terça-feira, fevereiro 19, 2008

Entrevista de José Sócrates (2000-02-18)











-Na entrevista de ontem, José Sócrates esteve como de costume, igual a si próprio.
-Impávido, sereno, usando toda a sua experiência televisiva para paulatinamente ir fugindo às questões que o incomodavam visivelmente; Lá foi prosseguindo, numa entrevista que me pareceu vaga e suave e na qual nada se esclareceu acerca de coisa alguma.

-Ensaiou dois ou três números de ilusionismo com as estatísticas do emprego e desemprego mas não foi especialmente feliz.

-Defendeu a sua “dama” acerca da Educação mas não me pareceu ele próprio convencido e viu-se na necessidade de afirmar, três ou quatro vezes, que não queria ser como todos os anteriores primeiros-ministros que nada fizeram acerca da avaliação de professores. Foi este, aliás, o argumento com que pretendendo demonstrar firmeza, mais não fez que recordar-me António Guterres, ao afirmar mil vezes seu apego ao “diálogo” transformado agora em “firmeza”.

-Com os argumentos habituais de optimismo e auto-valorização da acção governativa, J. Sócrates, de novo demonstrou ser “absolutamente cego” às realidades nacionais, “totalmente surdo” ás necessidades e aos anseios dos portugueses e efectivamente ausente da vida dos que o elegeram e dos outros que também lhe escutaram as promessas.

-A entrevista ficou marcada por ter apenas abordado quatro grandes áreas da política governativa e pelo tempo, a meu ver, demasiado limitado. Estes dois factores, a que se juntou a quase total ausência de “contraditório” por parte dos entrevistadores, tornou o que se pretenderia que fosse um momento de jornalismo político em apenas um “tempo de antena” do governo que facilmente se substituiria por uma das antigas “Conversas em família” dos idos do marcelismo.

-Foi uma má prestação de um sofrível primeiro-ministro que lidera um péssimo gabinete.

4 comentários:

aquelabruxa disse...

à forca!

A Professorinha disse...

Ai que esse homem me dá voltas ao estômago... Ele é tão inculto... ignorante... que até dói...

Eu já não o consigo ouvir... nem ver...

Fica bem

H. Sousa disse...

Foi no truque do desemprego que eu os apanhei na mais descarada mentira de sempre. Os entrevistadores engoliram.

r disse...

Sócrates?
É o padrinho do Fábio (do «post» acima)?