quinta-feira, janeiro 28, 2010

A BELA E O PAPARAZZO OU A BETA E O PAPALHAÇO

a BELA E O PAPARAZZO IN-PROVAVEL SOCRATES CARICATURA

Uma história de amor  e paixão pelo poder; pelo poder poder.

Uma história que nos tem  “podido” a todos!

quarta-feira, janeiro 27, 2010

LITERATURA In-PROVAVEL

LITERATURA IN-PROVAVEL

  • O Cavaleiro mais redondo da Távola Redonda do Rei Artur era o Sir Cunferência.
  • Escrever um romance com um lápis mal afiado não tem ponta por onde se lhe pegue.
  • Um poeta ao escrever ao contrário escreve inverso?
  • Se um clérigo escreve um conto é o “Conto do Vigário”?
  • Mário de Sá Carneiro ainda pensou em suicidar-se saltando de uma ponte para o rio em Paris mas não quis fazer uma Sena.
  • Quando os canibais comeram o escritor tomaram o gosto pela literatura.

domingo, janeiro 24, 2010

Arte In-Provavel

ARTE In-Provavel

De quando em vez sou convidado para uma ou outra... (quase sempre, uma a mais) “vernissage” de uma amigo/a, de um conhecido/a ou de um/a desconhecido/a que decidiu , ou alguém por si, realizar uma exposição (quase sempre) de pintura e que teve o desplante de me convidar.

Quase sempre tentam dar ao acontecimento uma solenidade que nem a ocasião merece nem eles/as são capazes de lhe conferir.

As caras (e os donos delas) que por lá passam são invariavelmente as mesmas.

As mesmíssimas tias e tios; os intelectuais do costume; os pseudo-intelectuais de sempre; os donos dos bares da “noite”; os artistas lançados no mercado a marcar presença e a a tecer comentários para quem os queira ouvir; os pretendentes a artistas e os pretendentes a alguma coisa que nunca entendi o que seja mas que marcam presença regular. Ooops… e de quando em vez um autárca!

Há também os estilistas sem estilo e sem venda, os actores em busca de papel, os sonhadores em busca de uma refeição grátis ou dos canapés e os curiosos que não distinguem a parede da tela mas que teimam em opinar ainda e sempre. Claro… não esquecer os jornalistas de todas as áreas, dos estagiários aos consagrados do desporto e uma ou outra “vedetinha de TV”.

Os aperitivos raramente são grande coisa. O champanhe raramente passa de de espumante de baixa qualidade e limitada quantidade.

O Vinho do Porto é Tawny mas daquele que se vende em supermercado durante as feiras de vinhos. O Gin é do barato e a água (tónica ou não) vem em embalagem de plástico.

Aconselho apenas o vinho; sempre branco e sempre verde mas sempre, sempre com a imagem de um palacete no rótulo.

Bebe-se a água e o vinho em copos iguais para não parecer presunçoso e não demonstrar desconhecimento. Os guardanapos (de papel) esgotam ainda antes de outra coisa qualquer e depressa se nota o aglomerar de gente junto às “fontes” de bebida.

Os vestidos das senhoras são os dos casamentos das irmãs, das primas e das amigas e os gestos são tão falsos como os sorrisos e os beijos afastados da face que dão e que recebem ou algumas das gargalhadas mais audíveis.

Em alternativa, algumas delas parecem-se com as avós, quando estas se vestiam como quem tenha estado em woodstock mas sem a lama do festival.

Os homens que não usam gravata parecem ser todos do Bloco de Esquerda ainda que fumando cigarrilhas sem o hábito de o fazer e sem saberem como se faz. Outros poderiam ser sem-abrigo que as roupas não destoariam.

Enquanto que aqueles que usam gravata parecem ser todos vendedores… perdão técnicos/directores comerciais, jovens empregados bancários de bancos privados sem o balcão pela frente ou deslocados dentro dos colarinhos engravatados. Um ou outro, visivelmente metrosexual e meia dúzia de imitadores.

Não sou apreciador de “Artes Plásticas” no sentido que muita gente afirma ser.

Sou perfeitamente incapaz de fazer qualquer esforço para justificar as manchas hediondas que vejo em algumas telas;

Detesto algumas “instalações” com que me deparo, tanto como detesto montoeiras de resíduos sólidos urbanos (RSU’S) ou restos de obras de construcção civil em locais públicos.

