-Estou farto de amadores, de aficionados e de carólas.
-Se repararmos bem uma grande parte das actividades necessárias ao nosso progresso são exercidas por este tipo de gente sem preparação, sem formação específica e sem competência para fazerem aquilo que fazem nas condições em que o deviam fazer. Em suma são todos amadores.
-Deveria existir um movimento de consciencialização social, apoiado por uma politica governamental, que fosse coerente, para acabar com este estado de coisas sobretudo nas seguintes áreas:
Condução – Todos sabemos bem as assustadoras taxas de acidentes de transito de que padece este nosso país. Se cada família, a exemplo do que já acontece com os altos (e menos altos) dignitários de cargos públicos, possuísse um carro do Estado com motorista profissional, os números de acidentes, feridos, mortos e incapacitados diminuíram rápida e eficazmente
Solidariedade Social – Quantas serão (não creio que haja quem saiba) as instituições de solidariedade social existentes? Todas as áreas, todas as causas, todos os ideais tem pelo menos duas destas instituições. No entanto, se olhar-mos à nossa volta o que verificamos é que estes amadores nada resolvem: a pobreza é gritante, os excluídos aumentam de dia para a noite e a única coisa que temos em excesso são as carências sociais. Somos abalroados por miríades de peditórios, por mil bugigangas que nos querem vender, por comida que nos cravam à entrada dos supermercados onde vamos a contar os tostões para comer o resto do mês. -Aqui, convenhamos, já existem alguns profissionais. Gente que é paga e bem paga para organizar as actividades que numa sociedade a sério seriam encargo do Estado por que é esse o seu papel em termos de politica social e assistencial. Mas não, os amadores convencem-se que fazem muito por todos e libertam o Estado das suas básicas obrigações, enquanto que os profissionais se não fossem essas obras de assistência, recorreriam eles próprios às obras de assistência. -Se todos fossem profissionais outro galo cantaria.
Politica – Se aqueles que se dedicam ao exercício da actividade politica, desde o Presidente da Republica, ao mais recôndito autarca possuíssem uma licenciatura (que não da Independente, claro), um doutoramento ou até mesmo um bacharelato em administração, Ciência Politica, e Filosofia tudo correria bem melhor. Em vez disso somos governados por advogados, engenheiros (e alguns sabe-se lá), biólogos e toda uma cáfila de amadores e incapazes. -Mais a mais, se fosse como eu proponho, iríamos livrar-nos de preguiçosos (porque um doutoramento dá trabalho), de oportunistas (porque os estudos levam tempo), de incultos (sempre aprenderiam algo) e de todos esses “amadores" que tanto nos têm prejudicado, pois ainda hoje haviam de andar a coçar as cadeiras da faculdade.
1 comentário:
o problema é que muitas vezes nem sempre são os mais capazes a ocupar os cargos mais exigentes, é o império da cunha infelizmente
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