Queria dizer aqui algo que pudesse ter algum significado. Algo que pudesse de um qualquer modo servir como conselho, exemplo ou reforço positivo a outro alguém que um dia passasse por aquilo que eu imaginei passar mas que nunca achei que fosse tão.. tão inultrapassavél como constato agora que é na realidade.
Todos nós num ou outro momento da vida receamos pelos que nos rodeiam e a quem amamos. Afastamos esses pensamentos pelo incómodo e sofrimento óbvio que nos causam e seguimos em frente esperando fervorosamente que nunca se concretizem.
Face aos acontecimentos funestos que afectam os nossos amigos/conhecidos sabemos sempre o que dizer e sabemos (julgamos nós) tudo aquilo que fariamos se fosse connosco. Frases vãs parecem-nos possuir significados profundos e chegamos mesmo a achar que o que nos sai dos lábios deveria ser cumprido à risca.
No entanto, quando na nossa alma existe uma dor que não sendo nossa também o é. Dor por quem amamos e pelas sua próprias dores e sofrimentos. Uma dor das que nos esvazia a alma que nos atormenta desesperadamente e leva a esperança toda com ela… Não há nada que se possa dizer ou ouvir; não há conselhos; não há sono; não há satisfação em nada e nem há sequer nada.
Por isso não tenho nada para dizer e já nem sei sequer dizer nada.
5 comentários:
Quando a angustia se instala não há palavras que sosseguem a nossa alma :(
beijinho
Entao amigo, que se passa? Conta-me tudo...
Rui, sei perfeitamente o que queres dizer...como sei!!!
Apesar de alguns momentos pertencerem só a cada um de nós, e este é um deles,acredita que partilho contigo a tua dor.
Coragem é só o que te posso desejar, mas lembra-te que muitos estão contigo.
Beijo e aquele abraço...
espero que tudo corra o melhor possível!
Encontrei isto e pareceu-me oportuno…
“Deveríamos todos aprender o ofício de consolar. Não é apenas dar uma palmadinha nas costas, nem ter pena, nem compreender… É ajudar o outro a sofrer bem o que está a sofrer, sofrendo com ele, condividindo a dor e mostrando com a nossa atitude como de tudo se pode tirar bem (…)” Vasco Pinto Magalhães, “Não há soluções, há caminhos”
Beijo,
Ana
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