Não lhes procuro nem sentidos para que existam, nem justificações recônditas para que possam ser lidas de outro modo que não aquele com que se apresentam aos meus sentidos. Aprecio a técnica de execução e o improviso. Admiro a capacidade de representar a realidade e de a reinventar ou a reinvenção de modos de representação.

Tenho consideração suficiente por amigos para não os arrastar a estes “acontecimentos” e se forem eles os artistas em causa… não lhes minto e evito falar tanto das obras (se for caso disso) como da fauna presente na altura e no local.

Não admiro estes convites nem as suas circunstâncias. No entanto, não perco a ocasião por nada do mundo. Apesar de não gostar de Carnavais a destempo e despropósito sempre tenho uma ocasião de me divertir com a natureza humana e as suas ridicularias.

Se agora me lerem… não voltarei a ser convidado! Irra, lá se vai o mau copo e a conversa fútil!

Bolas faz-me falta!

Aliás.. há muito mais do que isso na actual conjuntura “artística”?

sábado, janeiro 23, 2010

Desafios, inquéritos, questionários, perguntas e respostas… Blogices simpáticas

Desafios dos blog's In-provavel

Esclareço que esta é a primeira e provavelmente unica vez que faço isto e os motivos são apenas dois: O apreço pelas pessoas que mo propuseram e mais nada!.

http://sairdaspalavras.blogspot.com/

E

http://clarices-bichocarpinteiro.blogspot.com/

Eis o “desafio” a ser respondido:

a) Tens medo de quê?


Medo de ter medo de tudo aquilo que me assusta e que receio não conseguir superar.

O Absoluto, em geral, assusta-me. Opiniões absolutas; poder absoluto; dedicação absoluta; dependência absoluta; crença absoluta. O que é absoluto é doentio.

b) Tens algum "guilty pleasure"?


Hum… se tivesse Eu tempo para escrever e Vós tempo para ler… faria uma lista curta!


c) Farias alguma "loucura" por amor/amizade?


Todas as que possam imaginar além de todas as já cometi e não imaginava ser capaz e não lamentei!


d) Qual o teu maior sonho? [Não vale responder Paz, Amor e Felicidade ;)

Tenho sonhos demasiado longos e indescritíveis. Quase sempre têm livros à mistura, bibliotecas imensas que sonho poder ler.

De um modo mais… “Terra-a-terra”: Gostava de poder concretizar os sonhos um sonho chamado Inês. (afilhada de 3 anos com Síndrome de Asperger).

e) Nos momentos de tristeza, abatimento, isolas-te ou preferes colo? (Não vale brincar)

Se tiver “colo” não o recuso… mas não o procuro nem me isolo… limito-me a tentar continuar a ser Ser.

f) Entre uma pessoa extrovertida e outra introvertida, qual seria a escolha abstracta?


Ambas na mesma pessoa com conta, peso e a minha medida que desconheço ainda qual seja e que quero continuar a procurar conhecer.


g) Sentes que te sentes bem na vida, ou há insatisfações para além do desejável?


“Os satisfeitos estão mortos, em coma ou em vias disso” Yur Adelev


h) Consideras-te mais crítico ou mais ponderado? (mesmo sabendo que há críticas ponderadas)


Critico, sem dúvida! E ponderado na crítica, sem sombra de dúvida!


i) Julgas-te impulsivo, de fazer filmes, paciente ou... (define o que te julgas no geral).


Impulsivo é agir sem pensar ? Reajo bem sob stress!

j) Consegues desejar mal a alguém e eventualmente concretizar? (Responder com sinceridade)

Se alguém disser que não .. MENTE! “Dai-lhes a oportunidade e os meios e eles tornar-se-ão bestas!” Yur Adelev

No entanto sem empurrar quem quer que seja… já pisei muitos pescoços de quem me empurrou para me passar e me caiu um pouco mais à frente. Também já lhes dei a mão muitas vezes.

k) Conténs-te publicamente em manifestações de afecto (abraçar, beijar, rir alto...)


Só até onde a “boa educação manda” e… nem sempre! Não faço regra de nada disso mas admiro o respeito pelos outros e o seu direito à pacatez.


l)Qual o lado mais acentuado? Orgulho ou teimosia?


Sou uma mistura de todos os meus “lados” e a minha teimosia tem orgulho em mim e Eu nela. Sobretudo quando tenho a certeza de que ter razão.


m) Casamentos homossexuais e/ou direito à adopção?

