quarta-feira, janeiro 30, 2008

REMODELAÇÃO MINISTERIAL CÓSMETICA












-Francamente, esta remodelação não cola.
-Uma remodelação significa a adopção de um novo modelo e não é disso que se trata aqui. O modelo permanece, as politicas irão prosseguir, as praticas são para continuar.

- Os substituídos eram sem dúvida fracos como delineadores de politicas, insensíveis enquanto governantes e obstinados no cumprimento dos seus projectos pessoais. Apenas não eram os únicos e talvez nem sequer fossem os piores. Existem outros tantos e o seu dobro para remodelar por razões idênticas ou mais fortes.
-Remodelar, deve sempre significar a assumpção dos erros cometidos e a tentativa de os corrigir. Remodelar deve ser da responsabilidade do Primeiro-ministro e não da iniciativa dos remodelados excepto em casos que se prendam com a sua vida pessoal ou saúde.
-Por tudo isto, esta remodelação é ineficaz, inoperante e destina-se sobretudo para o consumo interno do partido do governo e/ou para tapar os olhos a quem deixe que lhos tapem.

-Pode-se pintar os lábios a um porco, vesti-lo de seda e perfumá-lo que não será por isso que ele deixará de ser um porco. Aplica-se aqui na totalidade.

sábado, janeiro 26, 2008

O BURACO DA SAÚDE











-Os casos sucedem-se a um ritmo quase diário. Mortes em corredores de hospitais. Falecimentos e partos em ambulâncias. Diagnósticos que confundem abortos com gravidezes. Casos de negligencia absurda e de descoordenação evidente e escandalosa entre serviços hospitalares e entre o INEM e os bombeiros. A desorientação é geral e o ministro permanece teimosamente surdo, cego e auto-desculpabilizador.

-Este é o mais grave descalabro do Sistema Nacional de Saúde desde há muitos anos e é o evidente resultado de uma política que teimosamente insiste em demolir aquilo que existia, sem antes criar as necessárias alternativas. A avassaladora onda de encerramentos de serviços (que podiam não funcionar idealmente mas que funcionavam) prossegue e nada é criado em seu lugar. Ou melhor, as clínicas privadas proliferam sempre que um serviço é encerrado e não me admiraria nada, daqui a algum tempo, ver os actuais dirigentes da saúde como directores e proprietários delas.

-Os tempos de transporte em casos de emergência aumentam exponencialmente e consequentemente os casos trágicos sucedem-se. Enquanto isso, o senhor ministro, lá vai concluindo acordos pontuais com autarcas e distribuindo, como rebuçados a meninos, uma ambulância aqui, um helicóptero acolá e uma VMER mais ali adiante.


-Quem vai ficando com as culpas é o INEM e os Bombeiros, os médicos e os enfermeiros e sobretudo os doentes, que são os maiores culpados, já que na opinião do ministro não deveriam ficar doentes nem recorrer aos serviços de saúde, porque poupariam assim muito dinheiro ao Estado.

-A VERGONHA é geral, a descrença absoluta e as consequências serão imprevisíveis e deixarão cicatrizes profundas.

-A Saúde transformou-se num “BURACO”!

-Também por isto, este é sem dúvida alguma, o pior governo desde o do Marquês de Pombal

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Anti tabagismo



(Francisco George)


















-Quem pensa que as campanhas radicais anti-tabaco e anti-fumadores são factos recentes desengane-se. Foi Adolf Hitler, esse mesmo ADOLF HITLER, que sendo vegetariano, abstémio e anti-tabagista, encarregou os médicos alemães de estabelecer uma relação entre cancro e tabaco. No entanto, ainda antes de se terem apurado os primeiros resultados científicos já o Fuher mandava lançar uma campanha (1941) contra o consumo de tabaco com cartazes onde se podia ler: “Não é você quem fuma o cigarro é ele que o consome a si!”. Tornou-se então PROIBIDO fumar nos edifícios do Partido Nacional-Socialista e mais tarde em todos os edifícios públicos. Isto, porque Hitler defendia a existência de uma raça pura em que os seus valores seriam implantados a todo o custo ainda que contra a capacidade de decisão de cada cidadão.

