IRRITAÇÃO, NEURA, IRA, RAIVA E OUTROS COMO TAL

Expressões que me "encanitam"!

“Vale o que vale!”

“Pode ser assim e pode não ser!”

“Das duas, uma...”

“Sim e não!”

-Sempre que alguém, seja em que contexto for, usa esta expressão fico “encanitado” de todo. Por um lado, parece que poderá existir uma terceira possibilidade qualquer que só o “iluminado” conhece e que na realidade não existe; Por outro lado, o “sagaz,” acaba de descobrir a pólvora de La Palice, indicando-nos as duas únicas possibilidades do universo… e nós que não sabíamos!?

-Quem usa este estilo discursivo parece eximir-se a ter opinião, tentando agradar a Gregos e a Troianos e tentando mostrar-se um indivíduo/a de “ideias abertas”. Recordam-me aqueles alunos que apenas são capazes de debitar os maiores disparates desconchavados e que no entanto, passam a vida de braço no ar a opinar errada e erraticamente para irritação de todos os presentes.

“Só eu sei o que passei”

-Regra geral, isto significa que eu também vou passar a saber, por que me vai ser contado e eu não o pedi, nem desejo saber nada acerca de coisa alguma que se prenda com tal assunto.

“Desculpe lá mas…”

-Sempre que a esta frase se segue apenas o silêncio e o que a precedeu foi uma afirmação minha, o sangue ferve-me nas veias. Parecem aquelas meninas adolescentes em idade de armário, que dizem: “Desculpa lá mas és um parvalhão!”. Isto talvez se prenda com o hábito de tentar amenizar as notícias más: “Os resultados já chegaram e o senhor, desculpe lá, mas é um parvalhão!” Nunca seriam capazes de usar esta eloquência e como tal usam este “estribilho” como quem procura um martelo arredondado para desferir o golpe da sua “quadradice” imbecil. Sempre que penso que alguém é um idiota chapado, digo-lho cara-a-cara. Explicando-lhe, com o detalhe possível à sua limitada capacidade de entendimento, porque assim penso. Não me remeto ao silêncio depois da expressão “desculpe lá”, nem uso qualquer almofadinha para lhe amortecer o golpe no crânio oco.

“É a tua opinião!”

-Eis outra das “muletas” de que os amputados de ideias se socorrem com frequência. É claro que se acabei de exprimir o que penso, explicando-o, esta é a minha opinião!
-Sempre que digo que um filme, um livro, um autor ou um politico não valem a matéria da qual são feitos, junto de alguém de pensa de modo diferente e esse quadrúpede do intelecto tenta validar a sua opinião, lembrando-me que aquela é apenas a minha opinião, no mínimo, recordo-lhe que vale mais do que a sua, por ter sido justificada de modo inteligente.