sexta-feira, junho 26, 2009

CURSO DE FÉRIAS- - 2009

TURISTA IN-PROVAVEL

Se está de Férias ou se vai estar em breve.

Se tem receio da Gripe A.

Se não tem dinheiro para viagens aos lugares mais vulgares onde todos os seus conhecidos já foram.

Se não tem pachôrra para ficar em casa a ver televisão ou a reler os debates da Assembeleia da Republica.

Se procura algo excitante que aumente a sua cultura.

VENHA FAZER UM CURSO DE FÉRIAS IN-PROVAVEL

DATA: 1 de Julho a 31 Setembro

LOCAL: Praia e Campo à sua escolha.

DURAÇÃO MÁXIMA: 5 anos.

DESTINATÁRIOS: O curso destina-se a indivíduos de qualquer sexo maiores de 1,20 de altura e com espesura superior a 10 centimetros.

Neste curso pode aprender a meter metade da sua casa nas malas de viagem, a evitar perder-se enquanto circunda uma rotunda ou o melhor modo de provocar zaragatas numa discoteca.

Aprenderá que as férias são uma excelente ocasião para conhecer locais fantásticos onde nunca mais vai querer voltar e conhecer populações simpáticas que hão-de tentar sugar-lhe a carteira até ao ultimo centímo.

Vamos ensiná-lo como passear no campo, em saudavél convivio com as vespas, víboras e formigas danádas assim como a saber distinguir que tipo de cogumelos colher para dar de jantar à sua sogra.

Receberá toda a formação de que necessita acerca de farnéis, casas de banho de estações de serviço e hóteis manhosos bem como do melhor modo de combinar chinélos horriveis e t-shirts pirósas.

Temos técnicos especializados para actividades ao ar livre e ao ar de parvo e formadores altamente experientes que têm estado de férias nos últimos 25 anos.

Os primeiros inscritos receberão duas semanas de Férias de Natal na Ilha de Páscoa ou em alternativa duas semanas de Férias de Páscoa na Ilha de Natal.

terça-feira, junho 23, 2009

Noite de S. João
























Porque esta noite é noite de S. João


Hão-de sair à rua os milhares do costume com os martelinhos de plástico, agora feitos na China, a fazer a algazarra do costume. Uns divertem-se, outros esforçam-se para concretizar o sonho de diversão que guardaram para este dia outros emulam o contentamento que não sentem.


O cheiro a sardinhas assadas (ao preço do costume) vai invadir a cidade toda até à náusea e nos céus hão-se haver balões de papel a arder e foguetório;que a crise hoje não tem lugar.

Vai correr vinho e cerveja até chegar ao Douro onde os políticos do costume jantarão a bordo do barco habitual longe do povinho e das marteladas.

Já não existem fogueiras para saltar, nem raminhos de cidreira com arruda no interior e rareiam os alhos-porros.

Pela manhã, o nevoeiro das madrugadas há-de esconder à cidade os que dormitam nos bancos de jardim e nos portais gastos. Hão-de haver garrafas vazias e sapatos pelo chão e nos pés, bolhas dolorosas como as paixões que o S. João trouxe e levou.

O metro vai andar cheio toda a noite e há-de levar, já de manhã, os corpos cansados, os hálitos alcoólicos e as frustrações de outra noite de S. João.


Quem sabe, para o ano também haverá S. João.

sábado, junho 20, 2009

7º Dia

7º dia

Pode ser o fim de um ciclo ou apenas o início de todos os outros que ainda restem.

Pode ser uma fase de luto ou o que resta do resto de tudo.

Tenho saudades da minha mãe!

Hei-de ter sempre!

sexta-feira, junho 12, 2009

Nada

in-provavel

Queria dizer aqui algo que pudesse ter algum significado. Algo que pudesse de um qualquer modo servir como conselho, exemplo ou reforço positivo a outro alguém que um dia passasse por aquilo que eu imaginei passar mas que nunca achei que fosse tão.. tão inultrapassavél como constato agora que é na realidade.

