quarta-feira, dezembro 19, 2012

NATAL 2012


















  O Natal é aquela época do ano em que as pesoas querem que os outros se esqueçam do seu passado e se lembrem dos seus presentes! 
  È um tempo em que as familias passam mais horas juntas, sobretudo dentro dos carros em parques de estacionamento de Centros Comerciais.

 Lembrem-se de que Natal houve apenas um!  

Tudo o resto é apenas uma comemoração de aniversário do primeiro Natal e de quem nele nasceu!



sexta-feira, novembro 09, 2012

quinta-feira, outubro 11, 2012

sexta-feira, setembro 21, 2012

Ponto de Situação da CRISE






 Se algo nos dias que atravessamos me preocupa é a semelhança “sociológico/histórica” dos acontecimentos de agora com os acontecimentos contemporâneos e antecedentes da “Crise do mapa cor-de-rosa”.

 O povo estava ignorante, bruto, indolente e à espera de se tornar efervescente e violento. Parecia aguardar o surgimento de uma causa externa (qualquer que ela fosse) que fizesse explodir a passividade e a incapacidade de participar naquilo que seria realmente importante participar.

 Tal como agora, o “povo” não era capaz de protestar porque sabia que nunca participara e que sempre esperara, falsamente esperançado, que alguém decidisse por si. Que alguém tomasse as rédeas do país para o poder criticar sem assumir responsabilidade alguma no que até ali acontecera. Sem assumir sequer a responsabilidade de participar votando ou sequer de opinar antes de sofrer as “terríveis dores de bolso” e não depois.

 Também agora acordámos violentamente de um sonho de grandeza improvável que nos sugeriram e com que nos enganámos nós, mais do que nos enganaram a nós.

 Se somos como povo culpados de alguma coisa, somo-lo de sermos… não mansos mas indolentes; de abusarmos do “não te rales” e de tentarmos usar a fraqueza dos que nos rodeiam pensando que somos fortes e “espertos” sem o sermos ou pensando que somos pelo menos mais fortes e mais “espertos” do que os que nos rodeiam.

 Historicamente, apenas recordamos as vitórias das batalhas vencidas e as chegadas dos navios ao destino. Esquecemos as derrotas que superam largamente as vitórias e os naufrágios que foram mais do que as descobertas.

 Falta-nos tanto de realismo como nos falta a vontade de justificar uma opinião. Adoramos o “lugar-comum” em vez do pensamento próprio; o “meu” e o “eu” em vez do objectivo comum; o facilitismo imediato (o desenrrascanço) em alternativa ao planeamento realista atempado. A reacção em vez da acção. O remediar em vez do prevenir.

Toda a GENTE tem acesso à informação mas isso não significa que tenhamos o conhecimento e a criatividade para poder ser competentes quando se expressam opiniões sob a forma de… não me surge nada mais ilustrativo do que a palavra “arroto”. Informação não é conhecimento e atitudes repentistas devem ficar nos estádios de futebol.

 Não meus amigos! Nós não descendemos dos marinheiros corajosos que entraram nas naus que descobriram o mundo e que por corajosamente foram procriando e morrendo!  Nós somos os descendentes dos merdosos que não tiveram coragem para o fazer.

sexta-feira, junho 15, 2012

sexta-feira, maio 25, 2012

quarta-feira, maio 23, 2012

Considerações acerca da Ressaca

ressaca gravis- in-provavel

 

  As bebedeiras de antigamente eram mais dignas do que as actuais.

  Quando se partia para elas havia a certeza de que o dia seguinte seria um dia de inferno invernoso, de caos, de peste, sede e guerra… sobretudo sede, muita sede.

  A ressaca era uma prova da existência de Deus e de que todo o prazer seria castigado. Uma borracheira das antigas era isso mesmo: uma borracheira das antigas.