-Todos sabemos o resultado de tais ideias.

-Nessa altura os países Aliados viram nesta campanha mais uma atitude atentatória ás liberdades individuais, típica de um regime autoritário e despótico. Hoje nesses mesmos países a situação parece ter-se invertido por completo.

- Não voltarei a falar deste assunto!

ULTIMO FUMO

















Naquela sua tendência evidente de quem é capaz de matar por protagonismo mediático, Francisco George cofia as barbas de elfo cinzento fracassado. Enquanto isso, com aqueles olhinhos perscrutadores de vícios alheios dizia de modo lancinante “Deixe-me concluir”; Mas nunca concluía nada, apenas por que se perdia entretido nas rotundas dos delatores dos pecados e dos pecadilhos alheios, nas curvas da intolerância obsessiva e em cada cruzamento de argumentos da nova igreja universal, desta amostra civilizada de política de assepsia social. A cada perdigoto seu, perdiam-se milhões de ideias subsequentes com que poderia um dia concretizar a criação do seu de guetto moral.

A seu lado, de nome impronunciável, o acólito da saúde a todo o custo, anuía sempre que possível e mesmo quando o não era.

Entretanto, lá prosseguia naquele seu estertor de balbucios indispostos, dispépticos cheios de odor a superioridade moral, que lhe brotavam, talvez, do seu fígado gordo de palhaço de ar saudável.

O apóstolo da temperança tabágica, o irredutível paladino da saúde esverdeada e espúria, o arauto dos legalmente amestrados pelas proibições em nome dos ambientes moralmente “sãozinhos”; Como se de um tio* se tratasse, eructava suas razões, do alto do jetzero; Como se fosse o mais democrático dos discursos, no mais legalista dos debates entre os sem razão e os sem consciência, era ele o gargântua da malta da correcção política, de todos os discursos, actos e divisões.

Mais ou menos intervalo, abundantemente publicitado; Mais ou menos moderação, por parte da super-tia, eminentemente parda como todas as eminências pardas que não são cardinalícias, o "reality show" lá continuava entre palmas e palmadinhas nas costas.

De um lado os ex-fumadores, aviltados e religiosamente/intolerantemente cumpridores das exigências que apenas as razões da nomenclatura politica situacionista justificam.

De outro, os vitimizados, acordados apenas há pouco para a lamacenta intolerância em que há muito nos querem fazer chafurdar.

Continuarei fumador mas jamais clandestino ou ilegal. Serei potencialmente perseguido, mas nunca perseguirei quem quer que seja por acreditar nas suas opiniões ou hábitos. Não admito que me retirem o direito de escolha se todos o podermos exercer. Mas, sobretudo, recuso-me a comer palha, ainda que lhe retirem a cafeína, as calorias, gorduras, sal ou mesmo que adoçada com adoçante; Quando o seu real sabor é, ainda e sempre, o do economicismo cínico, intolerante e objectivamente fundamentalista nos costumes que não sendo os nossos jamais serão os meus.

Quase tudo isto, me recorda as práticas de alguns missionários espanhóis, que em nome da alma dos índios, lhes destruíram a cultura a sociedade, a civilização e a própria vida. Os que sempre condenaram tais actos (salvo raras excepções) são aqueles que agora adoptam medidas semelhantes.

* A palavra “tio” encontra-se salientada como singela homenagem a um amigo (Henrique http://naquela.horabsurda.org/) que não conheço pessoalmente mas que tenho a certeza que o seria e que se encontra hospitalizado. Daqui lhe envio o melhor dos abraços e o desejo de depressa voltar a lê-lo e à sua prosa rara e esclarecida.

sábado, janeiro 19, 2008

EU SOU "FUMEU"















Muitos são os que sempre viveram à minha custa. Muitos me pedem impostos, votos, todo o tipo de sacrifícios.
Agora, colam-me, com total desrespeito pela minha liberdade, um rótulo... a mim que nunca faltei ao respeito a ninguém!

