segunda-feira, março 31, 2008

TIBETE JOGOS OLIMPICOS





















Mais liberdade, mais independência, mais independência!


E eu sou absolutamente contra a politização dos Jogos Olimpicos!

quinta-feira, março 27, 2008

Redução de IVA












Hoje foi anunciada a redução de um imposto:

Vejamos sucintamente o que é um imposto.

Um imposto é a contribuição proporcional de cada cidadão para as despesas do Estado.

No antigo regime, quando o Estado era o soberano (rei ou não) o súbdito pagava segundo a vontade do soberano e a sociedade presumia que tudo era pertença do senhor. Aí, o imposto era a reposição do trabalho do servo exercido em terras e bens do senhor. O excedente, aquilo que o povo guardava, era para sua subsistência e era encarado como uma dádiva da generosidade do senhor.

Após a Revolução Francesa o papel do Estado transformou-se. O Estado passou a ser o detentor do poder que o povo delegava nele, tornando-se o responsável pela aplicação das leis e o administrador encarregado de pagar pela manutenção do bem-estar da comunidade. O imposto, passou a ser a contribuição a pagar pela Liberdade e pelos serviços prestados pelo Estado ou, segundo Proudhome: “Todo o imposto é uma troca.”

O Estado restitui em serviços à comunidade tudo o que da comunidade recebe em impostos.

Apesar da contribuição ser proporcional aos rendimentos de cada um, a prestação dos serviços, num Estado Social não o é. Assim, aqueles que mais podem contribuir devem fazê-lo embora no entanto tenham direito apenas ao mesmo que os que podem contribuir em menor quantidade.

O que é que isto tem que ver com a diminuição do IVA decretada ontem pelo primeiro-ministro? Tem tudo!

Ao anunciar esta “benesse” mais parecia estar a conceder aos portugueses um favor especial em vez daquilo que eles conquistaram de pleno direito ao pagarem mais impostos e ao obterem em troca menos serviços e de pior qualidade que anteriormente.

O Estado não emagreceu, não gasta menos consigo próprio, não se racionalizou, não se tornou mais funcional nem mais efectivo no seu funcionamento. Por outro lado, a saúde piorou, o ensinou, denegriu-se e deteriorou-se, a qualidade de vida piorou e os cidadãos vivem pior embora paguem mais.

“Quando os povos não gozam das vantagens que o imposto deve proporcionar-lhes. Quando o sacrifício a que se submetem não é contrabalançado por vantagens supervenientes, dá-se a iniquidade. Se a importância do tributo lhes não ministra beneficio que tenha o valor do tributo, comete-se UM ROUBO!”

J.B. Say

quarta-feira, março 26, 2008

Coisas da meia noite!













-Hoje em dia parece que ninguém serve para nada.
-Pedem-nos que sejamos mais sensíveis, menos individualistas, mais compreensivos, menos oportunistas, mais competitivos, menos fechados, mais sentimentais, menos machistas, mais liberais, menos conservadores, mais naturais, menos exigentes, mais colaborantes, menos independentes, mais sinceros, menos emotivos, mais práticos, menos lamechas, mais companheiros, menos “frios”, mais “cool”, mais interessados, menos demonstrativos.
-Pedem-nos enfim, em todas as alturas, lugares, situações, ocasiões e relações que mudemos, que melhoremos, que alteremos aquilo que somos. Que digamos toda a verdade ou que omitamos a verdade que choca e ofende. Que sejamos humanamente honestos e politicamente correctos. Simultaneamente mais poéticos e mais terra-a-terra.
-

- Por mim, já não mudo mais! Mudar, seria desistir de mim; quando já desisti de vícios, hábitos, atitudes factos e pensamentos. Desisti de opiniões, de carreiras, amizades falsas mas oportunas em nome da honestidade que sempre me prejudicou mas de que não desisto; ou de uma certa forma de honestidade de que também não desisto. Desisti de verdades por covardia e conforto. Desisti de agradar, de contrariar mas não desisti de provocar nem desistirei.
- O resto, são desabafos como este: inconsequentes, desabridos, incompreensíveis e como este sem qualquer razão aparente.

“Os seres humanos castigam-se de tal modo bem uns aos outros que Deus (se entendido como Deus que pune e castiga) poderia reformar-se e gozar o prazer de não ter que nos ouvir a pedir o perdão que já nos concedeu mas que tememos não ter ainda daqueles que mais amamos! E que talvez não mereçamos nunca!”

