quinta-feira, março 28, 2013

Parabéns do padrinho (7 vezes)



adaptado de algo retirado da net


























original


























 Confesso que no início não te achei nada de especial. Eras apenas um bebé avermelhado, com pouco cabelo e dormias a maior parte do tempo em que estava presente sem me dares a atenção que eu mereço. Eras apenas a primeira vez que aceitara ser padrinho de alguém ou de alguma coisa.

Depois o teu cabelo foi crescendo e tu também, tinhas a pele aveludada e cheiravas bem… quase sempre… mas as excepções nunca me assustaram e reaprendi a mudar fraldas.

Habituei-me ao teu sorriso e ao tempo que passava contigo. Habituei-me à tua tosse fingida para me chamares a atenção e à tua mão na minha entre o infantário e a tua casa.
Entendi que o desconforto, a dor e o sofrimento físico por que já passaste, e  que me fariam a mim desatinar, não te retiraram a fé nos que te rodeiam  nem o sorriso e que o Teu sorriso é o mais sincero de todos os sorrisos que conheci.

Aprendi que a tua gargalhada soa a chá quente e mel.
Aprendi a ler-te o afecto no olhar e a adivinhar-te as patifarias no sorriso.

Aprendi que quando não estás, o meu coração bate fora do meu peito

sexta-feira, março 08, 2013

Dia Internacional da Mulher - História de mulheres

























Uma lei irlandesa do ano 697 proíbe as mulheres de serem soldados — o que significa que, antes disso, as mulheres de facto foram soldados. Como exemplo de povos que, em diferentes momentos da história, tiveram mulheres soldados, podemos mencionar, entre outros, os árabes, os berberes, os curdos, os rajput, os chineses, os filipinos, os maoris, os papuas, os aborígenes australianos, os micronésios e os índios americanos.

  São abundantes as lendas de guerreiras temíveis na Grécia antiga. Essas histórias falam de mulheres treinadas desde a infância na arte da guerra, no manejo das armas e nas privações físicas. Viviam separadas dos homens e iam para a guerra com seus próprios regimentos. São abundantes nessas histórias passagens indicando que elas venciam os homens nos campos de batalha. Na literatura grega, as amazonas são mencionadas, por exemplo, na llíada de Homero, narrativa que data de aproximadamente sete séculos antes de Cristo.
  É também aos gregos que devemos o termo "amazonas". A palavra significa, literalmente, "sem peito". A explicação que costuma ser difundida é que elas praticariam a ablação do seio direito para melhor estenderem o arco. Embora dois dos mais importantes médicos gregos da história, Hipócrates e Galiano, concordem que tal operação de facto aumentava a capacidade de manejo das armas, não se sabe ao certo se ela era mesmo praticada. Oculta-se aí um ponto de interrogação linguístico — não é certo que o prefixo "a" de "amazona" signifique de fato "sem", e foi sugerido que significaria justamente o contrário — de que a amazona era uma mulher com seios particularmente volumosos. Não existe nenhum exemplo, em museu algum, de uma imagem, amuleto ou estátua representando uma mulher desprovida do seio direito, e, fosse a lenda verídica, esse deveria ter sido um tema frequente.

O historiador Diodoro da Sicília, do século I antes de Cristo (que alguns historiadores consideram uma fonte pouco confiável), conta sobre as amazonas da Líbia, que naquela época abrangia do Norte da África ao Oeste do Egito. Esse império de amazonas era uma ginecocracia, ou seja, somente às mulheres era permitido exercer funções oficiais, inclusive as militares. Reza a lenda que o país era governado por uma rainha, Myrina, que com trinta mil mulheres na infantaria e três mil cavaleiras atravessou o Egito, a Síria, até o mar Egeu, impondo uma série de derrotas a exércitos masculinos pelo caminho. Quando a rainha Myrina foi por fim vencida, o seu exército dispersou-se.
O exército de Myrina, porém, deixou marcas na região.
As mulheres da Anatólia pegaram em armas para debelar uma invasão do Cáucaso depois dos soldados (homens) terem sido aniquilados num imenso genocídio. Essas mulheres eram treinadas em todo tipo de armas, incluindo o arco, a espada, o machado de guerra e a lança. Copiaram dos gregos as cotas de malha de bronze e as armaduras.
Recusavam o casamento, que consideravam uma sujeição. Para fins de procriação, eram decretados feriados, durante os quais elas praticavam o coito com homens anónimos escolhidos ao acaso nas aldeias das redondezas. Só tinha o direito de abandonar a virgindade a mulher que houvesse matado um homem em combate.

