sábado, dezembro 10, 2005

Voar
















-Quando somos novos uma grande parte do tempo que temos é dispendido numa quase incessante busca de novas sensações, diversão e experiências. Admiramos a sensação que nos traz a queda no vazio, a velocidade e a vertigem da busca de felicidade.

-Depois crescemos, seja lá isso o que for, desenvolvemos medos e receios e já não nos lançamos nos ares de braços e coração aberto. Temos medo que ninguém nos ajude na queda e que não haja quem nos estenda os braços para nos ajudar a reerguer. Já não nos aproximamos da borda do abismo e receamos a proximidade de tudo o que não conhecemos, que nos assusta e que seja novo. Temos medo e recuamos, temos medo e não voamos, temos medo e paramos de crescer por dentro. Medo de partir uns ossos ou o coração e já não voamos.



“Ele levou-os à beira do abismo e então disse-lhes:

-Saltem!

Eles estremeceram, deram um passo a trás e não saltaram.

Ele então olhou-os nos olhos e repetiu:

-Saltem!!

Eles então voaram...”


Rui

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