-Ouvi a tomada de posse do novo executivo da Câmara Municipal de Lisboa.
-Não que me interesse de sobremaneira o destino daqueles que nele votaram ou o dos que deixaram que outros decidissem por si. Mas enfim, trata-se de Lisboa que é a capital do país, macrocéfala mas capital, macrocéfala mas uma belíssima cidade.
-Quanto aos discursos nada de novo. As saudações do costume, os avisos por parte da Assembleia Municipal, a declaração de boas intenções por parte do presidente empossado. Nada de novo, nada inesperado. No entanto, não pude deixar de sorrir ao ouvir da boca de António Costa, saudações efusivas e enaltecedoras ao executivo cessante. Não parecia o mesmo Costa da campanha eleitoral mas depois voltou a si e lá foi prometendo trabalho e mais trabalho, medidas e mais medidas. Aí sim, pensei eu com o meu fecho eclair, este é o António Costa do costume; O “velho” Costa que ao lado, à frente e a trás de J. Sócrates, prometeu na campanha para as legislativas, O “habitual” Costa que prometeu enquanto ministro e que viu arder o país e não hesitou em se por ao fresco antes que outra vaga de fogos que o chamuscasse.
-Não há dúvida de que o homem promete, promete, promete…
-Surpresa, que nem o chega a ser aliás, foi o entendimento e consequente atribuição do pelouro do ambiente a José (Zé) Sá Fernandes. O homem é decididamente um ponto, mas não dá ponto sem nó. Ele, que tantos engulhos engendrou, que tantas vezes levantou o indicador ufano, oportunista e suado para disparar acusações que se provaram erradas e falsas; Ele ainda que ficou conhecido como o “Providencia cautelar man”, aparece agora dentro do executivo emplourado no ambiente camarário lisboeta.
-Confesso que já vi rolhas de maior tamanho e maior escândalo, mas esta serve à medida da boca de J. S. Fernandes na perfeição e se o fizer calar-se, ainda que temporariamente, felicito o novo Edil lisboeta. Felicito-o mas não lhe prevejo nem competência desinteressada, nem um bom AMBIENTE nesse saco de gatos que a sua hipocrisia e a do seu e de outros partidos acabaram por gerar na autarquia.
-Lisboetas, tenho receio por vós!
-Mas que o homem promete, lá isso promete. Ainda e sempre!
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