segunda-feira, abril 23, 2007

Apenas...

Com fusão!












-Para hoje, gostaria de escrever algo profundo, interessante e pleno de significado mas não me sai nada deste vazio entre as orelhas. Por isso deixo aqui algumas das idiotices que fui garatujando durante os últimos dias.


Chapéus há muitos!














-Se por acaso existe quem imagine que talvez o governo do país seja exercido por um presidente constitucional, por um governo com vários ministérios e por uma assembleia de deputados eleitos pelo povo, desengane-se.
-Na realidade, aquilo que existe são os partidos; dos quais, dois, alternam no exercício do poder e os restantes aspiram a ele.
-A ideia simples de governação parece ser semelhante àquilo que é um chapéu velho, gasto e puído que alguém encontrou na curva de um caminho rural e poeirento. Cada governo tem um conjunto de ideias que são o tal chapéu. São todas baratas, feitas por aprendizes de chapelaria, pisadas e repisadas por gerações de políticos; Destinam-se sobretudo a ornamentar cabeças ocas para que se não note que o são e não a proteger seja quem for por estarem (o chapéu) cheios de buracos. Assim, no essencial, aquilo que deveria ser a sua função não é cumprida; Não protegem do frio da pobreza, da chuva torrencial do desemprego e das más condições de vida; Não protegem do vento tenebroso da desorganização nem sequer da torreira do compadrio e da corrupção.
-As ideias, quando as há, destinam-se apenas a ornamentar e a cobrir as carecas dos que nos governam mas acabam sempre por voar deixando-as à vista de todos.


Paulo Portas / CDS / Partido Popular





















-Nas últimas semanas, toda a comunicação social insistiu frequentemente no “aflitivo” caso da existência de divisões profundas no seio do CS/PP. Fizeram-se análises exaustivas às cisões, abordou-se toda a história dos protagonistas, comentaram-se todos os acontecimentos e até houve um debate televisivo.
-Houve eleições, mas ao seu resultado não darei mais importância do que esta que aqui lhe dei e que já acho exagerada. Não deixarei de beber, comer, fumar ou dormir por sua causa.


Desditos











-A pior forma de solidão é a companhia de um idiota.
-Triste de quem apenas olha para o céu para ver se vai chover.
-Um idealista convicto é a maior prova da existência da imbecilidade:
Não sabe nada, não diz nada e não o deixarão nunca fazer nada.
-No nosso mundo, toda a coerência é suspeita, apontada a dedo, azeda e neurasténica. Ao passo que qualquer autocrítica é considerada imodéstia e covardia.
-Prefiro o ódio à falta de amor.
-O nosso governo tem a aridez intelectual de dois desertos e a secura humana de quatro.
-Portugal, hoje, não passa de um orçamento.

1 comentário:

Touro Zentado disse...

Gostei particularmente da segunda parte da penúltima frase...