segunda-feira, maio 07, 2007

E agora Engº (ou lá o que quer que seja) ?









-E agora Senhor Engenheiro (ou lá o que quer que seja o senhor)?

-Sim e agora?

-Será que vai ter a desfaçatez de insistir que na Madeira não existe democracia?

-Será que vai voltar a bradar em gestos condoídos, que na Madeira a campanha foi populista? Que não valeu? Que os Madeirenses são estúpidos?

-Será que por acaso o senhor conhece a Madeira?

-Eu cá por mim, se fosse Madeirense, não importa de que partido, iria ter-lhe ainda maior aversão do que a que já tenho não o sendo, mais asco e mais desprezo pelo modo arrogante como trata os eleitores em geral e os daquela região em particular. Sim, porque os eleitores são todos Portugueses e por principio de igualdade, capazes de escolher para si o melhor governante de entre os que se lhe apresentam à escolha em eleições livres e democráticas como foram as do passado domingo, tal como o senhor o foi em circunstancias bem diferentes.

-Não se esqueça que esta pesada derrota foi acima de tudo sua; Não foi do candidato local a quem o senhor negou, covardemente, o apoio que lhe foi pedido. Não foi do seu partido mas sim sua do seu governo e das medidas persecutórias que tomou contra toda uma região, apenas por pretender enfraquecer politicamente quem nunca foi fraco.

-O Dr. Jardim é, como bem sabemos, alguém fora dos cânones do perfeitamente correcto, do “polidismo democrático”, da grassante “bétice partidária” ou das esferas dos “pseudo-cultos-fazedores de opinião”, mas daí a ser tratado como ditador e anti-democrata, vai uma extensíssima distância. Também eu tenho muitas vezes discordado das suas opiniões e muitas mais do modo como ele opina, respeito-o no entanto pela sua obra (indubitável e bem visível), pela sua entrega (que não reconheço em si) ao seu povo e pela sua capacidade de resistência, quase sempre contra tudo e contra todos mas nunca contra os Madeirenses e sim por eles.

-Mais uma vez o senhor calar-se-á. Vai manter-se pretensamente distante e apenas passadas semanas, falará no assunto com a arrogância do costume, como facto consumado e portanto inútil e sem importância como sempre o tem feito acerca de cada pedra em que o senhor e o seu governo têm frequentemente tropeçado fazendo-nos caír a nós todos um pouco mais.

-A Democracia merece da parte de qualquer governante, melhores tratos e mais atenção.

-Agora, descalce lá esta bota se for capaz de o fazer, com respeito pela decisão desse povo que também é o seu, o povo da Madeira.

1 comentário:

SA disse...

um post a dizer bem do alberto joão jardim... está bem para variar um pouco