Apesar da farta colectânea de lendas sobre as amazonas da Grécia antiga, América do Sul, África e outras regiões, só existe um exemplo histórico comprovado de mulheres guerreiras. Trata-se do exército feminino dos Fons, uma etnia do Daomé, na África ocidental, país hoje rebaptizado de Benim.
     Essas mulheres guerreiras nunca são mencionadas na história militar oficial, não foi rodado nenhum filme em que elas sejam as heroínas e actualmente elas só existem, quando muito, em notas históricas de rodapé. Uma única obra científica foi escrita sobre essas mulheres, Amazons of Black Sparta, do historiador Stanley B. Alpern (Hurst & Co Ltd, Londres, 1998). Era, contudo, um exército capaz de lutar, entre as várias forças que ameaçavam seu país, contra qualquer exército de elite de soldados homens da época.
Não se sabe quando o exército feminino dos Fons foi constituído, mas algumas fontes situam o fato no século XVII. Esse exército surgiu originalmente como uma guarda real, porém, foi crescendo até se tornar um efetivo militar de seis mil soldados com status quase divino. Sua função não era nem um pouco decorativa.
Durante mais de dois séculos, elas foram a unidade de elite dos Fons contra a invasão dos colonos europeus. Eram temidas pelo exército francês, vencido em diversas batalhas O exército feminino só foi derrotado em 1892, depois que a França mandou vir por navio o reforço de tropas melhor equipadas, com artilharia, soldados da Legião Estrangeira e um regimento de infantaria da Marinha e de Cavalaria.
Ignora-se quantas guerreiras caíram nessa batalha. As sobreviventes mantiveram uma guerrilha por vários anos, e até meados dos anos 1940 veteranas desse exército ainda estavam vivas, deixando-se entrevistar e fotografar.

quarta-feira, dezembro 19, 2012

NATAL 2012


















  O Natal é aquela época do ano em que as pesoas querem que os outros se esqueçam do seu passado e se lembrem dos seus presentes! 
  È um tempo em que as familias passam mais horas juntas, sobretudo dentro dos carros em parques de estacionamento de Centros Comerciais.

 Lembrem-se de que Natal houve apenas um!  

Tudo o resto é apenas uma comemoração de aniversário do primeiro Natal e de quem nele nasceu!



sexta-feira, novembro 09, 2012

quinta-feira, outubro 11, 2012

sexta-feira, setembro 21, 2012

Ponto de Situação da CRISE






 Se algo nos dias que atravessamos me preocupa é a semelhança “sociológico/histórica” dos acontecimentos de agora com os acontecimentos contemporâneos e antecedentes da “Crise do mapa cor-de-rosa”.

 O povo estava ignorante, bruto, indolente e à espera de se tornar efervescente e violento. Parecia aguardar o surgimento de uma causa externa (qualquer que ela fosse) que fizesse explodir a passividade e a incapacidade de participar naquilo que seria realmente importante participar.

 Tal como agora, o “povo” não era capaz de protestar porque sabia que nunca participara e que sempre esperara, falsamente esperançado, que alguém decidisse por si. Que alguém tomasse as rédeas do país para o poder criticar sem assumir responsabilidade alguma no que até ali acontecera. Sem assumir sequer a responsabilidade de participar votando ou sequer de opinar antes de sofrer as “terríveis dores de bolso” e não depois.

 Também agora acordámos violentamente de um sonho de grandeza improvável que nos sugeriram e com que nos enganámos nós, mais do que nos enganaram a nós.

 Se somos como povo culpados de alguma coisa, somo-lo de sermos… não mansos mas indolentes; de abusarmos do “não te rales” e de tentarmos usar a fraqueza dos que nos rodeiam pensando que somos fortes e “espertos” sem o sermos ou pensando que somos pelo menos mais fortes e mais “espertos” do que os que nos rodeiam.

 Historicamente, apenas recordamos as vitórias das batalhas vencidas e as chegadas dos navios ao destino. Esquecemos as derrotas que superam largamente as vitórias e os naufrágios que foram mais do que as descobertas.

