quarta-feira, novembro 24, 2010

Para quê?

 

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Ter telémovel com camera fotográfica que também filma com HD: que transmite as fotos para qualquer lugar do mundo enquanto usa o msn para falar com amigos. Também pode escrever e ler o twitter, encontrar e ser encontrado por amigos (que nunca conheceu) no Hi5 e fazer parte de “grupos” que nunca se  encontraram ou encontram.

Pode navegar na net quase como qualquer LapTop e escrever no Blog. Pode consultar o E-mail pessoal ou o de trabalho receber, lêr ou enviar relatórios e mandar imprimir documentos numa impressora a quilómetros de distância. Guia-nos pelas ruas, estradas e avenidas e diz sempre em que desconhecido lugar nos encontramos. Serve de gravador de mensagens e lembretes, armazena música, videos e também pode dizer o tempo previsto para Nova York ou as horas de Ancara; serve para ver filmes e fotos dos primos que vivem no Rio  de Janeiro à medida que são tiradas em Copacabana. Avisa dos golos da equipa favorita mal entram nas balizas e os resultados do Euromilhões e da NBA.

 Desperta para acordar, avisa da hora dos comprimidos para o stress, armazena a lista de supermercado, as datas de aniversário de toda a gente e grava reuniões. Além disso reenvia chamadas, filtra-as e tem mil e dois jogos para matar o tempo enquanto o tempo nos mata.

 

 Ter um destes e não saber escalfar um ovo ou aparafusar um parafuso. Não ter um pingo de humanidade ou de consideração pelo semelhante. Não gostar do ar puro campestre, das folhas amarelecidas dos parques. Não ter tempo para nada nem paciência para crianças.

GRAVE GREVE GERAL

GREVE GERAL- GRAVE GERAL- GRAVE

segunda-feira, novembro 22, 2010

Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação Mediática

cabine in-provavel

Para quem tiver paciência para ler com olhos de ler e procurar semelhanças com a actual situação  nacional e internacional!

Avram Noam Chomsky
Linguista, filósofo, activista, autor e analista político.

 

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.

A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o povo de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área das ciências, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à quinta como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')".

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado "problema-reacção-solução". Cria-se um problema, uma "situação" prevista para causar certa reacção no público, a fim de que este tenha a percepção que participou nas medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público exija novas leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou ainda: criar uma crise económica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, durante anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconómicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários baixíssimos, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é aplicado imediatamente. Segundo, porque o público - a massa - tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá vir a ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e de aceitá-la com resignação quando chegar o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO SE DE CRIANÇAS SE TRATASSEM

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entoação particularmente infantis, muitas vezes próximos da debilidade mental, como se cada espectador fosse uma criança de idade reduzida ou um deficiente mental. Quanto mais se pretende enganar ao espectador, mais se tende a adoptar um tom infantilizante. Porquê? "Se você se dirigir a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a dar uma resposta ou reacção também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver "Armas silenciosas para guerras tranquilas")".

6- UTILIZAR MUITO MAIS O ASPECTO EMOCIONAL DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do discurso emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e pôr fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registo emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para incutir ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para o seu controle e escravidão. "A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de eliminar (ver 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')".

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover no público a ideia de que é moda o facto de se ser estúpido, vulgar e inculto...

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência da sua inteligência, de suas capacidades, ou do seu esforço. Assim, ao invés de revoltar-se contra o sistema económico, o indivíduo autocritica-se e culpabiliza-se, o que gera um estado depressivo, do qual um dos seus efeitosmais comuns é a inibição da acção. E, sem acção, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado um crescente afastamento entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema" tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos sobre si próprios.

terça-feira, novembro 16, 2010

Um desafio do Facebook

Capitão Rui V. Haddock

"Em Novembro, mudem a vossa imagem de perfil por uma imagem de banda desenhada, desenhos animados, ou bonecos da vossa infância e convidem os vossos amigos a fazer o mesmo. O objectivo do jogo? Não ver nenhuma cara no "facebook" mas uma verdadeira invasão de... lembranças de infância. Embora lá:)"

Corre pelo “facebook” um interessante “desafio” que consiste em alterar a fotografia do perfil substituindo-a por uma imagem de um personagem de ficção favorito ou (penso EU) empático connosco.

Escolhi este.

Não apenas pela semelhança física actual, pela sua capacidade linguística pela sua capacidade de dizer em 30 palavrões o que o “vulgo” diria em 300 frases e sobretudo pelo Vice-versa!

O velho Capitão… algo trapalhão, por circunstâncias que não dependem dele mesmo. Decisivo em momentos que são decisivos. Corajoso em circunstâncias acidentais e acidental em circunstâncias decisivas é sempre resoluto, mal entendido, sobrevivente acidental, herói acidental, confiável, auto-elogioso mas reconhecido pelos “seus”!

Fraco e forte consoante as circunstância e os momentos… ele é o verdadeiro herói incompreendido.. o anti-herói, a série “B” dos grandes heróis clássicos da BD no tempo em que os anti-heróis não existiam ainda porque ninguém os tinha inventado.

O Capitão Haddock é um fraco homem que é forte e um homem forte que consegue ser forte sendo muitas vezes tão fraco como risível!

ELE poderia ser EU e ... vice-versa, ou o seu oposto!

sexta-feira, novembro 12, 2010

PODE não adiantar nada!

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Mas… Como não posso participar nas greves GERAIS… 

QUIETO, CALADO, NEUTRO E IDIOTA …. NÃO FICO!