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Vitalino Canas "O Defensor"























O homem é mau, muito mau! Cuidado com ele que ele tem sempre resposta pronta para tudo e para todos. Um digno sucessor de Jorge Coelho e da sua célebre frase “Quem se mete com o PS leva!”

TSF Online

( 22:01 / 09 de Fevereiro 06 )

VITALINO CANAS
Caricaturistas e radicais «bem uns para os outros»

Vitalino Canas, vice-presidente da bancada parlamentar socialista, afirmou esta quinta-feira que «caricaturistas irresponsáveis e fundamentalistas violentos estão bem uns para os outros».

Só por esta “arrematada imbecilidade”, já merecia uma estátua na Avenida dos Patetas!

DNonline

(28.05.07)

Entrevista a Vitalino Canas (advogado e deputado do PS): "É necessário dar uma alternativa aos camponeses que cultivam ópio"

(Falava do Afeganistão, penso eu... Seria?)

RR Online

(13-01-2008 17:52)

Banca

Vitalino Canas acusa PSD de pressão.

“O PSD está a promover uma mera agitação para tentar promover uma pressão sobre o Governador do Banco de Portugal, sobre as entidades de supervisão, se calhar até sobre os accionistas do banco. Se não for isso, acho incompreensível este pedido do PSD tendo em conta que já está assegurado que o Governador do Banco de Portugal irá ao Parlamento nos próximos dias”,

EMM News Explorer

(Sábado, 15 de Setembro de 2007)

Operação furacão: Vitalino Canas nega que PS esteja a ser investigado

Acusa PÚBLICO de travar combate político O porta-voz do PS, Vitalino Canas, negou hoje que o partido esteja a ser investigado devido a ligações à chamada "máfia dos bingos" e acusou o PÚBLICO...

Publico 19H11m CEST

PÚBLICO.PT(27.03.2007 - 23h33 Lusa)

O porta-voz do PS, Vitalino Canas, repudiou hoje as declarações do líder parlamentar do PSD, que acusou o ministro da Saúde de mentir sobre o encerramento de mais de 50 serviços de Atendimento Permanente (SAP).

AEIOU QUIOSQUE
(17 Janeiro 2007)

Vitalino Canas: PSD deve ao Governo um pedido de desculpa

Maria de Lurdes Rodrigues arquivou o processo instaurado ao docente que pede uma indemnização. PSD diz que há questões por responder. PS exige pedido de desculpa.

Vitalino Canas afirmou ao aeiou que tudo foi conduzido da forma correcta. Como tal, o PSD deve retractar-se em relação às acusações (de autoritarismo) que tem feito ao Executivo.
"Havia necessidade de um pedido de desculpas do PSD por ter acusado o Governo de autoritarismo".
"Funcionaram as regras do Estado de Direito. O PSD não compreende isto, como se pode ver pela posição que tem tomado em relação à não aplicação da lei do aborto na Madeira", declarou.
De sublinhar que a ministra da Educação se decidiu pelo arquivamento do processo e que a suspensão foi revogada. Uma decisão contrária poderia "configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, intolerável na sociedade democrática", pode ler-se no despacho oficial.
A titular da pasta da Educação sublinha que as críticas não tiveram como alvo um superior hierárquico, mas o primeiro-ministro. Os factos foram dados como provados.
Fernando Charrua vai recorrer à justiça e pedir uma indemnização pelos prejuízos causados pelo processo.

fabricadeconteudos.com
(2008-01-03 15:23:44)

O porta-voz do Partido Socialista (PS), Vitalino Canas, não concorda que exista arrogância no Governo, salientando que existe neste momento necessidade de fazer reformas duras e inevitáveis.

Vitalino Canas comentou hoje a entrevista do ex-secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues que foi publicada pela revista Visão, onde o antigo líder socialista afirma que o Governo pede sacrifícios aos portugueses de uma forma arrogante.

terça-feira, janeiro 15, 2008

ASAE ETC. & TAL!






















-Nada me move contra a ASAE, os seus técnicos, fiscais, investigadores, agentes, funcionários ou direcção.