Yur Adelev



Apeteceu-me é TUDO!

segunda-feira, março 24, 2008

Casamento e Fisco






















CASAMENTO DE FISCO



-A notícia de hoje (salvo algo ainda mais ridículo) é que a Direcção Geral de Contribuições e Impostos (DGCI) está a enviar aos recém-casados inquéritos nos quais eles, ao abrigo da obrigação de informação, devem prestar esclarecimentos acerca da celebração da boda. -Aparentemente, no distrito de Viseu, os nubentes (vulgo: noivos) são ameaçados com o pagamento de uma elevada quantia caso não respondam ao tal inquérito que a determinado passo entra mesmo na esfera da reserva pessoal dos inquiridos ao perguntar: "quem ofereceu o vestido de noiva" e quanto terá este custado. Pode tratar-se de “excesso de zelo” como já afirmou o Secretario de Estado da Área em causa mas não deixa de ser ridículo, imbecil e disparatado por parte do ou dos responsáveis. Mas não é só. Noutra das questões é perguntado além de onde, por quanto e quando foi realizado o “copo-de-água” se na ocasião, no mesmo local, decorria outro e de quem. Isto mais não é do que promover o “queixismo”, a delação e a arte de “bufar”.

-Urge então perguntar o que fazem os senhores da Inspecção-geral de Impostos. Verificam, investigam, inspeccionam? Não! Sentam os seus redondos traseiros nas suas cadeiras de gabinete, a ler os inquéritos na esperança de que existam recém-casados que façam o trabalho que é deles.

-Ignoro quem foi o responsável por mais esta disparatada atitude, mas há-de com certeza existir um responsável, que como sempre, passará despercebido e incólume ás consequências dos seus actos, cometidos na esperança de agradar superiormente ou quem sabe cometidos por ordem de um superior.

- Já que não há bom-senso que exista pelo menos algum juízo e decência por parte de quem nos devia governar.

quinta-feira, março 20, 2008

segunda-feira, março 17, 2008

Raças de cães perigosos














-O tipo de medidas como a apontada pelo actual ministro da agricultura, tende a irritar-me profundamente.

-A actual legislação em vigor é suficiente sem ser radical ou desumana, apenas bastaria para que resultasse que fosse cumprida e não o é! Diariamente, assistimos a transacções de animais desprovidos de qualquer registo ou licença em locais públicos e em casas que não são fiscalizadas. Todos os dias nos cruzamos com cães que sendo legalmente obrigados a usar açaime o não usam; que são passeados (quando muito) à trela por crianças (ou pouco mais) que não demonstram qualquer capacidade de os controlar numa hipotética situação limite como por exemplo um caso de pânico do animal.

-Tudo isto se passa “às claras”, muitas vezes sob o olhar da PSP ou GNR que passam a pé ou de carro sem nunca intervir para solicitar a documentação e/ou aplicar as coimas e penas previstas. São estas autoridades, as mesmíssimas que se chamadas a um local onde um cão de “raça perigosa” se encontra sem dono ou em plena liberdade, não comparecem atempadamente ou não comparecem sequer e a culpa não é sua mas de quem os dirige.

NÃO existem raças perigosas de cães!

-Aquilo que existe são donos incompetentes, maldosos e ignorantes por um lado e por outro, total ausência de fiscalização e inoperância por parte das autoridades que voluntariamente ignoram a existência da lei vigente.

-Castrar cães cujos donos são incapazes, incompetentes, desleixados e ignorantes de tudo o que significa “possuir” um cão, não é a melhor solução e não chega sequer a ser solução. Possuir um qualquer animal significa antes de mais afecto e conhecimento. Um qualquer dono deve possuir todo o conhecimento necessário acerca da raça do seu animal, das suas características físicas e comportamentais, das suas necessidades específicas e deve aprender a lidar com elas e com o animal propriamente dito.

-Os cães, são actualmente o produto de uma evolução demorada e apurada. Foram sendo seleccionados ao longo de milénios pelas suas aptidões especiais para esta ou aquela função de auxílio ao homem e criados com esse preciso objectivo. Tal como não passaria pela cabeça do mais idiota dos seres humanos possuir um cão para lavrar a terra ou um boi para guardar a casa também os canídeos devem ser usados para aquilo que são as suas aptidões naturais: guarda, companhia e trabalho. Isto não significa que não se trate de um animal extremamente adaptável mas nesse caso é, não apenas necessário mas exigível, que se entenda que se trata de uma adaptação e não de um facto ou função natural.

