quarta-feira, janeiro 05, 2011

O que os homens sabem acerca das mulheres…

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Através da história humana e dos tempos, os homens têm tentado impressionar as mulheres e falhado uma vez após outra… miseravelmente.

Tudo parece ter começado com Grumbha o homem das cavernas, que pensava poder impressionar uma mulher das cavernas ao caçar mamutes para o pequeno almoço da jovem. Depois de cada caçada oferecia-lhe um pedaço de carne crua a pingar quase tanto sangue como ele próprio e que ela aceitava, muito mais por fome do que por boa educação que não fora ainda inventada. Nessas alturas ele dizia: Grumbha o verdadeiro caçador o verdadeiro homem! Ela apenas sorria enigmaticamente e mais nada.

Noutras ocasiões Grumbha afastava-se do grupo e saia da caverna para aquilo que pareceria apenas a satisfação de uma necessidade biológica (verter águas) e com o tempo ia fazê-lo cada vez mais longe da caverna para marcar território e quando regressava dizia: Grumbha o verdadeiro proprietário! Ela apenas sorria enigmaticamente e mais nada.

Noutras alturas Grumbha encontrava uma flor colorida que aprendeu a cortar em vez de arrancar, para não se ferir nos picos e levava-a à mulher das cavernas que invariavelmente lhe sorria sem entender e invariavelmente a comia. Nessas alturas Grumbha dizia: Grumbha o verdadeiro romântico e nem ele sabia o que aquilo queria dizer.

Quando Grumbha começou a inventar coisas como a roda e o fogo a coisa não pareceu ajudar muito na impressão que causava na mulher das cavernas. A roda não servia para grande coisa já que os Porsches, Ferraris, BMS’s, Mercedes e Audis ainda não existiam ao passo que o fogo apenas serviu para que a mulher passasse muito mais tempo a cozinhar para a tribo ou clã e quando Grumbha disse: “Grumbha o verdadeiro inventor” ela não sorriu enigmaticamente nem mais nada!

Mas Grumbha estava determinado a impressionar e continuou a inventar coisas e objectos e atitudes, nunca com o objectivo de fazer avançar a humanidade mas apenas com a ideia fixa de impressionar a mulher das cavernas.

IMPORTANTE: Salto de alguns anos até ao século XXI.

Grumbha o verdadeiro caçador, proprietário, romântico e inventor agora chama-se, João, Pedro, Jacques, Oliver, Ibn Hassam Soares, ou até mesmo Darcy... o nome não interessa.

Não há muito tempo atrás, Grumbha… perdão João, Pedro, Jacques, Oliver, Ibn Hassam Soares, ou até mesmo Darcy, inventou algo chamado soutien e a mulher queimou-o em praça pública dizendo-lhe “Esta é a ultima coisa que cozinho para Ti!”.

Inventou a bolsa de senhora e levou com ela na cabeça; inventou a igualdade entre os sexos e também levou com ela na cabeça além de ter levado também com os gays e lésbicas na cabeça.

Oliver frequenta ginásios profissionalmente e até tem um em casa para os tempos livres. Cria músculos como quem cria aves de arribação; tem o peito do tamanho de uma máquina de lavar loiça; rapa os pêlos todos e ainda assim não parece impressionar mais a ex-mulher das cavernas do que o velho Grumbha o “verdadeiro caçador”.

Darcy é um tipo educado, gosta de crianças, animais e velhinhos embora não aprecie a generalidade dos outros seres humanos. Não passa por uma flor sem a admirar e averiguar o odor que possuí. Conhece os chocolates e alguma coisa da arte culinária; admira alguns escritores e abomina outros; entende o significado da música e algumas “peculiaridades da alma”. Ainda assim, tudo isto não impressiona a descente da mulher das cavernas mais do que a rosa com que Grumbha presentava a primitiva fêmea.

O João é empresário e “proprietário” de uma empresa de propriedades. Possui um Porsche, um Ferrari e dois Audi além de várias casas de campo praia e montanha. Gera riqueza como não gere a empresa e não gera filhos. Ainda assim, apenas causa impressão em algumas ex-mulheres das cavernas que o abandonam logo que a primeira crise bolsística aparece no horizonte. Tem uma colecção de ex-mulheres e outra de Arte que acaba de ir a leilão para pagar mais uma quase falência. Ainda assim não parece impressionar mais a ex-mulher das cavernas do que o velho Grumbha o “verdadeiro caçador”.

Ibn Soares é um génio da informática e não há “gadget” que não demonstre em cada primeiro encontro que quase sempre é o único. Não existe programa que não saiba usar ilegal ou imoralmente e substituiu os óculos (fundo-de-garrafa). por lentes de contacto. No entanto, continua só, solitário e constantemente a procurar alguém que o acompanhe ainda que em breves momentos.

Consta que a ultima frase de Freud (esse homem das cavernas) que tentava entender as almas através dos pensamentos teria sido: “Afinal … o que querem as mulheres?”

Se não foi podia e deveria ter sido!

5 comentários:

Fernando Lopes disse...

Caro Rui,

Admiro que tenta empreender tal quimera, mas compreender as mulheres está muito para além do que nós, simples mortais, podemos ambicionar.

Teresa Santos disse...

Em jeito de sintese, repito aquilo que digo de há bastantes anos a esta parte: o homem que se cuide, que se preserve, sob pena de vir a ser extinto como qualquer outro animal.
É que a mulher faz do homem (salvo as excepções inerentes a qualquer situação) aquilo que quer. É tudo uma questão de habilidade!

Unknown disse...

Que texto delicioso.....!

AnaMar (pseudónimo) disse...

Um texto muito interessante.

O que queremos?
. ser ouvidas
. respeitadas
. mimadas
. ser ouvidas / escutadas
. ...
Queremos tanto quanto os homens querem...mas...muito mais, ainda:-)
Por vezes, nem nós sabemos.

Daniela Santos disse...

Gostei :)

Fiz seguir, retribuis?
http://raizdemultimedia.blogspot.com

Obrigada.