-Dito isto, para que no caso de o blog vir a ser fiscalizado por esta organização, mo não fechem por encontrarem pó ou alguma barata em algum canto recôndito, devo confessar que acho muita coisa na ASAE muito estranha.

-Que apreendam CD’s ou DVD’s piratas e roupas contrafeitas ainda vá que não vá; que encerrem estabelecimentos cuja higiene é duvidosa, até concordo; que persigam assanhadamente os antros onde perigosos malfeitores se reúnem para fumar um cigarro enquanto tomam café, ao abrigo do anúnciozinho azul, ainda compreendo. Mas francamente não entendo o visceral ódio que os move contra os produtos tradicionais e nem sequer entendo que se apresentem de cara tapada, se nem sequer a Policia Judiciária faz tal coisa. Será que por acaso a Associação de Feirantes de Carcavelos ou da Feira de Espinho são facínoras muito mais perigosos do que as Máfias de Leste ou os gangs na noite portuense. Será que temem represálias feitas no talho à sua esposa, ou aos filhos na cafetaria da escola?

- Já sei que a ASAE não produz legislação e que apenas a faz cumprir; daí que a culpa não seja sua ou pelo menos não a totalidade da culpa. Mas francamente, não quero beber café em copos de plástico; quero continuar a comprar deliciosas bolas de Berlim nas praias e quero continuar a levar do café da esquina os deliciosos rissóis de leitão na quantidade que me der na telha, sem qualquer embalagem. Não quero prescindir dos fantásticos produtos da “matança do porco da minha aldeia” e não quero viver num país que pretende ser uma espécie de Suiça mas que começa nos bons hábitos por baixo: pelo simples, pelo fácil e pelo ineficaz, mas que apesar de tudo e sobretudo, significam visibilidade nos media!

Sugestões à ASAE:

-Verificar os “boxers” do primeiro-ministro: (cheiram a treta). Dispensem-se as peúgas, as falsas promessas, os incumprimentos e a oratória!

-Verificar o hálito do Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares: (cheira a falsete).

-Verificar a bússola do ministro das obras Públicas: (aponta sempre na direcção errada mas com toda a absoluta certeza, sempre).

-Verificar a contrafacção dos argumentos estatísticos: que, como a bússola do ministro das Obras Públicas, apontam sempre mal e favoravelmente a quem as encomenda.

-Verificar a sanidade e higiene funcional do Banco de Portugal, cheio de argumentos encardidos e investigações “baratas”. Baratas, mas principescamente bem pagas!

-Verificar o gabinete do director da instituição (ASAE) onde se vier a existir um incêndio os detectores de fumo, estarão com certeza, desactivados.

-Verificar o Casino do Estoril que anualmente através de “supostos amigos” convida aqueles que o não hão-de jamais investigar. *

-Verificar a sanidade mental de alguns legisladores que parecem viver numa Europa para lá da realidade, para lá das fronteiras Europeias e para lá do mais básico bom-senso.

- Por ultimo verifiquem-me o ... (por uma básica questão de decoro, não o refiro mas mantê-lo-ei limpo, à custa de papel higiénico e de uma assídua higiene pessoal).

(*) - Deveras interessante o esforço dos média em não divulgar o local preciso (Casino) onde o facto ocorreu.

Que me perdoe o Miguel de Unamuno:

“NO ME CREDO EN LAS BRUJAS, PERO QUE L’ASAE... L’ASAE!”

(Frase do meu AMIGO Domingos, não minha, mas que diz quase tudo aquilo que todos pensamos!)

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Vitor Constâncio - Banco de Portugal
















NOTA:Existem , além dos rostos, 8 ojectos (ou conjuntos de objectos) que não constam no quadro original

Os rendimentos do trabalho dependente de Vítor Constâncio totalizaram os 280 889,91 euros em 2005. Neste ano, só em aplicações financeiras e contas bancárias, o governador do Banco de Portugal declarou um montante global de 570 454.

DNonline


E
m 2004 Vítor Constâncio já era governador do Banco de Portugal e Teixeira dos Santos era presidente da Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM)

TSFonline


«Não é possível ter um governador do Banco de Portugal, que ganha um dos melhores salários do regime, a andar distraído».

