Voltamos de novo às Eleições e consequentemente às Campanhas Eleitorais e ao primado da vida politica na actualidade nacional.
Isto passa-se num país onde a confiança da população no Regime, no Sistema Governativo, nas Instituições de Justiça, nos órgãos de Soberania em geral, na Administração Pública, nos detentores de Cargos Públicos e em TODA a Classe Politica é mínima como não há memória de ter sido depois da rebaldaria em que se tornou a 1ª República.
Algures entre a instalação da Democracia representativa em Portugal e os nossos dias as convicções e as crenças parecem ter desaparecido. Os sentimentos patrióticos estão reservados para as selecções. As paixões por causas nobres estão reservadas para festas em discotecas para angariação de fundos e auto-promoção de pseudo-vedetas.
A Intriga intra-partidária fede de desrespeito e ausência de solidariedade entre correlegionários, de desrespeito pelos lideres e por compromissos assumidos em congresso.
A intriga inter-pardidária perdeu a pouca polidez que possuía. O debate tornou-se arrogante e de baixo teor informativo; O poder não responde às questões da oposição; dribla, evita e foge às perguntas fingindo-se insultado por elas.
Os Adversários já se não detestam por diferenças doutrinárias, agora detestam-se por inveja de cargos de poder e de acesso a altas remunerações ou pelo domínio de grupos financeiros essenciais à NOSSA economia; ou em alternativa, agora são solidários nas mesmas fraquezas, na desmedida ambição pessoal e nos desprezos interpessoais.
O carácter dos políticos é constantemente colocado em causa apenas por que eles (na generalidade) o não possuem. A psicologia politica vigente não é a de servir mas a de servir-se da “coisa pública”. A integridade é cada vez menor e os armários estão a abarrotar de esqueletos disfarçados de fatos italianos comprados em NY ou de casaquinhos e camisolas a cheirar a génio e haxixe marados.
A culpa é também nossa (de todos). Há muito que nos demitimos por básica incultura politica e preguiça mental de exercer o direito de voto e a obrigação de fiscalizar a acção dos nossos políticos. Colocámos as “jóias da democracia” nas suas mãos; Criticámos os políticos de carreira, confundimos carreira com carreirismo politico e agora temos amadores e pára-quedistas no exercício do poder, misturados com oportunistas e saqueadores. Todos apressados em enriquecer e em enriquecer os amigos, a família, os amigos e afilhados.
Vem aí de novo a Campanha Eleitoral mas esta, ainda que em tempo de crise, bate todos os recordes de despesismo e gastos de um modo obsceno, sendo que o exemplo pior é dado pelo mesmíssimo partido que nos exige mais e maiores sacrifícios.
1 comentário:
8 milhões em campanha é inadmissível. vergonhoso!
e que as eleições não sejam anuladas caso mais de metade da população (ou dos votantes) não vote não é democracia!
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