incógnita… O que não vai contar a ninguém e que nunca reparou sequer que existe é tudo aquilo com que não concordam e de que deixaram de falar por não concordar; De politica a religião, de música a saídas nocturnas, de gatos a cães.

Mas por outro lado, pode até ser que desta vez resulte.

Pode ser que os dias de lágrimas, de ira e de vómitos tenham terminado, pelo menos durante algum tempo. Talvez desta vez a coisa resulte ou em alternativa, talvez os amigos e amigas tenham aprendido a não apresentarem quem quer que seja, a quem quer que seja, com intuitos românticos.

Talvez você mesmo tenha aprendido que o MSN ou um qualquer “chat” são locais onde nunca deve despir a armadura da sensatez (excepto se costumar ganhar o Euromilhões todas as semanas).

Apesar de tudo, são estas situações e acontecimentos que permitem a actividade profissional a muita gente. Que seria dos psiquiatras, dos psicanalistas, dos bombeiros, dos barman’s e confessores deste país, sem as pessoas que se apaixonam e que dão com os “burros na água”?

Ainda me recordo bem da última vez que me apaixonei e do quanto isso me trouxe de comportamentos idiotas.

-Não me tornou um idiota mas destituiu-me da maioria das capacidades de agir como se pensasse e isto, aos mais variados níveis de actuação. -Tornou-me viciado no tóque do meu telemóvel e podia ter-me tornado accionista da Vodafone; Alterou-me todas as rotinas, fez-me interessar por assuntos que nunca me interessaram; Tive insónias, mais do alguma vez antes tinha tido; Sorria sozinho e gargalhava sem razão. Deprimia-me com o pôr-do-sol e com o nascer dele ou alegrava-me quase às lágrimas com ambos; Ficava à chuva numa esplanada sem sequer saber que chovia ou onde estava.

Tornei-me ora bêbado, ora abstémio e isto apenas por duas razões: por tudo e por nada. Os meus dias, tinham dias de 12 horas e outros de 48.

Por isso e pela incrível felicidade que senti, apenas quero deixar um conselho a todos aqueles que neste momento vivem uma paixão intensa e que tem a certeza de terem passado de “meia-pessoa” a “pessoa completa” sempre que olhos nos olhos, olham os olhos da pessoa que pensam amar…

Encontrem um quarto!

MORTE AO SOL

 

sol in-provavel

MORTE AO SOL

Nome de Filme?

Romance de Agatha Christie?

Canção dos GNR?

Óbito causado por excesso de exposição`solar?

Desejo profundo dos apoiantes, amigos e apaniguados do primeiro-ministro?

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Provérbios Populares e Sabedoria Popular

In-Provavel proverbios populares

Sempre tive a convicção de que a “sabedoria popular” dos provérbios é uma espécie de pronto-a-vestir da sabedoria. Basta dar alguma atenção ao POVO que reclama a sua autoria e que nunca passa além do estatuto de miserável ou remediado. O mesmíssimo POVO que a cada passo demonstra um aprofunda e absurda ignorância acerca dos seus direitos mantendo-se quedo e mudo ao ser ignorado, pontapeado, enganado, pisado e aviltado.

Os provérbios populares, aquilo que de mais comum têm com o Povo é o facto de serem usados quando convém, sempre que tal é necessário e imediatamente esquecidos logo a seguir. Retorcem-lhes o sentido, o significado e a oportunidade de aplicação e aplicam-se sempre, para tentar obter razão onde ela não existe.

Servem para quase todo o tipo de argumentação.

Parecem-se com as palavras de ordem das manifs a quem a tradição (de novo popular) atribuiu um valor mais duradoiro mas igualmente inútil e frequentemente contraditório.

Parece existir a ideia vincada de que os provérbios vão bem com discursos apelativos e que conferem a razão ou as qualidades populares que os que querem fazer-se passar por “povo” e por “sabedores” necessitam para continuar a enganar. Não há politico, candidato ou oportunista que os não inclua no discurso ou que lhes resista.

-Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem eles são.

-Diz-me como te chamas, dir-te-ei quem tu és.

-Mais vale a amêndoa do que o cianeto.

-Quem tem telhados de vidro é visto pelo vizinho.

-Nem tudo o que luz é da EDP ou do Benfica.

-Para mau entendedor, duas palavras não bastam.

-Tempestade no mar, pescadores na merda. (Miguél Unamuno)

-Milhão a milhão devia o banqueiro estar na prisão.

-Mais vale uma operação em Cuba do que duas em lista de espera.

-Azar ao jogo, azar ao amor… irra que é do pior!

-A cavalo dado, vende-se logo.

-Deitar tarde e cedo erguer, dá cansaço e faz adormecer.

-Quem feio ama, precisa de óculos.

-Os homens não se medem aos palmos, é em centímetros.

-Mais vale uma mão inchada do que uma enxada na mão.

-Chuva em Novembro, Natal em Dezembro.

-Casa onde não há pão, todos pedem empréstimos até mais não!

-Enquanto o pau vai e vem, doem as costas.

-Em casa de carpinteiro, espeto de ferro.

-Nunca peças a quem pediu, nunca votes em quem já te mentiu!

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Artigo de Mario Crespo

Mário Crespo In-Provavel

O Fim da Linha

Mário Crespo

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa.

Fonte: http://www.institutosacarneiro.pt/?idc=509&idi=2500

Nota minha: Não tenho por hábito colocar aqui textos que não sejam da minha autoria mas neste caso achei que seria importante fazê-lo. Não que Mario Crespo necessite de qualquer divulgação; Não que o facto de o fazer leve a minha mão à cara dos responsáveis do “Jornal de Noticías” numa chapada mais que merecida, pois a covardia , o  servilísmo aviltante e subserviente não merecem outro tratamento.

Quanto aos covardes que em vez de nos governar se governam e se divertem a puxar cordelinhos fazendo e desfazendo carreiras e pessoas… para esses, chapadas seriam pouco, bengaladas já se não usam e outro modo de violência seria desperdício do esforço. Sugiro talvez, o VÓMITO ou o ESCARRO nos fatinhos e nas gravatas de seda.

Nunca fui dado a "essas coisas" mas começo a gostar de expressões como: "Revolução Popular", "Poder ao Povo", "Do Povo, pelo Povo e para o Povo" e no entanto, ainda acredito que a classe politica não é toda corrupta e corruptível, egoísta, falsa e mentirosa. Daqui resultam dois problemas: não sei onde anda, o que pensa (se pensa) ou o que é o "Povo" e não conheço os tais políticos que seriam a excepção.
Estou farto desta serenidade popular que tudo permite e de quem pensa que protesto e falta de civilidade são uma e a mesma coisa.
Ainda um dia venho para a rua atirar pedras já que as palavras não arranham inconsciências.

 

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

FADOS, FADAS E… IN-PROVAVEL

Fado In-Provavel

“Fado” é uma boa música ou apenas um mau anagrama?

Uma Bruxa é uma empata-fadas?

Mais vale nascer bem fadado do que bem…