-Como foi possível não ter pensado nisto antes?
-Como é que ainda ninguém reparou em algo tão óbvio, tão evidente, tão claro?
-José Sócrates é que tem razão. O governo está 110% correcto. O ministro da Saúde está coberto de razão. A ministra da Educação afinal estava certíssima e o ministro das Finanças afoga-se em razoabilidade. Até o ministro Manuel Pinho tinha razão, apenas que no caso dele ele não sabe o que isso é.
-Claro que já não existe crise alguma, nem informação manipulada; Não houve incêndios de verão, nem cunhas, nem tachos chorudos, nem declarações imbecis. Não houve politicas erradas, reformas mal planeadas e destruidoras do ensino ou da saúde. Os salários afinal não são os mais baixos, na China é pior. Não existiram erros ridículos de indultos natalícios. Não houve manipulação de números nos cálculos orçamentais e até o secretário de Estado da energia tinha toda a razão ao atribuir a culpa aos portugueses.
-Foi aliás ele, quem me abriu os olhos, foi ele quem despertou em mim esta súbita “luz de entendimento”.
-A verdade é afinal linear e simples de entender. Se os juízes não servem, se os professores não servem, se os funcionários públicos não servem, se os jovens médicos não servem; Os bombeiros, os farmacêuticos, os consumidores de electricidade, os reformados e pensionistas, os agricultores, os pescadores, a PSP e a GNR, os oficiais e sargentos da marinha, exercito e força aérea, os bombeiros e nem os operários das empresas que encerram semanalmente servem ao país. Se nem sequer servem as maternidades, os atendimentos de urgência, os autarcas e governos regionais, as escolas das aldeias do interior ou esquadras então a resposta é simples: mude-se o povo! Mude-se este povo aborrecido e “protestante” que sai para a rua a armar arruaças apenas por tudo e por nada. Porque em ultima análise, não é com certeza para o povo que este governo governa. Será quando muito pelo povo, mas não para ele. Por isso, para que ter que o suportar?
-Mude-se o povo, exporte-se para a China, ou melhor ainda, para a Finlândia para que aprendam a ser POVO; Sim, porque nem chineses nem finlandeses, têm por habito sair à rua a cortar o trânsito e a chamar mentiroso ao primeiro-ministro.
-Por outro lado, importemos eslavos e magrebinos que esses não exigem condições de trabalho, nem direitos que qualquer espécie e "contentam-se" apenas com salários magros e empregos instáveis por absoluta necessidade.
-Este povo de “bravos costumes”, afinal não passa de uma cambada, incapaz de entender os altos desígnios da governação, apenas por estar ocupado a tentar sobreviver. Este povo se não se presta ao governo, mude-se. Mude-se, mas que deixe o governo que esse sim sabe o que faz por si!
3 comentários:
Sai muito mais barato do que a polícia política, a censura e as torturas e linchamentos... Além disso, proibir pode chamar a atenção... É a perfídia total em termos de sistema :(
Grande grande uso dessa tão cara amiga chamada ironia! Muito bem!
Grande ideia!!! E porque não??? Eu não me importava de desaparecer deste país, e ir dar o meu contributo a outro qualquer mais bem-agradecido!
Mas uma coisa é certa, quem elege o Governo é o Povo e infelizmente esse têm memória curta!!! Ainda está para chegar o dia em que nas urnas vai ganhar o voto em branco e que "eles" vão perceber que estão a fazer alguma coisa de errado!
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