Todos nós num ou outro momento da vida receamos pelos que nos rodeiam e a quem amamos. Afastamos esses pensamentos pelo incómodo e sofrimento óbvio que nos causam e seguimos em frente esperando fervorosamente que nunca se concretizem.

Face aos acontecimentos funestos que afectam os nossos amigos/conhecidos sabemos sempre o que dizer e sabemos (julgamos nós) tudo aquilo que fariamos se fosse connosco. Frases vãs parecem-nos possuir significados profundos e chegamos mesmo a achar que o que nos sai dos lábios deveria ser cumprido à risca.

No entanto, quando na nossa alma existe uma dor que não sendo nossa também o é. Dor por quem amamos e pelas sua próprias dores e sofrimentos. Uma dor das que nos esvazia a alma que nos atormenta desesperadamente e leva a esperança toda com ela… Não há nada que se possa dizer ou ouvir; não há conselhos; não há sono; não há satisfação em nada e nem há sequer nada.

Por isso não tenho nada para dizer e já nem sei sequer dizer nada.

segunda-feira, junho 08, 2009

Resultados das Eleições Europeias 2009 - Victória e Derrota



















Quem ganhou:

-A abstenção

-PSD e Manuela Ferreira Leite

-Bloco de Esquerda


Quem Perdeu:

-PS, o governo e José Sócrates

-PCP

-Empresas de Sondagens, sobretudo no caso CDS/PP


Se a vitória do PSD foi sobretudo a derrota do Partido Socialista, já a derrota de Sócrates não se justifica apenas com a derrota do candidato (mal) escolhido. Foi uma derrota pessoal, e das políticas governativas seguidas durante o corrente mandato. Foi a derrota da atitude sobranceira e orgulhosa, da falta de humildade e das manobras oportunistas, evidentes e quase “amadoras” à porta das eleições. Lembremos a gratuitidade dos medicamentos genéricos para os pensionistas miseravelmente ressarcidos por uma vida inteira de trabalho.


Como apontamento gracioso ficam as imagens dos ministros ao serem confrontados com os números que francamente não esperavam. A Maria de Lurdes Rodrigues apenas lhe faltou assassinar com o olhar e a habitual voz estridente (da qual não lhe cabem culpas) os jornalistas que procuravam obter a sua opinião. Luís Amado parecia perdido, deslocado e confuso talvez imaginasse que estava no estrangeiro ou noutro local qualquer que não ali onde estava e parecia não saber. Mário Lino desta vez não gritou “Jamais” (em francês) e retirou-se, também à francesa, de cena.


Talvez o erro mais clamoroso cometido pelo Partido Socialista, por José Sócrates (secretário-geral) e por José Sócrates (primeiro ministro) tenha sido o facto de ter colado a sua imagem à do candidato derrotado Vital Moreira. Todos os restantes partidos apareceram duas vezes no ar; uma com as declarações dos candidatos e uma segunda, com as declarações dos lideres partidários. Todos maximizaram os tempos de exposição mediática. Todos? Todos excepto o PS que além de não o ter sabido fazer, geriu de modo amador o seu tempo de entrada em cena sendo obrigado a sair dela pela aparição do PSD.


Falta agora a José Sócrates Pinto de Sousa saber desatar os nós que ele próprio atou. Gostava de acreditar que seria capaz de mudar de rumo, levando em linha de conta os erros que cometeu. Mas francamente têm sido tantos e tão graves e danosos para o país, que não me parece que tenha tempo, capacidade, discernimento ou humildade para tanto.