  Hoje em dia há comprimidos e xaropes para a ressaca e as novas gerações não conhecem a verdadeira ressaca. Bebem como camelos que atravessaram um deserto e não sofrem consequências por isso. Apanham “pianchas” de caixão à cova e acordam novos em folha, prontos para outra.

  Claro que há uma crise de valores, se a ressaca já nada vale o que vale a “copofónica”?

  As “nássas” tinham razões e motivos honrosos. Ajudavam a esquecer ou serviam para recordar e eram grandiosas. Alegravam e entristeciam. As “nenas” eram inesquecíveis e memoráveis e as suas consequências também eram inesquecíveis. Hoje são inconsequentes e vulgares como os bêbados repetitivos e chatos.

  Sem o enjoo, a náusea, a terrível dor de cabeça, a azia, o desconforto de cada movimento e o sabor matinal a papel de jornal, um “grão-na-asa” perdeu a piada toda.

  Nunca fui um profissional das “chumbadas”, mas recordo bem as exaltações profundas e os belos sentimentos que provocavam; as declarações de amizade sincera e profunda, os desabafos sentidos e as sensibilidades à flor da pele. De cada vez que aconteciam, lá vinha a pancada matinal, o sol demasiado forte ainda que já fosse noite e se tivesse dormido o dia todo… mas sobretudo a promessa de que “NUNCA MAIS… nem uma gota”.

  Era uma espécie de luta entre o instinto de sobrevivência e o gin-tónico (mais gin do que tónico). Um conflito amigável entre dois inimigos figadais em que um deles era o meu fígado e o outro… era o vencedor.

  Ainda hoje quando vejo uma rodela de limão e uma garrafa de água tónica apetece-me gritar a plenos pulmões a palavra GIN e o cabelo na minha nuca eriça-se.

  Asprina, Guronsan, Alka-Seltzer, eram sinónimos de fraqueza de espírito; quase uma verdadeira traição ao espírito da coisa. Éramos habituados à sensação de morte eminente. Éramos estóicos apesar das falhas de memória. Éramos heróicos apesar de acordarmos vestidos e algumas vezes no chão do quarto.

Um brinde à ressaca!

Só mais um… Hips… p’ró caminho!

Post Sriptum: Há coisas na vida a que um Homem não foge: uma paixão bem vivida e…  Arre pôrra que ainda não bebi nada hoje.

quarta-feira, maio 16, 2012

quinta-feira, abril 19, 2012

A máscara do contra / V de victoria / Guy Fawkes

In-provavel  Guy Fawkes

Criada por David Lloyd que foi um dos autores de “V” (o filme de 1982 representa) Guy Fawkes um soldado inglês (Católico) condenado à morte e executado por traição em 1605 acusado de planear fazer explodir o Parlamento britânico durante um discurso do Rei protestante James I.

Este movimento ficou conhecido como “O golpe da Pólvora” e ainda hoje se comemora na data em que Guy Hawkes foi capturado: 5 de Novembro.

A máscara foi adoptada em 2008 pelo Movimento (hacker) Anonymous numa campanha que levou a cabo contra a Igreja da Ciêntologia nos Estados Unidos.

Em 2011 reapareceu com os manifestantes do Movimento Ocupye tem sido usada em manifestações de vária índole sobretudo anti-globalização e contra as grandes corporações multinacionais.

Em Portugal é usada a torto e a direito por gente que ignora tudo acerca do seu significado e daquele que representa. Sendo conhecida por vezes como “a máscara do contra”.

Sempre que alguém compra esta máscara está a contribuir para a Time Warner que detém os seus direitos comerciais.

Esta é a minha versão pessoal, personalizada e quase um auto-retrato meu.

Se quiserem, copiem-na à ganância, imprimam-na até se cansarem e usem-na até que se aborreçam mas saibam o que representa e quem foi o católico Guy Hawkes. Não sejam apenas idiotas mascarados de libertadores.

quinta-feira, abril 12, 2012

“O ARROTO” e as opiniões

  O “ARROTO” é mais do que apenas um som cavo que surge das entranhas humanas mais afastadas do cérebro.