-Se para ser “dono” de um cão de companhia, grande parte dos seres humanos se encontra preparada, já para um cão de trabalho ou de guarda não se passa o mesmo. Ainda assim, no caso dos cães de companhia ou de luxo, conheço casos em que é o animal o verdadeiro dono casa, muitas vezes tiranizando os donos à sua vontade e chegando ao ponto de morder as visitas e até mesmo os donos, o que constitui um comportamento intolerável mas totalmente imputável aos “familiares” e não ao próprio cão.

-Os cães, ao contrário do que se tende a pensar, são animais de extrema sensibilidade psíquica e com enorme necessidade de afecto; são extremamente gregários e excelentes respeitadores das regras do seu grupo social. A questão que se coloca é que não as adquirem por si só, estas devem ser-lhes ensinadas e inculcado o respeito por elas. Se os observarmos em liberdade, é fácil constatar que isso acontece desde muito cedo por parte das mães e dos líderes da matilha ou alcateia.

Algumas regras de ouro para o possuidor de um qualquer cão :

“Quanto maior o animal, maior é a sua necessidade de espaço aberto e de exercício físico”.

“Nenhum cão nasce ensinado a respeitar membros exteriores ao seu grupo social. A sociabilização É ESSENCIAL!”

“A disciplina e o ensino obtêm-se com paciência e recompensa. Jamais com castigos!”

“Escolha o cão adequado ao espaço de que dispõe, à sua própria personalidade, à função que pretende que ele desempenhe e à sua disponibilidade!”

“Um cão como qualquer animal, NÃO É um brinquedo. Não deve ser exclusivamente educado por uma criança!”

“Um cão pode ser “o melhor amigo do homem” mas pode tornar-se um perigo e isto apenas acontece por culpa do próprio homem: por insensatez, desconhecimento, maldade ou incúria!”

“Se não sabe educar um cão não o tenha! É melhor para si, para o animal e para todos nós. Compre um pelhuche!”

segunda-feira, março 10, 2008

Portugal Sempre em Festa













-Vivemos em constante ambiente festivo. Esta é uma das manias, tiques e modernices mais idiotas que me são dadas a observar. Todas as semanas, assistimos a celebrações de dias mundiais, europeus e nacionais; Existe um dia para cada causa, para cada tema, para cada ideal, para cada organização, cada profissão, sexo, arte, actividade, meio de transporte, grau de parentesco, animal, vegetal ou fenómeno meteorológico. Celebram-se aniversários de carreira, de nascimento, de estreias e de falecimentos. Celebra-se hoje o aniversário do nascimento de um poeta, amanhã o da publicação sua primeira obra, depois o da atribuição de um prémio ao poeta, na semana seguinte o da sua maior publicação e um mês após o primeiro, celebra-se o aniversário do seu falecimento.

-Existem galas, shows, exposições, espectáculos comemorativos, conferências, inaugurações, casas museu, fundações, sessões solenes, transladações, evocações, estátuas, bustos, placas e primeiras e únicas pedras.

-Exultam-se carreiras de cantadores de fado, de “cançoneteiros”, de “pintadores”, fazedores de fitas, “futeboleiros”, escrevedores de jornais ou livrécos. Todos apresentados como sendo “sem pecado”, todos personalidades exemplares apenas dotados de virtudes. Todos beneméritos e impolutos. Todos, exemplos de cultura e humanismo, de portugalidade vigente e dominante. Todos pouco (muito pouco) mais do que apenas servidores do próprio Ego, da sua carteira e dos seus próprios amigos e comparsas no “crime”. Quando ainda vivos, são exultados em debates e entrevistas onde se pronunciam sem razão aparente nem conhecimento suficiente. Falam, opinam, contestam e criticam temas que nem sequer conhecem e muito menos ainda dominam mas pronunciam-se e opinam.

