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-Os casos sucedem-se a um ritmo quase diário. Mortes em corredores de hospitais. Falecimentos e partos em ambulâncias. Diagnósticos que confundem abortos com gravidezes. Casos de negligencia absurda e de descoordenação evidente e escandalosa entre serviços hospitalares e entre o INEM e os bombeiros. A desorientação é geral e o ministro permanece teimosamente surdo, cego e auto-desculpabilizador.
-Este é o mais grave descalabro do Sistema Nacional de Saúde desde há muitos anos e é o evidente resultado de uma política que teimosamente insiste em demolir aquilo que existia, sem antes criar as necessárias alternativas. A avassaladora onda de encerramentos de serviços (que podiam não funcionar idealmente mas que funcionavam) prossegue e nada é criado em seu lugar. Ou melhor, as clínicas privadas proliferam sempre que um serviço é encerrado e não me admiraria nada, daqui a algum tempo, ver os actuais dirigentes da saúde como directores e proprietários delas.
-Os tempos de transporte em casos de emergência aumentam exponencialmente e consequentemente os casos trágicos sucedem-se. Enquanto isso, o senhor ministro, lá vai concluindo acordos pontuais com autarcas e distribuindo, como rebuçados a meninos, uma ambulância aqui, um helicóptero acolá e uma VMER mais ali adiante.
-Quem vai ficando com as culpas é o INEM e os Bombeiros, os médicos e os enfermeiros e sobretudo os doentes, que são os maiores culpados, já que na opinião do ministro não deveriam ficar doentes nem recorrer aos serviços de saúde, porque poupariam assim muito dinheiro ao Estado.
-A VERGONHA é geral, a descrença absoluta e as consequências serão imprevisíveis e deixarão cicatrizes profundas.
-A Saúde transformou-se num “BURACO”!
-Também por isto, este é sem dúvida alguma, o pior governo desde o do Marquês de Pombal
2 comentários:
acabei de ouvir a chamada no youtube, nada de novo, mas impressionante. mas sim, a culpa também é dos médicos (não neste caso específico), pois eles estudaram, deviam ter educação (as pessoas que não estudaram são ignorantes, não as culpo), mas os médicos muitas vezes são inadmissivelmente estúpidos, por prazer, ou sei lá porquê, assim como os enfermeiros, esses também estudaram, também deviam ser mais profissionais e humanos, e muitos não são - digo eu que poucas vezes vou a hospitais em lisboa, e só tenho más experiências neles, não por falta de meios dos hospitais, mas por falta de profissionalismo da equipa médica. tipo: chego com uma cólica renal a são franscisco xavier, atendem-me em 10 minutos, dizem-me que é provavelmente uma cólica renal, para ir urinar para uma análise, e para esperar na sala de espera. duas horas depois, a morrer de dores, voltei lá dentro e perguntei-lhes: vocês querem que eu fique quantas horas a morrer de dores na sala de espera? e a médica perguntou-me: mas não lhe deram a injecção? (e se eu lhe tivesse dado um estalo? teria ajudado?), depois a enfermeira queria dar-me a injecção (na nádega) na sala onde estava toda a gente (doentes, médicos, bombeiros), e eu disse-lhe: nem pense! e então ela lá me fez cara de quem me fez um grande favor e levou-me até ao local (livre e disponível!) onde havia uma cama e uma cortina. depois disseram-me para esperar na sala de espera para tirar uma ecografia - eram seis da manhã. "esperar quanto tempo?" perguntei. responderam-me: deve abrir lá para as 8 ou 10. lol
claro que por esta altura já só tratava mal qualquer funcionário, e perguntei-lhe se estava a gozar comigo, e para ir ver a que horas exactamente abria o local, para eu voltar a essa hora.mas há quem não se saiba defender, e isto é inadmissível. é simplesmente brutalidade.
lol, "são francisco xavier" não tem "são", pois não? o são josé é que tem. vê-se mesmo que não sou daí... :)
para além disso, o (meu) texto está todo muito mal escrito...
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