Aparentemente e erradamente ou não, cheguei à conclusão de que existem imbecis por todo o lado. E isto não é sequer nem apenas um fenómeno nacional. Estou convencido de que existem por esse mundo fora, variando apenas o seu grau e numero na inversa proporção do grau de civilidade que cada sociedade possui. Penso mesmo que não existirá ninguém que de um ou outro modo não tenha já sido confrontado com um destes imbecis. Existem em todas as formas, feitios e cores: altos, baixos, magros, gordos, atléticos, saudáveis, doentes, com e sem barba, com e sem cabelo. Mas uma característica comum parece uni-los a todos: a enorme dificuldade que todos apresentam em ter um comportamento em que não pareçam querer demonstrar que se acham superiores ao comum dos membros da sociedade em que (não) se integram. Seja pela fortuna pessoal que possuem, pelo cargo que desempenham, pela influência que exercem sobre outros imbecis ou apenas talvez por hábito, todos eles se consideram superiores a todos, excepto a um ou outro deles que por obra do acaso e de muita imbecilidade cometida ou dita se elevaram à condição de imbecil chefe. Também os há com características específicas e com sub-especialidades: autoritários, incompetentes, mentirosos, cravas, oportunistas e uma gama completíssima de outras tipologias que muitos conseguem combinar e dominar simultaneamente, cientes de que quanto mais completos forem, mais e melhor crédito poderão obter junto de outros como eles, como é o caso dos imbecis superiores.
Muitos poderão ter-se tornado imbecis por nascimento ou para seguir as pisadas de pais e avós que já o eram, outros sem tradição familiar, possuíam uma vontade férrea e determinada em o serem e conseguiram sem grande esforço, embora se gabem constantemente de o ter tido, chegar à sua actual condição. Mas existem outros e estes são talvez ou piores de todos, os mais vorazes e agressivos de toda a espécie dos imbecis: os imbecis voluntários. Normalmente não foram assim toda a vida e pior ainda tem consciência que são imbecis e que se realmente quiserem podem passar despercebidos entre o resto da humanidade. Regra geral tornaram-se como são por opção pensada, para não serem eles próprios vitimas dos outros imbecis, uma espécie de processo de osmose da imbecilidade. Chamo a vossa atenção para o perigo que constitui para qualquer pessoa, que não pertença à referida espécie, o encontrar-se com frequência na companhia deles, podem ser contagiantes caso não sejam tomados cuidados extremos de higiene, sobretudo mental. Por isso já sabe se tiver um no seu local de trabalho, se for professor, aluno, médico ou doente de um; Se for um o seu contabilista, empregado, patrão, ou se pior ainda tiver um na sua família….contacte-o o menos que lhe for possível. Se ele insistir em lhe falar, não lhe responda ou faça-o apenas por grunhidos ou monossílabos. Se tentar convidá-lo/a para jantar ou apenas para um copo, recuse com firmeza; Não assine nada que ele lhe peça para assinar, não leia os mesmos livros, nem leia nada que ele diga que deve ser lido, não veja os mesmos filmes, mas sobretudo não oiça as mesmas músicas nem fale com as mesmas pessoas. Mas pior, é se for colega de trabalho ou cônjuge de um ou uma…mude de emprego e divorcie-se; No entanto, convém que ao fazê-lo, esteja plenamente consciente de que não existe qualquer garantia de não lhe volte a suceder o mesmo. Porque como comecei por dizer, o mundo está cheio de imbecis. E alguns têm blogs.
Rui
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