 Falta-nos tanto de realismo como nos falta a vontade de justificar uma opinião. Adoramos o “lugar-comum” em vez do pensamento próprio; o “meu” e o “eu” em vez do objectivo comum; o facilitismo imediato (o desenrrascanço) em alternativa ao planeamento realista atempado. A reacção em vez da acção. O remediar em vez do prevenir.

Toda a GENTE tem acesso à informação mas isso não significa que tenhamos o conhecimento e a criatividade para poder ser competentes quando se expressam opiniões sob a forma de… não me surge nada mais ilustrativo do que a palavra “arroto”. Informação não é conhecimento e atitudes repentistas devem ficar nos estádios de futebol.

 Não meus amigos! Nós não descendemos dos marinheiros corajosos que entraram nas naus que descobriram o mundo e que por corajosamente foram procriando e morrendo!  Nós somos os descendentes dos merdosos que não tiveram coragem para o fazer.

sexta-feira, junho 15, 2012

sexta-feira, maio 25, 2012

quarta-feira, maio 23, 2012

Considerações acerca da Ressaca

ressaca gravis- in-provavel

 

  As bebedeiras de antigamente eram mais dignas do que as actuais.

  Quando se partia para elas havia a certeza de que o dia seguinte seria um dia de inferno invernoso, de caos, de peste, sede e guerra… sobretudo sede, muita sede.

  A ressaca era uma prova da existência de Deus e de que todo o prazer seria castigado. Uma borracheira das antigas era isso mesmo: uma borracheira das antigas.

  Hoje em dia há comprimidos e xaropes para a ressaca e as novas gerações não conhecem a verdadeira ressaca. Bebem como camelos que atravessaram um deserto e não sofrem consequências por isso. Apanham “pianchas” de caixão à cova e acordam novos em folha, prontos para outra.

  Claro que há uma crise de valores, se a ressaca já nada vale o que vale a “copofónica”?

  As “nássas” tinham razões e motivos honrosos. Ajudavam a esquecer ou serviam para recordar e eram grandiosas. Alegravam e entristeciam. As “nenas” eram inesquecíveis e memoráveis e as suas consequências também eram inesquecíveis. Hoje são inconsequentes e vulgares como os bêbados repetitivos e chatos.

  Sem o enjoo, a náusea, a terrível dor de cabeça, a azia, o desconforto de cada movimento e o sabor matinal a papel de jornal, um “grão-na-asa” perdeu a piada toda.

  Nunca fui um profissional das “chumbadas”, mas recordo bem as exaltações profundas e os belos sentimentos que provocavam; as declarações de amizade sincera e profunda, os desabafos sentidos e as sensibilidades à flor da pele. De cada vez que aconteciam, lá vinha a pancada matinal, o sol demasiado forte ainda que já fosse noite e se tivesse dormido o dia todo… mas sobretudo a promessa de que “NUNCA MAIS… nem uma gota”.

  Era uma espécie de luta entre o instinto de sobrevivência e o gin-tónico (mais gin do que tónico). Um conflito amigável entre dois inimigos figadais em que um deles era o meu fígado e o outro… era o vencedor.

  Ainda hoje quando vejo uma rodela de limão e uma garrafa de água tónica apetece-me gritar a plenos pulmões a palavra GIN e o cabelo na minha nuca eriça-se.

  Asprina, Guronsan, Alka-Seltzer, eram sinónimos de fraqueza de espírito; quase uma verdadeira traição ao espírito da coisa. Éramos habituados à sensação de morte eminente. Éramos estóicos apesar das falhas de memória. Éramos heróicos apesar de acordarmos vestidos e algumas vezes no chão do quarto.

Um brinde à ressaca!

Só mais um… Hips… p’ró caminho!

Post Sriptum: Há coisas na vida a que um Homem não foge: uma paixão bem vivida e…  Arre pôrra que ainda não bebi nada hoje.

quarta-feira, maio 16, 2012

quinta-feira, abril 19, 2012

A máscara do contra / V de victoria / Guy Fawkes

In-provavel  Guy Fawkes

Criada por David Lloyd que foi um dos autores de “V” (o filme de 1982 representa) Guy Fawkes um soldado inglês (Católico) condenado à morte e executado por traição em 1605 acusado de planear fazer explodir o Parlamento britânico durante um discurso do Rei protestante James I.

Este movimento ficou conhecido como “O golpe da Pólvora” e ainda hoje se comemora na data em que Guy Hawkes foi capturado: 5 de Novembro.

