quarta-feira, abril 25, 2007

Em 1974















Em 1974:

-Já existia a FNAC, embora não nos mesmos moldes de hoje.
-Nas poucas livrarias que vendiam livros estrangeiros era possível encontrar livros proibidos em Portugal
-Todos os livros e discos eram sujeitos a censura.
-Quem estivesse casado pela Igreja, não podia divorciar-se e se separasse, o Estado considerava que todos os seus filhos posteriores ao casamento eram ilegítimos.
-A percentagem de analfabetos era de apenas 10%. Isto queria dizer que grande parte dos 90% de portugueses que sabiam ler e escrever, pouco mais do que o seu nome sabia escrever.
-Ana Salazar já tinha duas lojas em Lisboa, onde vendia roupa que importava de Londres. Na altura ainda não era estilista mas sim modista.
-Ganhou o Campeonato Nacional de Futebol o Sporting, apesar de tudo o que se dizia do apoio estatal ao Benfica
-Para andar de bicicleta era necessário possuir carta própria, licença e matrícula amarela tirada na Câmara Municipal.
-Poucos anos antes de 1974, era necessário para usar um isqueiro em qualquer local público, possuir “licença de isqueiro”. Existiam fiscais à civil e as multas eram pesadas. Tudo isto para proteger a fosforeira nacional.
-As mulheres ainda que maiores de idade, necessitavam de autorização escrita dos pais ou maridos para se deslocarem ao estrangeiro. As mulheres não podiam casar com quem queriam, as mulheres casadas não podiam mexer na sua propriedade, as enfermeiras não podiam casar, as professoras não podiam casar com qualquer pessoa que tivesse ordenado inferior ao seu; tinham que pedir autorização para casar, que saía em Diário da República.
-Apenas se podia falar de politica com gente de total confiança, apesar de haver muito para ser dito.
-Ainda existiam, telegramas, aerogramas e cartas.

2 comentários:

Miss Alcor disse...

Fantástico! Algumas dessas coias eu nem sequer sabia! Por exemplo a dos isqueiros! Fantástico!
Haja liberdade!

aquelabruxa disse...

é impressionante como o mundo desenvolve. mas parece haver um equilíbrio eterno entre o bom e o mau, o desenvolvimento e a decadência, o yin e o yang... tento imaginar lisboa (pois sou de lisboa) mais limpa e nova, mais calma e barata, menos pobre, as pessoas, de outras maneiras, mais livres. não devido ao salazar, isso nunca, mas devido a serem outros tempos, em que os filhos ainda podiam deixar de viver com os pais e alugarem a sua própria casa, em que um salário ainda dava para isso. mas não sei se era assim, eu ainda era muito nova...