terça-feira, fevereiro 13, 2007

Cupido e outros adoráveis malandretes (Repostagem)













-O Cupido não passa de um estupor.

Idiota e bêbado, com considerável miopia.

Não entende absolutamente nada de Amor

e tem uma péssima pontaria!

Yur Adelev


-O Cupido ao contrário do que se pensa, não passa de um tipo balofo e baixinho, na casa dos quarenta, com barriga, "falta de vista" e de penas na asa direita.

-Todos os dias, depois de acordar e enquanto desfaz a barba sob as olheiras, mira-se ao espelho e lamenta a vida que tem levado. Toma duas aspirinas, um Guronsam e recomeça outro dia.

-Há dois séculos que se compromete a beber menos, deixar de fumar e consumir mais vegetais. Mas vai adiando.

-Naquele dia, acordou particularmente enfastiado, consigo e com a vida, com os outros todos e particularmente com Júpiter. O pouco tempo que dormiu, dormiu mal. Acordou várias vezes com pesadelos e quando se levantou para ir à casa de banho, tropeçou nos chinelos “de meter no dedo” e bateu com o joelho direito contra o bidé. Disse três ou quatro palavrões, fez o que tinha a fazer e voltou para a cama sem lavar as mãos.

-Como todas as manhãs, relê a a embalagem de flocos ao ponto de conseguir recitar tudo o que lá esta escrito, até as letras pequeninas que só lia com o olho esquerdo aberto e com um esgar no rosto para focar melhor. E quando termina faz sempre a mesma pergunta a si mesmo: “Será que vale a pena comer a embalagem de flocos? Mais sabor a cartão não deve ter do que os próprios flocos…?” Mas nunca se respondera, nem comera a embalagem.

-Como sempre, no final do pequeno-almoço agarrou no jornal diário, roubara ao vizinho da frente e leu os signos em que dizia não acreditar. Mas neste dia, depois de lêr, como era hábito uma vez por semana, por vezes duas… que os nativos do seu signo iriam encontrar a pessoa que tanto idealizavam, atirou com o jornal para um canto. Pensou um pouco e depois dirigiu-se com ar furioso até à janela; Levando numa mão a aljava e na outra o arco. Abriu a janela de par em par e o mais rapidamente que foi capaz, disparou todas as suas setas ao caso. Fechou a janela já mais calmo, ligou a TV, tirou do frigorifico uma cerveja e sentou-se no sofá o resto do dia.

-Eu sei que foi assim! Tenho uma cicatriz de flecha na nádega esquerda e uma dor enorme no coração para o provar.

Rui

3 comentários:

Anabela disse...

Oh, tadinho... do cupido.

Agreste disse...

isso passa só n garanto q a ferradela na nadega n fique cicatriz

Alien David Sousa disse...

Rui, não és o único! :|
beijosssssss