quarta-feira, julho 28, 2010

“flexibilização”

ANARQUIA

Portugal encontra-se em plena marcha de Modernidade em direcção ao Séc. XIX e isso poderia ser assustador se alguém notasse.

Aprendemos com alguma “esquerda” que não devemos esperar “presentes” de qualquer espécie por parte do “Capital”.

Este apenas funciona segundo a sua própria lógica de sobrevivência; tem como única moral o lucro; e transforma a sua esfera de acção em algo semelhante a uma “selva” onde os animais mais cruéis são mais cruéis do que os animais da selva real.

Invocando a CRISE que ele próprio gerou por incapacidade própria, gula financeira e ambição desmedida, ei-lo a retomar as rédeas do TRABALHO reconquistando de uma vez só, tudo o que perdera durante dois séculos de progressos sociais, sindicais e politico-económicos.

A ameaça real do desemprego retirou toda a força a quem trabalha e deu-a a quem emprega.

Já não há protesto audível ou levado a sério.

Já não há DIREITO inalienável.

A “flexibilização” do emprego apenas significa maior dependência de quem trabalha em relação a quem emprega. Ser empregador passa a significar deter um poder extraordinário com que se decide quem (e que famílias) sobrevivem razando o limiar da POBREZA mas abaixo do nível da DIGNIDADE.

Se for proposto e votado será um voto contra os mais fracos e os mais fracos neste nosso país somos aqueles que trabalhamos.

Os mais fracos são a grande maioria dos portugueses que ainda não entendeu ser forte por ter a inteligência fraca, a participação preguiçosa, a consciência social demasiado vaidosa e a mania de falar sem saber e ouvir sem entender pensando que entende.

segunda-feira, julho 26, 2010

Não gosto de multidões!

Untitled - 3

Uma multidão é o melhor exemplo para destruir a frase “muitas cabeças pensam melhor do que uma”. Muitas cabeças juntas deixam de pensar ou pior… tornam-se irracionais, estupidificam, animalizam-se e não podem ser controladas sem recurso a um nível de violência semelhante ou superior àquele que elas próprias produzem.

Um ser pensante, um humano pacato e civilizado perde os traços de civismo e pacatez quando em companhia numerosa. Um zé ninguém que nunca sequer ousou tossir em voz alta é capaz de gritar berros e berrar gritarias. Um boçal, um estúpido, um cretino pode ter um público que o oiça e lhe aprecie a cretinice.

Uma multidão apenas se reúne por uma de duas razões: para apoiar ou para protestar. Em qualquer dos casos pode passar de uma razão a outra com a rapidez de um raio e atirar pedras ao que apoiava ou aplaudir o anterior objecto de protesto.

Não sofro de Enochlophobia (medo das multidões) mas não aprecio a companhia de multidões mais do que aquilo que aprecio o odor a suor em grandes variedades, quantidades e concentrações; o ruído de vozes e as gritarias sem sentido; os empurrões e pisadelas ou a sensação de fazer parte de um grupo cuja companhia dispenso com prazer e cujos objectivos comuns não me interessam absolutamente.

quinta-feira, julho 15, 2010

lampada - crise
EM PORTUGAL, POR MOTIVO DE CONTENÇÃO ORÇAMENTAL A "LUZ AO FUNDO DO TÚNEL" FOI DESLIGADA!!!

sábado, julho 10, 2010

Medo de voar

medo de voar In-Provavel

Medo de voar.

Sempre achei esta expressão interessante pela insensatez que encerra. Ter medo de voar é para mim o mesmo que ter medo de respirar debaixo de água ou medo de tomar banho em gasolina inflamada. Por outro lado, também é semelhante a ter medo de andar de autocarro, comboio, ou metro.

As fobias e nem sempre se trata de uma fobia… são interessantes e confesso que tenho eu mesmo uma ou duas que muito estimo e respeito enquanto elas me tratarem do mesmo modo. O medo, não o medo fóbico, faz parte da vida de todos e contribui para a nossa preservação e sobrevivência. Recordo uma história que me contaram que ilustra bem a questão:

“Dois homens primitivos atravessavam parte de uma savana. Um era medroso e o outro ignorava o medo. De repente ao ouvirem um rosnar entre a erva alta pararam e reagiram de modo diferente. O corajoso prossegui caminho e o que conhecia o medo correu na direcção oposta ao rugido procurando refúgio numas árvores próximas. Era um leão que rosnava e que se banqueteou com o “corajoso”. O que fugiu para as árvores… era o nosso antepassado e é ao seu medo que devemos o facto de existirmos hoje.”

Voltando ao medo de voar… nunca tive oportunidade de o conhecer pois que sempre que entrei num avião estava mais preocupado com os malefícios da “comida” de bordo, com a impossibilidade de fumar, com o palerma que a meu lado não se calava um minuto, com a estúpida criança atrás de mim que pontapeava o meu lugar ou com a hospedeira que apenas parecia mostrar interesse profissional por mim.

Já vi pessoas adultas a comportarem-se como autênticas criancinhas assustadas e/ou mal educadas, tremendo, soluçando, assobiando e tomando comprimidos como quem respira. Já assisti a dois ataques de pânico (um dos quais prontamente acalmado à chapada por outro passageiro) e a uma crise de histeria por parte de uma funcionária de bordo. Já enfrentei um ébrio a bordo mas já observei vários bêbados; a diferença é que o ébrio era educado.

