sexta-feira, outubro 19, 2007

TRATADO DE LISBOA










-Esta não é ainda a minha EUROPA, nem sei sequer se o será alguma vez.
-Esta Europa não é a Europa dos “pais fundadores da Comunidade Europeia como Jean Monnet, Spaak e Schumann. Não é a Europa Social, a Europa dos Direitos, a Europa da Cooperação franca e aberta entre todos os seus membros. A sua voz unida dificilmente profere algo de fundamental para a nova ordem mundial e das poucas vezes que conseguiu actuar politica e militarmente em conjunção de ideias e princípios, fê-lo tarde e com enormes custos de vidas humanas que poderia ter evitado.

-Esta Europa é a dos grandes lobby’s económicos, do economicíssimo brutal e (pasme-se) da Flexisegurança. Esta Europa, ao invés de preservar e desenvolver os valores comuns, respeitando a tradição cultural e identidade nacional de cada estado, estriba-se nas diferenças existentes entre os seus membros para obter a cada negociação, tratados ténues, em que o todo comunitário perde em função do ganho obtido por uma ou outra das suas partes. Trata-se muito mais da soma de “egoísmos nacionais” do que do somatório de vontades comuns e solidariedades inter pares.

-Na construção desta Europa têm existido recentemente três vectores fundamentais, que estranhamente coincidem com os da ideologia neo-liberal: desregulamentação, liberalização e privatização num claro afastamento dos valores humanistas que presidiram à sua fundação.









-Os factos mais importantes são apresentados a TODOS os cidadãos europeus como factos consumados; Foi assim com a construção do Mercado Único, com Maastricht, com as reformas da PAC, o Tratado de Amesterdão, com a Moeda Única, Agenda 2000, com o alargamento a Leste e sê-lo-á também com o Tratado de Lisboa.

-Em Portugal a situação é idêntica, infelizmente apenas nesse aspecto, à da restante Europa. O debate esclarecedor é nulo, as informações emanadas do governo são escassas e sempre afirmadas como argumento político para consumo interno e auto-vangloriação.

-Portugal, é agora um mau aluno da comunidade Europeia, pois não aprende mais, que não seja fazer economia à custa dos cidadãos só para agradar ao seu mestre-escola comunitário e ainda assim, sem resultados visíveis ao nível da aproximação à média comunitária

-Gostava francamente de saber, o que é feito agora daqueles que em tempos, pouco distantes, zurziam o facto de Portugal ser um “bom aluno da Europa”?
-Onde estão os “comentadeiros”, os “economeiros”, os “especialeiros”, os “analizadores”, os “jornaleiros” de então?

Que é feito das suas opiniões agora?

Que palha comem e em qual estão agora deitados?

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