quinta-feira, julho 19, 2007

José Saramago " O Unionista Ibérico"

















José Saramago


-O romancista, poeta, dramaturgo, autodidacta José Saramago (Premio Nobel da Literatura em 1998), ribatejano, ateu, recém-casado e comunista tem como opinião que Portugal deveria tornar-se uma província de Espanha.

-Até aqui nada de especial, na realidade J. Saramago tem todo o direito a ter as suas opiniões por muito estranhas ou senis que possam parecer. O senhor (a quem muito admiro a escrita) nem sequer é surpreendente ou original. Já antes dele muitos outros idiotas que nem premiados foram jamais, tiveram destas opiniões, lembro por exemplo o Conde Andeiro. Original seria, caso exprimisse o desejo de que nos tornássemos província do Zaire, da Colômbia, ou do Vietname, mas Espanha… ?
-A este respeito recordo outras barbaridades proferidas pela eminência parda dos pseudo cultos nacionais que tendem e teimam em confundir a obra literária do homem com o próprio homem, sendo que uma e outro são coisas de valor bem diferente. Muitas têm sido as entrevistas de Saramago que tenho considerado excelentes. No entanto, outras tantas muitas, foram as que eu preferiria que ele tivesse mantido em si o mínimo bom senso. O homem é brilhante quando discorre acerca da sua vida, de sentimentos e de ficções mas sempre que lhe “foge o pé p’rá chinela” espalha-se ao comprido.
-Saramago, não é aliás o único que quando se presta a sair fora da sua área de conhecimentos atropela elefantinamente o bom senso. Pedro Abrunhosa, Mário Soares, Almeida Santos e um incontável número de “famosos”, deveriam respeita-nos o silêncio muitas vezes.

-Por outro lado haveria que perguntar aos nossos vizinhos ibéricos se estariam interessados em nos ter como seus patrícios. A resposta, parece-me bem que seria negativa, se nos podem colonizar economicamente para que quereriam dividir o que quer que fosse connosco?

-Gosto de nuestros irmanos tanto como gosto de qualquer outro povo, admiro-lhes a cultura, a historia e admiro-os a eles enquanto povo, mas não os invejo ou pretendo ser como eles são, nem desejo que sejam eles outra coisa que não espanhóis. Para além disto recomendo vivamente a José Saramago (romancista, poeta, dramaturgo, autodidacta, ribatejano, ateu, recém-casado, comunista, Premio Nobel, Iberista e homem) que se recorde do dito popular: “Quem te manda ti sapateiro tocar tão mal rabecão”.

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