O “ARROTO” não lê e não é informado porque não quer; ouve telejornais mas não entende o que ouve por não esforçar o neurónio solitário com mais do que telenovelas, futebol e revistas sopeiras.

O “ARROTO” não lê porque ler dá trabalho e diz que ler faz mal à vista se não for jornal desportivo (leia-se futebolístico).

O “ARROTO” tem olhos mas apenas olha, não vê! Tem ouvidos mas é surdo à razão, ao conhecimento, à lógica e ao pensamento mais básico.

O “ARROTO” tem boca… tem sobretudo boca, tem practicamente apenas boca. É por ela que lhe sai tudo aquilo a que teima em chamar opinião sem saber que as opiniões necessitam de algum pensamento prévio, reflexão (ainda que mínima) e alguma justificação lógica para não serem irracionais e idiotas e não fazerem idiota quem as emite.

O “ARROTO” não fala, arrota e incomoda com os barulhos que a sua bocarra faz. O seu raciocínio tem mau hálito e as suas ideias têm bolor… ou teriam se tivesse quer raciocínio quer ideias.

O “ARROTO” repete o que ouve sem pensar porque não sabe pensar e não quer aprender mas não porque não possa. Repete o que ouve e o que julga ter ouvido e de todas as vezes repete mal. Se não entende as palavras repete-as ainda assim, ou inventa e adultera o que julga ter ouvido a outros “arrotos” de quem é “amigo”!

  O “ARROTO” não faz perguntas faz afirmações e se pergunta é apenas para ter a certeza que tem razão.

O “ARROTO” não sabe nada de nada acerca de coisa alguma mas acha-se capaz de arrotar em qualquer ocasião sobre qualquer tema quer tenha quem o oiça quer não.

O “ARROTO” é inoportuno, boçal, estúpido como um portão de quinta* mas nunca é ausente o que seria a sua única qualidade.

O “Arroto” tem sempre razão e está em todo o lado apenas à espera que o deixem arrotar e aí… ai de quem tentar impedi-lo: a fúria do arroto é ruidosa, escandalosa, popularucha de “pé sem chinela” e mal criada.

Estes são alguns dos imensos arrotos que tenho coleccionado ao longo da minha vida e de que não consigo livrar-me por muito que tente e que deseje esquecer que existem e me aguardam lá fora nos taxis, metro e autocarros, nos passeios, nos programas com participação de ouvintes e por vezes (raramente) à mesma mesa de café em que me sento.

* Tenho o maior respeito e consideração por portões de quinta e no que diz respeito a compara-los com “Arrotos” estou em crer que prefiro um monólogo com um portão destes do que qualquer diálogo (se tal fosse possível) com um “Arroto”.

O ARROTO -BURRO

O ARROTO 0

O ARROTO -COITADA DA MÃE

O ARROTO -ANTI-FASCISTA

O ARROTO -BANCO DE PORTUGAL

O ARROTO -DEMOCRACIA

O ARROTO -CULPADOS

O ARROTO -DEMOCRATA

O ARROTO -DIREITOS

O ARROTO -ESPANHOIS

O ARROTO -FÉRIAS O ARROTO -FUNCIONÁRIOS PUBLICOS

O ARROTO -MANIFESTAÇÃO

O ARROTO -MULTA

O ARROTO -NÓS O POVO

O ARROTO -NÓS OS JOVENS...

O ARROTO -PENA DE MORTE

O ARROTO -PROFESSORES

O ARROTO -ROUBAR O ESTADO

O ARROTO -SALAZAR

O ARROTO -USA

O ARROTO -CULPADOS

terça-feira, março 27, 2012

sexta-feira, março 16, 2012

Portugal / Grécia / Europa (UE)

In-Provavel Portugal Grécia

 

Portugal não é a Grécia

De tanto ouvir que Portugal não é a Grécia comecei a pensar obstinadamente no assunto. Será mesmo que não é?