As idiotices andam sempre aos pares e a sua ausência também!

Ou bem que se pugna pela igualdade ou se pugna pelo direito à diferença. Ambas as coisas em simultâneo… é uma contradição tontinha e libertária sem razão, sem Rei nem roque, entre os termos da questão.

É uma questão em que tenho demasiadas dúvidas para ter opiniões acertivas e não faz parte das minhas prioridades mais imediatas.

n) O que te faz continuar com o blogue?


O prazer de “dizer” e de saber que há pelo menos uma pessoa que lê e me envia destas coisas para responder.

Note-se que esta será a unica confirmação da regra de não o fazer.


o) O número de visitas ou de comentários influencia o teu blogue?

Nadinha! Mas agrada, embora a qualidade seja preferivél à quantidade como em outras coisas na vida!

p) Na tua blogosfera pessoal e ideal, como seria ela?

Livre sem libertinagem, sem anonimatos e sem “desafios”.

q) Deviam haver encontros de bloguistas? Caso sim em que moldes e caso não porquê?

È sempre bom para a alma compartilhar gostos e partilhar momentos com quem partilha connosco os seu momentos e gostos.

Sem compromissos ou segundas intenções.

r) Sabes brincar contigo mesmo e rir com quem brinca contigo? (Não vale responder com ironias).


Eu só não me rio mais de mim, para mim e acerca de mim porque estou ocupado a rir-me de outras pessoas que me causam a mais profunda tristeza. (Não é ironia).

Gosto que se riam comigo e para mim mas não de mim.

s) Já agora, qual ou quais os teus principais defeitos?


Conhecer os meus defeitos e não ter o sucesso que desejava ter quando tento eliminá-los.


t) E em que aspectos te elogiam e/ou achas ter potencialidades e mesmo orgulho nisso?


Se uma opinião acerca de mim me agrada não a considero um elogio mas uma mera constatação. Se for um falso elogio, finjo que a pessoa não disse nada!

Tenho um humor que se situa entre a observação cínica e a causticidade objectiva. Tem imenso potencial… mas a potência é um problema dos homens da minha idade. Dizem-me as minhas amigas… e a quantidade de Viagra que o meu famacêutico afirma vender.


u) Entre uma televisão, um computador e um telemóvel, o que escolherias?


Actualmente o computador permite-me não apenas ver Tv mas também fazer chamadas. Logo….


v) Elogias ou guardas para ti?

Elogio se pensar que é oportuno; manifesto apreço se (na circunstância) pensar ser o mais correcto mas se for merecida a critica ou ou elogio não guardo para ninguém.


w) Tens a humildade suficiente para pedir desculpa sem ser indirectamente?


Absolutamente e espero ser assim até ao meu ultimo segundo! E peço desde já desculpa por isso!


x) Consideras-te, grosso modo, uma pessoa sensível ou pragmática?


Quem disse que sensibilidade e pragmatismo se opõem?


y) Perdoas com facilidade?


Demasiadas vezes. Ao ponto de já ter pensado em mudar essa minha faceta… No entanto, perdão e arrependimento têm que fazer parte do mesmo “pacote” e serem ambos sinceros!


z) Qual o teu maior pesadelo ou o que mais te preocupa?

A infelicidade, qualquer que seja. Minha ou de alguém a quem estime de sobremaneira.

sábado, janeiro 16, 2010

Manuel Alegre candidato, Contos de Fadas e Polìtica Nacional.

Manyel Alegre candidato In-Provavel e contos de fadas


As histórias da nossa política são iguais aos contos de fadas que são todos iguais entre si.

Na nossa politica existem Califas tiranetes, com Vizires que desejam ser Califas no lugar dos Califas. Rainhas más que consultam e tentam dominar espelhos mágicos que pronunciam verdades que muitas vezes constroem eles próprios. Falo da nossa imprensa, sempre hesitante entre a “notícia sensação”, o bajular do poder, e o reflectir acerca das realidades nacionais.

Existem anõezinhos guindados ao poder funcionando em lobby de anõezinhos que parecem gigantes no topo dos pés de feijão das empresas e organismos públicos ou nas direcções de bancos, ainda que privados.

Há a galinha dos ovos de ouro que todos os dias é morta pelo lucro fácil, pela promoção duvidosa, pela reforma antecipada e choruda, pelo cargo de direcção imerecido.