Já soube de quem tenha passado duas semanas em estado miserável sem comer nem dormir antes de embarcar e que adormeceu como um bébé durante o todo o voo. Já me deixaram marcas negras num dos braços; já me impediram de ler e de dormir. Apesar de tudo nunca entendi este “medo de voar”.

Já pouco ou nada me admira, sobretudo quando se espera da parte do passageiro um comportamento civilizado e o entalam como se ele fosse uma sardinha de lata apenas por se tratar de um “Low Cost”.

O avião é sem dúvida (estatística pelo menos) o mais seguro dos meios de transporte. Garante mais conforto, rapidez e vistas bonitas do que outro qualquer meio de transporte e no entanto ainda há quem se recuse a sentar-se no lugar nº 13 como se em caso de acidente o impacto dos lugares nº14 e nº12 fossem atenuados.

-Voar não é perigoso. As quedas de aviões sim.

-A probabilidade de sobrevivência é inversamente inversa ao ângulo de chegada. Quanto maior este Ângulo menor a probabilidade de sobrevivência e vice-versa.

-É sempre melhor estar cá em baixo a desejar estar lá em cima do que lá em cima a desejar estar cá em baixo.

-Os levantamentos são opcionais; As aterragens são obrigatórias.

-Em pilotagem aprende-se muito com os erros dos outros. Com os próprios erros não costuma haver muito tempo.

-O melhor dos pilotos é aquele que iguala o número das descolagens com o número de aterragens.

-As hipóteses de haver uma bomba a bordo de um avião são de mais de um milhão para uma. Essa é a hipótese que todos ficamos a conhecer.

-Há mais turbulência provocada por pilotos com café a mais do que por causas atmosféricas.

-A única altura em que há demasiado combustível num avião é na eminência de um incêndio.

-Há mais aviões no fundo do mar do que submarinos no céu.

-Se num bimotor falhar um dos motores o restante tem sempre capacidade de levar o avião até ao local da queda.

-A única semelhança entre um controlador de tráfego aéreo e um piloto é esta:

Se um piloto faz asneira o piloto morre; se um controlador faz asneira o piloto morre.

-As previsões meteorológicas para a aviação comercial são horóscopos com números.

-Conselho dado ao pilotos da RAF durante a II Guerra Mundial:

“Se um despenhamento no solo for inevitável escolham sempre o objecto mais barato, menos habitado e menos sólido. Façam-no do modo mais suave e mais lento que vos for possível.

-Nos aviões a hélice, o propósito destas era manter o piloto fresco. A comprova-lo está o facto de que mal elas parassem de girar os pilotos começavam a suar.

-Jamais alguém deixou de regressar ao chão.

-Antigamente o sexo era seguro e voar era perigoso.

domingo, julho 04, 2010

A Principezinha

A Princesinha

A Principezinha

Dias atrás lembrei-me de Saint-Exupéry. Hoje também.. à minha maneira.

Intestinos, dietas, produtos dietéticos, produtos naturais, sem cafeína, sem açucar e sem… produto. (repostagem)

intestinos in-provavel

Portugal e aparentemente outros países realmente evoluídos, parecem viver numa constante paranóia relativamente a tudo o que diz respeito à saúde intestinal e sobretudo à sua falta e à falta de verdadeira saúde intelectual.

Diariamente somos “carregados” com mensagens como:

-“IOGURTE X, BOM PARA O COLESTEROL”;

-“FLOCOS Z PARA OS INTESTINOS”;

-“BEBIDA N PARA REPÔR ENERGIA”;

-“BARRITAS COM OS MESMOS NUTRIENTES DE UMA TIJELA DE CEREAIS”; “IOGOURTE XPTO PARA REPÔR A FLORA INTESTINAL”;

-“CHOCOLATE NHÃM, EQUIVALE A DOIS COPOS DE LEITE”;

-“BEBIDA LÁCTEA COM BACTÉRIAS”

-“ESTE É QUE É MESMO SUMO DE FRUTA”

Como raio é que um sumo com apenas 30% de fruta se chama sumo de fruta? Será que ninguém vê que 70% do sumo e 100% do anúncio é pura falsidade?

 

-BEBIDA SEM ...?

Sem cafeína, sem açúcar e sem calorias? Então que diabos traz a garrafa? Apenas água, gás e corante?

 

-CAFÉ SEM CAFEÍNA?

Há dias descobri para onde vai toda a cafeína que eles retiram; Vai com certeza para as bebidas energéticas como o “BED RULL” e afins! O que uns levam trabalho a retirar é colocado com mais trabalho onde não existia. Resultado, ambos os produtos ficam mais caros.

 

-BARRITA DE CEREAIS COM A MESMA CAPACIDADE NUTRITIVA DE UM PRATO DE CEREAIS?

Que coisa será esta? Será que anda toda a gente sem tempo para comer um prato de cereais pela manhã e tem que o levar “concentradinho” no bolso ou na carteira?

 

-CHOCOLATE BAIXO EM CALORIAS?

Das duas uma: ou não é chocolate verdadeiro ou tem menos calorias por ter menos chocolate, o que obriga a comer dois em vez de um para obter alguma satisfação e alguns nutrientes.

 

-FLOCOS PARA ”REGULARIZAR” OS INTESTINOS?Irra, alguém se esqueceu do laxante que se vende por “meia-tuta” em qualquer farmácia? Coma flocos a sério e coloque uma colher de café de laxante. Vai ver que o resultado se não for melhor, será pelo menos o mesmo. Cheirará concerteza ao mesmo e fará o mesmissímo efeito! Apenas custará 3% do outro produto "natural"... naturalmente.