Este é, desde que o conheço, um local de excepção para mim.
Gosto da arquitectura, da luz, das formas e das sombras que a luz e as formas compõem.Gosto dele sobretudo nas manhãs dos domingos alternados em que lá vou, para tomar o meu café “cheio”, em chávena fria, com adoçante e pau de canela. Gosto dele para ler o jornal ou um livro ao acaso, para escrevinhar num caderno e gosto dele para pensar no centro do moderado ruído de fundo. Talvez por isso mesmo, o tenha evitado ultimamente; recordações, saudades… Tudo ali, naquele silêncio bulícioso, me assalta o pensamento numa desordem mais anárquica ainda do que o costume.
Tenho uma mesa favorita a que hoje não me sentei para fumar devagar o primeiro cigarro do dia. Tenho o sol por cima da minha mesa e ocasionalmente, um pombo ou um pardal em que poise os olhos para me perder dos pensamentos. Tenho gente em volta e a minha música nos ouvidos. Nunca tenho pressa, apenas saudade.
2 comentários:
que bela divagação ;)
uma boa variação dos teus textos mais políticos.
parece de facto abstante aprazível. estou a combinar um jantar de bloggers, dia 10 de Novembro em Lisboa. deixo-te o meu convite. :)
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