O PS perdeu, mas antes dele perdemos todos muitíssimo e ainda continuaremos a perder com as consequências dos seus actos.


quinta-feira, junho 04, 2009

A nobre arte do insulto ou como bem insultar alguém (repostagem)

 

Nobre ARTE DO INSULTO In-Provavel

Para que seja possível insultar alguém com alguma dignidade e inteligência, não basta o palavrão batido, a expressão ordinária e repetida, a referência aos parentes próximos ou o achincalhamento próprio dos simplórios e dos parlapatões sem ideias. Para bem insultar alguém, é necessária alguma arte e estilo; É necessário que se possuam recursos linguísticos e imaginação suficiente, para poder improvisar metáforas inteligentes.

São estas metáforas que muitas vezes constituem autênticos homicídios de personalidade para o insultado mas que ele, apesar de tudo, pode tolerar sem a verdadeira e irreversível ofensa.

A arte de bem insultar é sempre uma demonstração de agudeza de espírito por parte de quem em determinada altura sente necessidade de dizer a outrem o quão mau, baixo, ou estúpido é, ou está a ser momentaneamente.

O insulto demonstra, quando inteligente, uma boa integração social, humor, capacidade de análise e de reacção a factos adversos. O insulto, se inteligente, é libertário, democrático, humanista e terapêutico.

O insulto, não é desprezível nem deve ser desprezado. Não se deve jamais confundir o “bom insulto” com ordinarice, demência, saloiice ou vulgaridade. O “bom insulto” é insolente, é malicioso, é diabolicamente perverso e ao mesmo tempo elegante e quase aristocrático.


-O insulto, é património cultural de toda a humanidade e da sua comunicação verbal. É instrumento preciso para que aqueles que não se submetem, possam permanecer livres de peias que não desejam, de ideias pré-concebidas e de tentativas de imposição de toda a espécie.


-Quem ao longo da sua vida não insultou em determinada situação, voluntariamente alguém?


-Quem, na altura de escolher as palavras, não hesitou entre a verborreia da vulgaridade e elaboração inteligente de frases? Nestas situações limite, é necessário possuir precisão para ferir sem deixar ferida, bater sem deixar nódoa, magoar sem fazer doer mais do que o tempo necessário para que o insultado possa ver o seu erro, e cair em si… ou não.


-Foram muitos os escritores que cultivaram esta arte de dizer verdades ofendendo apenas o necessário. Muitas vezes disfarçado sob o manto largo do humor, o insulto foi usado magnificamente por: Nicarcos, Gil Vicente, Moliere, Bocage, Rafael Bordalo Pinheiro, Eça de Queirós, Cervantes, Quevedo, Lope de Veja, Camilo Castelo Branco, Ramalho Ortigão, Winston Churchill, Bernard Shaw, Serge Gainsbourg, Jorge Luís Borges e tantos, tantos outros.

-Talvez que em ultima instância, seja a arte do bom insulto a única coisa que valha a pena salvar neste país de façanhudos e gente de riso tonto e fácil. Gente de comunicados oficiais e de “oficiais” sem capacidade de comunicação. Neste país de pseudo cultos sorumbáticos e de palhaços alegres mas ridículos. De gente alinhada em demasia ou demasiado desalinhada; Deprimida e deprimente.

Saiam à rua e insultem com elegância, ou então… vão afogar peixes.

Heis alguns exemplos de que gosto:

  • Eu insultava-te mas acho que não irias notar.
  • Não, não te chamei estúpido. Isso seria insultar os estúpidos deste mundo.
  • Será que a corrente dos teus pensamentos tem algum elo?
  • Nem todas as pessoas são aborrecidas, também há os falecidos.
  • Estou a tentar imaginar-te com uma personalidade.
  • Se eu atirar um ramo para longe tu sais daqui?
  • Tu? Do meu planeta?
  • Quando é que o teu circo de anormalidades passa cá para te vir buscar?
  • E… a tua opinião deslocada, estúpida e a despropósito, seria?
  • Olha lá, por acaso eu pareço-te alguém com vontade de te ouvir?
  • Eu finjo trabalhar e eles fingem pagar-me.
  • Será que os extraterrestres se esqueceram de te retirar a sonda anal?
  • Gosto do teu perfume, mas seria preciso tomares banho nele?
  • Qualquer que seja o teu novo visual devo dizer-te que falhaste.
  • “Ele pode parecer como um idiota e falar como um idiota, mas não deixes que isso te engane. Ele é um perfeito idiota.” - Groucho Marx
  • Deves ser o único génio com um Q.I. de 10.
  • Os teus pais por acaso não serão irmãos?
  • Deve estar a fazer anos que foste excretado pelo organismo da tua mãe, não?
  • Deixa lá, ainda um dia hás-de ser famoso. Lá no manicómio onde te internarem.
  • Estás a começar a parecer razoável, vai tomar a medicação!
  • Tens mesmo cara de santo… S. Bernardo!
  • Sabes bem que entendo esse sentimento de vazio de que falas, conheço bem o teu cérebro!
  • Não sei qual é o teu problema mas com certeza a psiquiatria em um nome para ele.
  • Gosto de ti fazes-me lembrar de mim quando eu era estúpido!
  • Hei! Quem é que te escolhe a roupa, O Stevie Wonder?
  • Ok, prometo tentar ser mais simpático se prometeres tentar ser mais inteligente.
  • Namorada nova? Onde é que ela deixa o cão e a bengala às riscas?
  • Olha que o facto de ninguém te entender não é por seres um artista modernista.
  • Irra! Parece impossível como em tempos foste o mais rápido dos espermatozóides!
  • Naturista, tu? Depois de tudo o que a natureza te fez?
  • Eu sei que toda a gente tem direito a fazer asneiras mas tu abusas desse direito.
  • Recordas-me alguém que conheci em tempos, … durante um pesadelo.
  • Já pagaste as quotas deste mês do clube dos canalhas?
  • Eu sei que não és um plagiador, mas tu não plagias é a raça humana!
  • Se alguma vez te vir a afogar, prometo que te atiro uma corda, ambas as pontas e tudo.
  • Só ouvirás algo de bom acerca de ti se for num monólogo!
  • Gostava imenso de trabalhar para si, mas como coveiro.
  • Se disse algo que te tenha ofendido, podes ter a certeza de que foi totalmente propositado.
  • És tão estranho que eras capaz de tropeçar no fio de um telefone sem fio.
  • Eh pá, vai afogar peixes!

quarta-feira, junho 03, 2009

Eleições Europeias 2009– Parlamento Europeu

Europeias 2009 - canditatos In-Provaveis

Partidos e Candidatos In-Provaveis

O Mundo está perigoso mas Portugal está ainda, e sempre, mais perigoso do que a Europa e o mundo.

Nos últimos dias, por exemplo, não tem sido possível ao comum dos cidadãos, andar sossegado pelas ruas, fazer compras nos mercados habituais, andar nos centros das cidades ou sequer executar actos tão simples como ver televisão ou ouvir rádio. Já nem é sequer possível observar os belíssimos arranjos paisagísticos das rotundas das cidades, vilas e aldeias sem ter um cartaz de um candidato ao Parlamento Europeu.

Existem em todas as formas, cores e feítios. Há os altos e magros, os baixos e gordinhos, os de cabelo curto, os de cabelo branco, os carécas e os opostos de todos eles. Há candidatos que são a favor da Comunidade Europeia, outros que são contra e até existe um que era contra mas que agora é a favor.

Há ex-presidentas da câmara e pretendentes a presidentas de câmara; ex e actuais jornalistas; ex e actuais deputados; ex e actuais comunistas.

A trapalhada com os partidos clássicos já era anteriormente um facto, mas a ela juntam-se agora os “movimentos de independentes” que assim deixam de ser independentes para se tornarem partidos com o nome de movimento.

Isto é um belíssimo exemplo de uma Democracia participativa. Há de tudo para todos os gostos. Cada ideologia seu sabor e até sem sabor e sem ideologia.

Com tanto por onde escolher… Vá lá! Vá votar.

Ou em alternativa adopte um!