-Também se celebram monumentos (alguns absolutamente “monos” e nada monumentais). Celebram-se 5 anos de um programa televisivo idiota, dez anos de dissolução de um grupo de rock (e os 11 com a sua “reunião”). Celebra-se a milésima edição de um programa de opinião, os 8000 visitantes de um blog, catorze anos de um canal, cinco anos de uma empresa, quatro meses de uma relação e cinco meses de vida.

domingo, março 09, 2008

Santos Silva










-O governo anda nervoso. Os ministros andam nervosos.
-Se por um lado já nos habituámos aos disparates do ministro da Economia, às patranhas do ministro das Finanças, à agressividade do ministro da Agricultura, à precipitação do ministro dos Negócios Estrangeiros, ao incoerente “francês” do ministro das Obras Públicas; Eis agora a má têmpera do ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva. O homem zangou-se, aborreceu-se seriamente e apontou o dedo aos manifestantes que lhe chamavam “mentiroso e fascista”. Chamou-lhes primeiro comunistas e devolveu-lhes o epíteto de fascistas que “ele” sim… é que era um combatente pela liberdade.

-À parte da óbvia e preocupante contradição das suas palavras, surpreendeu-me o facto de que não se tivesse ofendido mais por lhe terem chamado mentiroso do que o que se ofendeu com o apelidar de fascista. Fiquei convicto de existe, pelo menos um ministro neste governo, que tem profunda consciência daquilo que é ele próprio e do que é o governo no seu todo.

-Ainda pensei que iria vê-lo ontem, de dedo em riste, ar contristado e ofendido a apontar aos cem mil professores (*) que se manifestaram em Lisboa, o facto de serem todos eles Comuno-fascistas ou Fachólo-comunistas.

(*) Disseram-me hoje, que mil professores de Aveiro e outros tantos de Viana do Castelo foram aparentemente impedidos, por quilo que parece ter sido um “excesso de zelo policial”, de prosseguirem a viagem até Lisboa e que não terão sido casos únicos.

quinta-feira, março 06, 2008

DISPARATES PÚBLICOS

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- “Ele” está aí desde o princípio do mundo. Talvez até seja mais velho do que a mais velha profissão do mundo. Tem sido acarinhado pelos maus políticos, pelos burocratas de carreira, pelos barbeiros, donos de tascos e cafés de aldeia, por alguns blogs e por alguns jornais, rádios e programas de televisão.
-Falo, é fácil de ver, do “disparate público”. Com certeza que já na pré-historia existia e que era aquele que teimava que o fogo e a roda não passavam de disparates inúteis.

-Regra geral distingue-se de todos os outros, por ser aquele que tem sempre uma opinião acerca de tudo: “Eu bem avisei César, que o Coliseu devia ter sido construído na outra ponta de Roma. Agora vou ser comido por leões constipados.”

-O “disparate público” acredita em tudo o que é disparatado e não coloca qualquer objecção a repetir uma asneira que tenha ouvido, mesmo que não faça ideia do que está a falar: “Olha este!? A terra é que o centro, toda a gente sabe isso. O Galileu é mas é maluco!”.

-Outra característica sua é o facto de ser invejoso até à saciedade da estupidez: “Mozart? Ora essa… um garotelho que apenas faz ruídos com os instrumentos. A música antigamente é que era boa!”

-Como aconteceu com muitas coisas boas também o “disparate público” foi afectado e transformado pelas novas tecnologias. Actualmente, não é necessário deslocar-se de taberna em taberna ou de casa em casa das comadres, para espalhar a sua sanha virulenta. Existem mil e um programas em que o mais básico e simplório dos “disparates públicos”, pode ser transmitido e ampliado sob a capa de “opinião”. Mil escrevinhadores de colunas assinadas que não sabendo nada acerca daquilo que escrevem, ainda assim o fazem sem que se distingam das “cartas dos leitores” excepto pelo facto de serem bem pagos.

-Quem não ouviu já afirmações como as que se seguem?


- Os professores só trabalham cinco horas por dia, ganham uma fortuna, têm dois meses e meio de férias e não querem ser avaliados!

- Os funcionários públicos, não fazem nada, ganham bem, têm emprego certo e baixa quando querem.

- Os juízes têm dois meses de férias e só trabalham quando querem. É só vê-los a adiar os julgamentos. Uma balda.

- Os portugueses não querem é trabalhar; Os emigrantes são todos mafiosos; Os políticos são todos corruptos; Os sindicalistas são todos comunistas; Os taxistas, todos uns …

Dedicado com todo o respeito e carinho a quem defende a voz do dono “actual dono” pelo menos.

Vital Moreira - Terça-feira no “PÚBLICO”

José Miguel Júdice – Afirmações algures num canal noticioso da televisão por cabo.

segunda-feira, março 03, 2008

Manuel Pinho - Sapatos Italianos























Podia acrescentar um comentário mas para quê?