A máscara foi adoptada em 2008 pelo Movimento (hacker) Anonymous numa campanha que levou a cabo contra a Igreja da Ciêntologia nos Estados Unidos.

Em 2011 reapareceu com os manifestantes do Movimento Ocupye tem sido usada em manifestações de vária índole sobretudo anti-globalização e contra as grandes corporações multinacionais.

Em Portugal é usada a torto e a direito por gente que ignora tudo acerca do seu significado e daquele que representa. Sendo conhecida por vezes como “a máscara do contra”.

Sempre que alguém compra esta máscara está a contribuir para a Time Warner que detém os seus direitos comerciais.

Esta é a minha versão pessoal, personalizada e quase um auto-retrato meu.

Se quiserem, copiem-na à ganância, imprimam-na até se cansarem e usem-na até que se aborreçam mas saibam o que representa e quem foi o católico Guy Hawkes. Não sejam apenas idiotas mascarados de libertadores.

quinta-feira, abril 12, 2012

“O ARROTO” e as opiniões

  O “ARROTO” é mais do que apenas um som cavo que surge das entranhas humanas mais afastadas do cérebro.

O “ARROTO” não lê e não é informado porque não quer; ouve telejornais mas não entende o que ouve por não esforçar o neurónio solitário com mais do que telenovelas, futebol e revistas sopeiras.

O “ARROTO” não lê porque ler dá trabalho e diz que ler faz mal à vista se não for jornal desportivo (leia-se futebolístico).

O “ARROTO” tem olhos mas apenas olha, não vê! Tem ouvidos mas é surdo à razão, ao conhecimento, à lógica e ao pensamento mais básico.

O “ARROTO” tem boca… tem sobretudo boca, tem practicamente apenas boca. É por ela que lhe sai tudo aquilo a que teima em chamar opinião sem saber que as opiniões necessitam de algum pensamento prévio, reflexão (ainda que mínima) e alguma justificação lógica para não serem irracionais e idiotas e não fazerem idiota quem as emite.

O “ARROTO” não fala, arrota e incomoda com os barulhos que a sua bocarra faz. O seu raciocínio tem mau hálito e as suas ideias têm bolor… ou teriam se tivesse quer raciocínio quer ideias.

O “ARROTO” repete o que ouve sem pensar porque não sabe pensar e não quer aprender mas não porque não possa. Repete o que ouve e o que julga ter ouvido e de todas as vezes repete mal. Se não entende as palavras repete-as ainda assim, ou inventa e adultera o que julga ter ouvido a outros “arrotos” de quem é “amigo”!

  O “ARROTO” não faz perguntas faz afirmações e se pergunta é apenas para ter a certeza que tem razão.

O “ARROTO” não sabe nada de nada acerca de coisa alguma mas acha-se capaz de arrotar em qualquer ocasião sobre qualquer tema quer tenha quem o oiça quer não.

O “ARROTO” é inoportuno, boçal, estúpido como um portão de quinta* mas nunca é ausente o que seria a sua única qualidade.

O “Arroto” tem sempre razão e está em todo o lado apenas à espera que o deixem arrotar e aí… ai de quem tentar impedi-lo: a fúria do arroto é ruidosa, escandalosa, popularucha de “pé sem chinela” e mal criada.

Estes são alguns dos imensos arrotos que tenho coleccionado ao longo da minha vida e de que não consigo livrar-me por muito que tente e que deseje esquecer que existem e me aguardam lá fora nos taxis, metro e autocarros, nos passeios, nos programas com participação de ouvintes e por vezes (raramente) à mesma mesa de café em que me sento.

* Tenho o maior respeito e consideração por portões de quinta e no que diz respeito a compara-los com “Arrotos” estou em crer que prefiro um monólogo com um portão destes do que qualquer diálogo (se tal fosse possível) com um “Arroto”.

O ARROTO -BURRO

O ARROTO 0

O ARROTO -COITADA DA MÃE

O ARROTO -ANTI-FASCISTA

O ARROTO -BANCO DE PORTUGAL

O ARROTO -DEMOCRACIA

O ARROTO -CULPADOS

O ARROTO -DEMOCRATA

O ARROTO -DIREITOS

O ARROTO -ESPANHOIS

O ARROTO -FÉRIAS O ARROTO -FUNCIONÁRIOS PUBLICOS

O ARROTO -MANIFESTAÇÃO

O ARROTO -MULTA

O ARROTO -NÓS O POVO

O ARROTO -NÓS OS JOVENS...

