-Confesso que não gosto, detesto e na prática abomino, ter que comprar roupa.
-Não gosto que me perguntem que numero uso, ou ter que decifrar o que significam aquelas letras nas etiquetas: P, M, L, Xl, XXL; Durante algum tempo pensei que fosse numeração romana mas já me explicaram que afinal é só inglês. Não gosto das perguntas invasivas e dos elogios ocos das/os empregadas/os, das sugestões idiotas que me dão, que se seguisse me transformariam numa versão mais amaricada do Castelo-Branco; Seria possível? Irrita-me transportar aqueles saquinhos coloridos pela ruas a fazer publicidade a uma marca e ter tido que pagar para isso. Detesto etiquetas, botões, fechos de correr, bainhas, recibos para troca, talões, descontos, salas de provas, promoções e tudo o que tenho que aturar para comprar uma simples camisa ou um casaco. Fico cansado ao fim de um par de peúgas, então quando tenho que comprar outra roupa, encontro sempre algo que me faz pensar: se fosse mais novo, alto ,sexy isto ficar-me-ia bem; Mas quando chego a casa e experimento de novo a peça, concluo sempre que não sou novo, nem alto, nem sexy mas sim apenas um perfeito idiota mais leve umas dezenas de euros.
-Tenho esperança que um dia a moda acabe e penso sempre que a única coisa boa da revolução maoista na china, foi a uniformização. Talvez um dia seja como nos filmes de ficção científica, tudo de traje praticamente igual. Porque não umas jardineiras prateadas e botas verde-salsa para todos?
Rui
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