sábado, novembro 22, 2008

Curso de Escrita Criativa - GRÁTIS

Curso de Escrita Gratuito -  In-provavel

 

 

Aprenda a ser um "Escritor/a" em seis passos ou: Escrever bem em seis lições

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Primeiro passo: Adiar.

-Quando finalmente tomamos a decisão de escrever acerca daquela ideia fabulosa que nos chegou de repente de algures desconhecidos e sem avisar que vinha, entramos na primeira fase da escrita criativa e que vulgarmente se traduz por um ou vários destes pensamentos:

“Amanhã sem falta vou escrever acerca disto.”

“Ainda não estou suficientemente inspirado.”

“Preciso fazer mais alguma pesquisa sobre o assunto.”

“Agora não tenho tempo suficiente para escrever.”

“Bolas! Tenho o arroz a queimar.”

-Quando estas frases estiverem tão intimamente ligadas ao seu modo de pensar que lhe saiam tão naturalmente como o acto de respirar então estará preparado para o segundo passo.

Segundo passo: Folha em branco ou cursor a piscar.

-Senta-se frente ao monitor ou a uma folha em branco sem ter ainda a mais ínfima ideia acerca do que realmente irá fazer. Toma três cafés, vai ao frigorífico buscar duas cervejas ou um pacote de bolachas de chocolate; Bebeu umas, comeu as outras e constata que está no mesmo preciso ponto em que estava 2 horas atrás quando olhou pela primeira vez a ponta da esferográfica ou o cursor a piscar. Toma a férrea decisão de que irá colocar em palavras aquele pensamento que lhe inspirou toda esta vontade de escrever.

-Depois de mais uma hora em que escreveu cinco frases idiotas e mal construídas com que não dizia nada e as apagou vezes sem conta está pronto para o passo que se segue.

Terceiro passo: Sentimento de Culpa.

-Por esta altura (se tiver feito tudo correctamente) deve estar a interrogar-se sobre a sua capacidade para escrever algo mais do que recados em POST IT’s para colar na porta do frigorífico. A sua paixão pela escrita desapareceu e levou com ela o amor pela leitura e a vontade de escrever o quem quer que seja. --É facil reconhecer o estado de espírito correspondente a esta fase, basta estar atento ao desejo de fazer qualquer coisa que não seja escrever. Quando então tiver decidido firmemente que não voltará a escrever uma só linha acerca de coisa alguma começa a nova fase.

Quarto passo: Esquecer.

-Deita for a a ultima folha que sujou com frases desconexas, despeja o cesto dos papéis e desliga com um pontapé o computador. Sai de casa e vai ver o futebol para o café ou , no caso de ser um ente feminino, liga à sua melhor amiga/o e aborrece-a/o de morte com queixas acerca do mundo e pensamentos negativos. O tempo que este passo demorará irá variar consoante a intensidade da sua vontade ou sua inabilidade para manter as suas decisões firmes que toma.

Quinto passo: Escrever.

-Por esta altura terá preparado uma espécie de resumo ou esquiço daquilo que realmente pensa que deseja escrever. Isto pode levar-lhe entre uma hora ou varios dias; Conheço até casos em que se passaram anos e ainda hão passar alguns mais.

-Agora todos os medos e ansiedades parecem ter-se dissipado; a sua decisão é firme e inabalável como sempre foram inabaláveis todas as decisões anteriores que não levou até ao fim. Congratule-se com essa atitude, sinta-se orgulhoso de si e sente-se para escrever.

-Olhe firmemente a folha em branco ou o cursor a piscar e escreva uma frase. Leia-a com orgulho e atenção, corrija a pontuação e volte a lê-la. Está pronto para o último passo.

Último passo:

-Apague a frase que escreveu e tente de novo.

-Releia o primeiro passo ou em alternativa escreva um Post idiota como este no seu blog. Faça dele um email e envie-o a todos os palermas cujo endreço possui e que sempre desejaram ser escritores.

6 comentários:

peter_pina disse...

excelente!!!!

as vezes escrevo num pekeno bloco...mas por norma kdo vou finalmente sentar-me a escrever...ou a pagina fika em branco ou...ja nao era nada dakilo!

aquelabruxa disse...

por falar nisso não tenho tido tempo para escrever aqui... o raio do computador anda super lento...

Íris disse...

O meu problema não é começar, mas sim continuar. xD

Para começar devemos apenas pensar em certas coisas:
- Onde queremos chegar com a introdução;
- Porquê começarmos com essa introdução;
e como será o decurso da história. O início diz muito sobre a continuação da história.

Anónimo disse...

Olá!
Meu problema não é continuar a história, pelo contrario, tenho-a do meio para o final, mas não consigo começar, tudo fica horrivel e não me agrada. O que devo fazer?

João C. Santos disse...

Victor Hugo...pelo que aprendi, nem tudo tem de ter um inicio definido. O meio que tem pode ser o seu inicio. O inicio que procura, deixe-o para a imaginacao de quem o lê. Porque não?

João C. Santos disse...

Olá Iris.

Não acho necessariamente que tenha de pensar.
O melhor mundo para ir buscar inspiracao, é ao seu, aquilo que vive/viveu. As vezes basta sentir, ou pelo menos, descrever algo que se tenha passado. Inicialmente, quanto mais simples melhor. Depois, basta aperfeiçoar o vocabulário e sintaxe, digamos "complica-las".

Já escrevi algumas histórias em que comecei a escrever sem saber mais. Inventei uma, duas, três personagens e pronto...fui desenvolvendo. Acontece por vezes que as historias ficam paradas por algum tempo até lhe dar um rumo. Não é grave. Acontece. Não podemos é desanimar e muito menos desistir.

BY:JCS