Há as princesécas ou Moiras encantadas, encerradas no alto de torres de cristal televisivo de onde debitam os seus comentários políticos, sem contraditório ou com ele e de onde nunca saem para provar que saber comentar é o mesmo que saber fazer.

Há o Rei que do seu palácio se dirige ao Povo de quando em vez e que escolhe mal os conselheiros.

Há soldadinhos de chumbo (já não no serviço militar obrigatório mas ainda assim de chumbo) a prestar serviço em países distantes e que aqui pouco ou nada fazem de realmente útil.

Temos sapos que se transformam em príncipes encantados ou patinhos feios que se tornam cisnes temporários mas que pouco depois retornam ao seu estado inicial e desaparecem em exílios dourados, sem fama mas com fortuna ou com cargos em organismos internacionais.

Há lobos maus, sempre a soprarem contra tudo. Lobos a que todos conhecem os côvís, a existência, os actos e o paradeiro mas que os caçadores não conseguem apanhar em investigação alguma; nem com apitos mágicos e doirados, nem com casas pias que nunca foram feitas de outro chocolate que não fosse o mais amargo.

Temos a nossa Rainha-mãe de bochechas proeminentes e que não sabe que já não reina mas que nunca se cala a propósito de tudo e de nada; Que se arrasta adormecendo nas ocasiões solenes e que tem apenas Só-ares de saber o que diz.

Não nos faltam sequer os bobos da corte que todos os dias aparecem travestidos de figura pública das artes e do entretenimento em capas de revistas e em shows onde dançam, cantam e (imagine-se) até falam de política num círculo viciado em que todos se entrevistam e se elogiam a todos.

E temos Manuel Alegre.

Indeciso, como sempre, entre qual o papel que pretende representar neste conto de F_das!

Já quis ser Califa no lugar do Califa; Já foi Príncipe herdeiro deserdado pela rainha-mãe. Já foi Édipo a querer matar o pai. Já foi Caím que mata Abel e Abel politicamente assassinado por Caím.

Ora se apresenta como Raposinha Matreira, ora como Cavaleiro Branco, paladino dos fracos a quem esquece logo que volta a ser a raposa. Já foi Urso urrante, a gritar que a sí ninguém o cala. Mas calou-se sempre que assumiu o papel de pretendente a Rei.

Já foi o Soldadinho de Chumbo na reserva intelectual; o Mago da Corte das letras; o Conspirador da Corte; o Herói Breve; o Grande General retirado em exílio doirado de onde haveria de sair em dia de nevoeiro.

Já foi a Bela Adormecida que acordaria apenas com um beijo do Povo que nunca o beijou e acordou sozinho do outro lado do espelho da Alice, mas longe do País das Maravilhas.

Já pregou no deserto e ainda prega.

Actualmente é uma Cinderela a querer impôr-se à Fada Madrinha e rodear-se de Ratinhos que hão-de ajudá-lo a tentar vingar-se da madrasta e das irmãs que o rejeitaram nas eleições anteriores.

quarta-feira, janeiro 13, 2010

CANTAR AS JANEIRAS POR ESSES CONDOMÍNIOS ADENTRO

Vamos Cantar as Janeiras In-Provavel

Tenho que confessar que não há em mim um único osso, músculo ou célula… que me faça não gostar do Natal, das suas envolvências e arredores. Gosto de luzes brilhantes tanto como qualquer invisual; admiro a falsidade de muita gente que se declara solidária apenas na 2ª quinzena do décimo-segundo mês de cada ano; gosto de oferecer peúgas e bibelots inúteis, tanto como qualquer mortal possa gostar e gosto de os receber; gosto de repetir a mesma música irritante durante dias a fio, apenas porque a ouvi numa rua qualquer de qualquer cidade ou vila. Repetida até ao “desespero dos simples”, através de colunas ”fanhosas” colocadas no alto de candeeiros ou em lojas do pequeno comércio que ainda usam “leitores de cartuchos” como aparelhagem e caixas registadoras com manivelas.

Gosto de cantar e canto o melhor que posso num Grupo Coral em que admiro a toda a gente a dedicação enorme e as vozes (todas elas bem melhores do que a minha). Mas a minha experiência com cantorias de “Janeiras” é limitada. Tão limitada que apenas uma única vez participei num tão arriscado evento.

