quarta-feira, novembro 19, 2008

Manuela Ferreira Leite e Alberto Martins












Estou farto do “politicamente correcto”

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A expressão bem como a ideia chega-nos dos EUA e nós como bons e perfeitos idiotas tratámos logo de adoptar ambas pensando que assim nos tornaríamos mais civilizados ou pelo menos, algo civilizados.

A ideia inicial era a de eliminar expressões discriminatórias, pejorativas, racistas e sexistas do discurso político e do discurso habitual. Era suposto que esta prática uniformizasse o modo de expressão e não criasse atritos ou mal entendidos de que resultassem conflitos sociais ou outros

Daí a que tal prática se tornasse uma obsessão de intelectuais exacerbados e “palermas militantes” em buscas de causas foi um ápice. Assumidos no papel de defensores incansáveis de tudo e de todos, pugnaram (e ainda pugnam) pela limitação da expressão; pela ocultação dos problemas através do emprego de expressões inócuas; pela ocultação eufemística da intolerância e tornaram-se eles mesmos intolerantes!


O politicamente correcto tem-se vindo a tornar em autentico espírito de “carneirada”, com que os seus adeptos tentam agradar a gregos e troianos. Limitam-nos com ele o uso de expressões idiomáticas, de ditos populares e provérbios, de expressões clássicas e imagine-se, até do humor! É bem interessante observar que são aqueles que mais contestam “o sistema” (todos os sistemas) quem tenta impor este outro sistema de modo sistemático. Gritam quando ouvem a palavra negro, berram quando se censura um emigrante, sopram e bufam sempre que se faz um gracejo ou se conta uma anedota acerca de um surdo ou de um manco.

Tornaram-se os puritanos do anti-puritanismo. Os censores da censura que eles censuram. Os sensíveis em cuja personalidade só existe sensibilidade para si próprios, para as suas causas e para os seus objectivos quase sempre pouco claros.

Vem isto a propósito das declarações de Manuela Ferreira Leite. Só quem não ouviu atentamente e na íntegra aquilo que ela disse se prestou a vir à praça comentar com maus fígados e pior bílis, o que não passaria de um gracejo, bem ilustrado e pleno de oportunidade dentro do contexto em que foi proferido.




Alberto Martins assumindo o papel de militante do partido no poder, apressou-se a tecer censuras e tal como uma falsa virgem falsamente violada a gritar a plenos pulmões “Aqui há del rei” . Isto em defesa da Democracia que o seu partido tanto tem mal tratado no que toca ao progresso e igualdades sociais.


Entendo que a situação lhe exigia a criação de falsos factos políticos que desviassem os olhares e as polémicas dos disparates dos membros do governo. Poder-se-ia até dizer que se trata de “politica” mas “politica” não é nada do que ele quis fazer. E “politica” não é nada disto apenas por presumir que se exerça com integridade e honestidade, intelectual e da outra.


Revelou (tal como os que lhe foram a reboque) que para caceteiro falta-lhe o pau; Para virgem violada falta-lhe sê-lo e que para lambe-botas lhe não falta nada!


5 comentários:

Anónimo disse...

Daqui até ás eleições vamos ouvir da dra Manuela Leite PIIIIIIIkenas barbaridades!!

Mal dos meros mortais senão levassem a coisa com muito humor!!!

Luisa disse...

Ninguém percebeu o humor da Manuela Ferreira Leite, acutilante e bem a propósito da falta de democracia do Governo? Penso que só os muito burros não perceberam o que ela estava a dizer. Ou talvez não: foi um aproveitamento jornalístico que até deu espaço a mesas redondas sobre o "grande pecado" da Ferreira Leite. Quando se perde o sentido de humor, perde-se tudo!

Alien David Sousa disse...

Não vou ser politicamente correcta:
Estou farta de tanta merda. Já nem tenho forças para os criticar, levaria muito tempo e teria de juntar muitas palavrinhas para descrever a merda pela qual estamos a ser governados e por aquela que nos quer vir a governar.

UFA! Foi bom desabafar sem restrições.

Beijinhos R.

aquelabruxa disse...

todos os políticos à guilhotina!

Rui SP disse...

Gostei muito de ler este artigo sobre o politicamente correcto. Realmente estou farto desse gado que segue o pastor.
O politicamente correcto é pior que uma seca no deserto, dele não nasce nada de bom ou mau.
Se Platão, Socrátes, Voltaire, Sade, etc fossem politicamente correctos o que seria do Mundo.
Se os primeiros hominideos tivessem sido policamente correctos, nem o fogo tiriamos dominado, pois podiam ter ofendido as feras que os queriam devorar.
Um abraço sejam sempre policamente incorrectos, quando for caso disso.