Paulo Portas ao semanário “SOL”


«Vítor Constâncio investiga todos os candidatos ao BCP» é o título do «Diário Económico».O Banco de Portugal já está a examinar a idoneidade de ada um dos membros das listas de Miguel Cadilhe e Santos Ferreira para não ter surpresas

agenciafinanceira.iol.pt


O presidente da EDP, António Mexia, o empresário Joe Berardo, Manuel Fino e Moniz da Maia são alguns dos accionistas do BCP que foram chamados ao BdP no âmbito das investigações que o supervisor e a Comissão do Mercado de Valores (CMVM) estão a efectuar.

diarioeconomico.sapo.pt

Agora digo eu:

Que raio faz o homem à frente do Banco de Portugal? Não é a ele que cabe a supervisão e a acção reguladora da actividade bancária no país?

Não fossem as denúncias de Jo Berardo e nem o senhor Constâncio nem o Banco de Portugal investigariam jamais o que quer que fosse.

A argumentação que usou para justificar o injustificável desconhecimento foi apenas “vergonhosa”. Estão em causa possíveis actos de gestão irregular, eventual manipulação de mercado, favorecimento a accionistas administradores e familiares e recurso ilegal a sociedades sedeadas em off-shores, assim como a ocultação de actividades comerciais ao Banco de Portugal.

Andará Vítor Constâncio distraído ou terá virado a cara para o lado? Em qualquer dos casos não justifica e elevadíssimo salário que aufere, logo trabalhe ou saia!

Caramba, cerca de 24000 euros/mês, pagam bem alguma produtividade e alguma dedicação eficaz!

Digo eu…!


quinta-feira, janeiro 10, 2008

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Sócrates anuncia ratificação parlamentar do tratado da UE. Não há refrendo.










-De facto o homem tinha um problema "bicudo" entre mãos. Caso optasse pelo referendo, corria sérios riscos de que o “Tratado” não fosse ratificado ou que a participação dos eleitores não o tornasse vinculativo, o que o deixaria de novo com a “batata quente” entre mãos.

-Assim, optou pela mais esperada solução: a ratificação parlamentar. Até aqui nada de estranho, nem sequer nada de inesperado; Politicamente ambas as soluções são possíveis, eficazes e democraticamente correctas em última análise. O que já não possuiu qualquer correcção foram os argumentos utilizados pelo primeiro-ministro para justificar a decisão. Todos e cada um deles, mais pareciam desculpas de criança apanhada em falta, do que razões de ordem política invocadas por um estadista. Invocou o facto de se tratar de um novo documento que nada tinha que ver com aquele para que havia prometido o referendo, em campanha eleitoral. Não é diferente, é o mesmo sem alguns conteúdos, nomeadamente: os símbolos Europeus (bandeira e hino) e a existência de um ministro europeu dos negócios estrangeiros. A diferença maior que possui é precisamente o facto de ter sido laboriosamente reescrito, para conduzir aos mesmos resultados do primeiro mas tornando-se muitíssimo mais denso para quem o queira analisar com alguma minúcia.

-Como segundo grande argumento, José Sócrates afirmou que caso Portugal optasse pela ratificação, através de referendo, tal poderia constituir uma “má influência junto de outros países europeus”. Francamente, se não é risível é pelo menos uma visão exagerada da real influência de Portugal na Europa. Sem dúvida que tratando-se de um “tratado” assinado na nossa capital, caso o primeiro-ministro demonstrasse sentir fraqueza e incerteza quanto à opinião dos cidadãos, isso, beliscaria de sobremaneira a sua imagem externa (a dele, não a do país).

-Não existe muito mais, que seja útil e não tenha já sido dito, relativamente ao assunto. Fica apenas a confirmação, tantas vezes confirmada, de que José Sócrates inventou um novo vocábulo na nossa língua: o verbo “promentir” que resulta da feitura de promessas e do seu desrespeito posterior.

Exemplo:

Eu prominto 150 mil postos de trabalho.