Temos ilhas, os gregos também tem ilhas.

Andámos, tal como os gregos, sempre “à porra e à massa” com os vizinhos mais chegádos.

As ementas deles são em inglês como as nossas.

Ninguém entende o que um português ou um grego diz num país estrangeiro, aliás… ninguém entende os gregos e nós… nem a nós nos entendemos.

Temos menos ruínas do que eles têm mas havemos de ter mais e eles hão-de ter menos, pelo actual rumo das coisas.

Ambos os povos tivemos a ilusão de ser europeus sem imaginarmos sequer o que isso era.

O clima é idêntico; a dieta mediterranica é semelhante; as manias históricas parecidas; somos todos tarados por futebol e por azeite consideramos o Estado como a mãe de todas as benesses e o pai de todos os males.

Mas acima de tudo, ambos tivémos um Socrates. Infelizmente o deles ficou na HISTORIA e o nosso arrastou-nos até esta tragédia de termos que nos definir como diferentes dos gregos…

sexta-feira, março 09, 2012

quinta-feira, março 08, 2012

Diário de um Distraído / Despassarado

 

memória

Introdução

Tenho vários enormes montes de papéis e livros para ler e arrumar que não faço ideia o que sejam. Já tentei organizá-los e consegui. O resultado… foram outros enormes montes de papéis e livros.

Recentemente comprei um livro de auto-ajuda “Organização de Papeis e Livros Para Idiotas”. Estou convencido que vou conseguir resolver o problema… logo que descubra em qual dos montes de está o livro.

ACTO I

-Estou… quem fala?

-(…)

-Como estás?

-(…)

-Claro que sim!

-(…)

-O que foi que perguntaste?

-(…)

-Sim! Claro que sim!!

-(…)

-Pois!

(…)

-Foi isso que eu respondi? De certeza?

-(…)

-Pois.. pois.

-(…)

-Espera… Quem é que fala?

… … …

ACTO II

Sempre que estou aborrecido, o tempo parece que não passa; quando me interesso por alguma coisa o tempo passa a correr ou pior… não tenho tempo.

Mas que interessa isso… o tempo é relativo e Eu por vezes perco a noção de “tempo”. Os anos parecem passar sem que note e os dias arrastam-se.

Os amigos por vezes protestam por não os contactar durante muito tempo, mas que diabo, eles podiam contactar-me a mim!

Ligaste-me? Quando??

-(…)

Ah.. Pois… Então eras tu ao telemóvel!

-(…)

ACTO III

-Estava a preparar-me para escrever “isto” na precisa altura em que começou na televisão um documentário que queria muito ver e foi quando me lembrei que nem o gato nem eu tínhamos jantado e o telemóvel tocou. Atirei o jantar para dentro do forno e fui atender. Enquanto falávamos fui lendo o correio e devo ter-me distraído por isso desliguei.

Por falar nisso… Eu disse jantar ou gato no forno????

-(…)

-Não, não sabia que tinhas voltado a casar!

-(…)

-Convite? Qual convite?

-(…)

-Pois… sabes? Os tais montes de papeis….

-(…)

-Padrinho? Minha irmã?

……..

EPÍLOGO

Desde tempos de que já nem me lembro que sou distraído. Isto é o que me dizem pelo menos os amigos de que me vou lembrando e outros amigos que tenho a sensação que não conheço. Mas acabo sempre por me lembrar onde deixei as coisas que perco. O mais estranho… é que quando vou ao local onde tenho a certeza que ficaram não é lá que elas estão.

Por vezes perco objectos como a carteira ou as chaves de casa. A carteira foi-me devolvida pelo correio quase um ano depois. Agora, basta-me encontrar as chaves para poder abrir a porta de casa e a caixa de correio.

 

sexta-feira, março 02, 2012

quarta-feira, fevereiro 29, 2012