O ARROTO -PENA DE MORTE

O ARROTO -PROFESSORES

O ARROTO -ROUBAR O ESTADO

O ARROTO -SALAZAR

O ARROTO -USA

O ARROTO -CULPADOS

terça-feira, março 27, 2012

sexta-feira, março 16, 2012

Portugal / Grécia / Europa (UE)

In-Provavel Portugal Grécia

 

Portugal não é a Grécia

De tanto ouvir que Portugal não é a Grécia comecei a pensar obstinadamente no assunto. Será mesmo que não é?

Temos ilhas, os gregos também tem ilhas.

Andámos, tal como os gregos, sempre “à porra e à massa” com os vizinhos mais chegádos.

As ementas deles são em inglês como as nossas.

Ninguém entende o que um português ou um grego diz num país estrangeiro, aliás… ninguém entende os gregos e nós… nem a nós nos entendemos.

Temos menos ruínas do que eles têm mas havemos de ter mais e eles hão-de ter menos, pelo actual rumo das coisas.

Ambos os povos tivemos a ilusão de ser europeus sem imaginarmos sequer o que isso era.

O clima é idêntico; a dieta mediterranica é semelhante; as manias históricas parecidas; somos todos tarados por futebol e por azeite consideramos o Estado como a mãe de todas as benesses e o pai de todos os males.

Mas acima de tudo, ambos tivémos um Socrates. Infelizmente o deles ficou na HISTORIA e o nosso arrastou-nos até esta tragédia de termos que nos definir como diferentes dos gregos…

sexta-feira, março 09, 2012

quinta-feira, março 08, 2012

Diário de um Distraído / Despassarado

 

memória

Introdução

Tenho vários enormes montes de papéis e livros para ler e arrumar que não faço ideia o que sejam. Já tentei organizá-los e consegui. O resultado… foram outros enormes montes de papéis e livros.

Recentemente comprei um livro de auto-ajuda “Organização de Papeis e Livros Para Idiotas”. Estou convencido que vou conseguir resolver o problema… logo que descubra em qual dos montes de está o livro.

ACTO I

-Estou… quem fala?

-(…)

-Como estás?

-(…)

-Claro que sim!

-(…)

-O que foi que perguntaste?

-(…)

-Sim! Claro que sim!!

-(…)

-Pois!

(…)

-Foi isso que eu respondi? De certeza?

-(…)

-Pois.. pois.

-(…)

-Espera… Quem é que fala?

… … …

ACTO II

Sempre que estou aborrecido, o tempo parece que não passa; quando me interesso por alguma coisa o tempo passa a correr ou pior… não tenho tempo.

Mas que interessa isso… o tempo é relativo e Eu por vezes perco a noção de “tempo”. Os anos parecem passar sem que note e os dias arrastam-se.

Os amigos por vezes protestam por não os contactar durante muito tempo, mas que diabo, eles podiam contactar-me a mim!

Ligaste-me? Quando??

-(…)

Ah.. Pois… Então eras tu ao telemóvel!

-(…)

ACTO III

-Estava a preparar-me para escrever “isto” na precisa altura em que começou na televisão um documentário que queria muito ver e foi quando me lembrei que nem o gato nem eu tínhamos jantado e o telemóvel tocou. Atirei o jantar para dentro do forno e fui atender. Enquanto falávamos fui lendo o correio e devo ter-me distraído por isso desliguei.

Por falar nisso… Eu disse jantar ou gato no forno????

-(…)

-Não, não sabia que tinhas voltado a casar!

-(…)

-Convite? Qual convite?

-(…)

-Pois… sabes? Os tais montes de papeis….

-(…)

-Padrinho? Minha irmã?

……..

EPÍLOGO

Desde tempos de que já nem me lembro que sou distraído. Isto é o que me dizem pelo menos os amigos de que me vou lembrando e outros amigos que tenho a sensação que não conheço. Mas acabo sempre por me lembrar onde deixei as coisas que perco. O mais estranho… é que quando vou ao local onde tenho a certeza que ficaram não é lá que elas estão.

Por vezes perco objectos como a carteira ou as chaves de casa. A carteira foi-me devolvida pelo correio quase um ano depois. Agora, basta-me encontrar as chaves para poder abrir a porta de casa e a caixa de correio.

 

sexta-feira, março 02, 2012