Tu promentes estradas sem portagens.

Ele promente não aumentar a carga fiscal.

Nós promentimos referendar o tratado Europeu.

Vós promentis reforçar as politicas sociais.

Eles promentem a moralização do aparelho estatal.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Fim da CRISE por decreto governamental!

















-Por não ter nada para dizer, o “governo do reino”, na pessoa do ministro Teixeira dos Santos, convocou uma conferência de imprensa para anunciar que “o pior já passou”. Tal facto teve imediata repercussão na vida dos portugueses. Os pensionistas com mais 20 cêntimos por dia acorreram às praças a louvar o ministro. As crianças cujas escolas fecharam, levantaram-se, não uma mas duas, horas mais cedo para saudar o excelso governante. Os familiares de doentes e os próprios doentes, organizaram caravanas de regozijo. Os desempregados, acorreram aos Centros de Emprego com a foto do “iluminado” na mão para ocupar os postos de trabalho que repentinamente apareceram depois do anúncio governamental.
- Foi enfim o melhor dia dos últimos anos para os portugueses. De repente a Europa inveja-nos e deseja que a sua própria economia seja assim tratada.
-Foi realmente magnífica a ideia de terminar a “crise” por decreto governamental.

-Viva o Senhor Ministro:

HIP, HIP, HIP…

domingo, janeiro 06, 2008

Luiz Pacheco













Morreu o Luís Pacheco.

-Com certeza, muita gente falará e escreverá acerca dele e entre todos dirão tudo o que houver para ser dito. Alguns lamentarão, outros hão-de respirar um silvo de alívio por entre dentes e encolherão os ombros para seguir em frente. Eu não o li todo, não lhe conheço detalhes nem minudências; não o conheci em pessoa, nem queria, achá-lo-ia um sacana cínico. O que dele li não me dá autoridade para o definir, nem penso que ele pudesse ser definido por não nada definível, por não ser nada nunca e ser um pouco de quase tudo ao mesmo tempo, confusamente e em profundo desalinho. O Luís Pacheco nunca me “cravou vinte paus”, nunca me chamou “filho da puta” e nem sequer sabia quem eu sou.

-Li dele : "Comunidade", “O caso do sonâmbulo chupista”, “Literatura comestível”, “Surrealismo/ Abjeccionismo” que inclui uma versão curta de “O Teodolito”, “Caca, cuspo & Ramela” que escreveu em parceria com Natália Correia e Manuel de Lima; Li os seus “Textos de guerrilha” e “Textos do Barro”, “Figuras, figurantes e figurões” e li-lhe várias entrevistas em revistas várias e vi um documentário televisivo. Continuo sem saber quem era, como era, o que queria ou se queria alguma coisa. Chamaram-lhe de tudo e ele chamou de tudo a quase toda a gente. Usando o palavrão de modo cirúrgico, umas vezes, ou generalizado quase sempre, Luís Pacheco era o mais “estrambólico” de todas as personagens “estrambólicas” que conheço, mas punha sempre e sem hesitação, “o nome nos bois”.

-Morreu um dos mais improváveis escritores, poetas e tudo de Portugal. Se o quisesse imitar terminaria com um palavrão bombástico. Mas não!

Agradecimentos a:

http://luizpacheco.no.sapo.pt/biografia/default.htm

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Previsões para o Ano de 2008

















Economia

Os portugueses vão continuar a viver pior enquanto que o governo continuará a debitar estatísticas que apontam exactamente o contrário.

Irão ser reintroduzidos o papel selado e os selos fiscais.

Por outro lado, passará a ser usada a TIFO (Tatuagem de Identificação Fiscal Obrigatória), a implantar na nuca de todos os cidadãos no âmbito do Programa Simplex.

Ao abrigo deste mesmo programa será também facilitado o licenciamento de isqueiros que poderá ser obtido em qualquer casa de passe, papelaria ou posto de bombeiros.

A ASAE será transformada em polícia e passará a designar-se “Aiiiêê Se te Apanho Esmágo-ti”, mantendo a mesma sigla e os mesmos métodos de actuação com gang de encapuçados.


Obras Públicas

Será finalmente conhecida a localização do novo aeroporto de Lisboa que será construído em Badajoz, pondo assim termo à polémica.

A auto-estrada até Bragança será concluída com apenas meia faixa em cada sentido e com portagens em ambos.

Passarão a ser pagas portagens nos “caminhos de cabras” e de “terra batida” de Norte a Sul.


Saúde

Irão encerrar os 13 últimos Serviços de Urgência dos Centros de Saúde do interior do país, os três últimos Blocos de Partos, os nove derradeiros SAP e as duas únicas Urgências de Hospitais Distritais. Em alternativa o Ministério da Saúde irá anunciar a aquisição de duas ambulâncias para o Algarve e uma para a Região de saúde de Lisboa.

O número de pneumonias, infecções respiratórias, gripes e resfriados irá conhecer um autentico “BUM”, sobretudo nos fumadores que teimam em fumar no exterior. Além disso, os fumadores, passarão a ser chicoteados em praça pública bem assim como os obesos, os consumidores de álcool e todos os que não fizerem jogging em viagens a Pequim.


Educação

Valter Lemos será promovido de actual secretário de estado e ministro sombra da ministra, a Vice-ministro Plenipotenciário para a Educação.

Será publicada a nova Lei da recolocação de alunos que irá (segundo o ministério) pôr fim ao laxismo destes, no que toca à deslocação de e para a escola; O percurso passará a ser feito a pé para as sedes de distrito, já que as escolas que não se encontrem dentro destas localidades irão ser encerradas. Por outro lado, as questões que se têm levantado quanto ao sistema de avaliação, irão deixar de ter lugar com a publicação de um novo diploma que põe fim ao Sistema de Avaliação.

Passará a ser possível a conclusão do 12º ano por SMS e em apenas em dois dias.

No que respeita ao Ensino Superior, irá reabrir a Universidade Independente que se chamará agora “Universidade Pendente”, dada a necessidade verificada de muitos membros do executivo concluírem as suas licenciaturas rapidamente.

Justiça

O ministro irá autorizar a compra de 2 Ferraris e 3 Porches para serviço do ministério.

Está prevista a construção de duas mil escadas nos tribunais, a fim de albergarem nos seus vãos os gabinetes de juízes que ainda os não possuam.

No processo Casa pia, tudo ficará tal como se encontra.


Emprego

O primeiro-ministro irá prometer a criação de 150 mil novos postos de trabalho.

O desemprego vai continuar a crescer na realidade e as estatísticas oficiais continuarão a provar que ele diminui.

Está prevista a formação de mais 25 mil formadores de formadores de formadores de formadores, que embora não formem ninguém não aparecerão nas estatísticas de desempregados.

Desporto

A selecção Nacional será Campeã da Europa, apenas não nos foi possível apurar em que modalidade ou ano.

Jorge Nuno Pinto da Costa será o novo presidente do FCP depois de novo divórcio e casamento.

Vanessa Fernandes irá correr pela primeira vez sem o aparelho dentário e vencer nas Olimpíadas de Pequim.

O Benfica será Campeão Nacional mas tal como aconteceu com a selecção de Nacional não nos foi possível apurar em que modalidade ou ano.

A corrupção desportiva irá terminar e os responsáveis devidamente apurados, julgados e condenados.

Artes e Espectáculo

Os ABBA vão voltar a reunir-se e farão uma tournée mundial.

Nicolau Breyner e Rogério Samora vão interpretar mais 16 filmes apenas este ano.

Manoel de Oliveira vai rodar mais um filme (ou dois).

A minístra da Cultura vai gabar-se novamente.

José Saramago vai voltar a meter o “pé na boca”.

Filipe La Feria vai apresentar a sua nova produção que se intitulará “Aldeia da Roupa Suja”, e que terá por base o diálogo entre Manuel Alegre e José Sócrates.

A filha de Raul Solnado passará a falar com (para além de Deus) Buda e Alá (ou Allāh) e editará mais um livro relatando o facto.