Na freguesia/paróquia onde vivia, o Presidente da Junta, à falta de ideias melhores, decidiu (literalmente) cravar uma série de voluntários para retomar a antiga tradição das “Janeiras” que nunca existira naquela localidade.

De salientar que aquele de todos nós melhor voz apresentava era o Ferreira, mecânico-auto prendado que tocara Tuba numa banda filarmónica da sua terra e que não lia uma nota de pauta melhor do que uma frase com mais que três palavras.

Havia a Tininha, uma empenhada catequista solteiríssima (por razões óbvias à vista e ao ouvido) que não perdia uma ocasião para esganiçar a voz na missa dominical e não entendia mais de música do que “pedir discos” na rádio local.

O Senhor Cabral, capitão reformado que em vez de cantar gritava ordens em forma de palavras com música de fundo mas que tocava acordeão como podia e era abstémio militante.

Depois e sem ensaio algum havia também mais cinco homens, a quem não conheci por se terem embebedado nas duas primeiras casas que nos abriram as portas e nos ofereceram Vinho do Porto. E duas beatas de ocasião que chegaram com adufes nas mãos e as mãos neles.

Chovia que “Deus a dava” e lá fomos todos com uma Tuba, um acordeão, adufes, ferrinhos e fotocópias ensopadas na mão.

Recordo-me que na sétima porta que se nos abriu, mais por caridade cristã do que por saberem ao que vinhamos, surgiu à porta um homem alto dos seus sessenta anos, com um violino na mão e um ar curioso. Era um vizinho meu. Foi aí precisamente, que a Tininha, imaginando que seria este um admirador das “Janeiras” e que se prestaria a um acompanhamento musical qualquer, iniciou o seu “solo”. Cantou todo o nosso reportório e músicas que conhecia da Igreja. Cantou tudo o que conhecia e algumas que estou certo inventou na altura, isto enquanto eu batia nos ferrinhos, as beatas espancavam os adufes e o capitão Cabral abanava o seu acordeão para que a água saísse por algum lado. O da Tuba voltara para casa e os restantes vinham já muito lá para trás, encostados uns aos outros aos tropeções.

Quando já só lhe faltava cantar o hino nacional, a Tininha ganhou coragem e acabou por perguntar ao Senhor Yur: “Mas então, o senhor não toca nada connosco?”.

Ele sorrindo respondeu no seu portugês macarrónico: “Num entendo muito portugués bem Sou Chéco… estava a ensaiar par a orquestra Metropolitana… trabalhar lá eu!”.

Foi nesse momento que olhei para a janela do meu quarto… com a luz apagada e nunca me lembro de ter desejado tanto estar lá sozinho, seco, sóbrio e em silêncio como nessa altura.


Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Janeiro. AQUI! http://aldeiadaminhavida.blogspot.com/
Aproveite para comentar. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!

Casa Pia – Decisão Final…? Tribunal ? Relação politica??? Sentença?

http://www.youtube.com/watch?v=HbBjOs8gE5w

Vejam bem ISTO! e.. OIÇAM com ouvidos de OUVIR! (CLICK em cima!!)

Sempre que oiço novas acerca do caso “Casa Pia” recordo uma frase que ouvi ao meu amigo Yur Adelev:

-“Antigamente, as crianças eram ensinadas a acreditar que os “dragões” eram controlados pelos cavaleiros justos e bons ou que realmente não existiam dragões.

-Nunca ninguém lhes ensinou que os monstros estão por todo o lado e são parecidos connosco!”

Quanto ao resto…

Tudo neste país Casa mas ninguém Pia!

-Ninguém o desmentiu! Ninguém ousou comentar ou processar… Quando a verdade incomoda... ignora-se e é TUDO?

domingo, janeiro 10, 2010

A ARTE DA ESCRITA- Cursos e Conselhos

a arte de escrever In-Provavel Blog

Quero esclarecer uma coisa muito importante: Escrever não é uma arte moribunda! Ser pago para escrever é uma arte pré-extinta.

Talvez fosse importante fazer-se uma análise, ainda que ligeirinha, do que levou a esta situação e do modo fácil de a ultrapassar, especialmente para aqueles que possuem em casa um arma de fogo, um forno a gás ou comprimidos variados em doses e cores.

Nos tempos em que escrever não era um assunto exclusivamente acerca de dinheiro, nos tempos de Camões e Gil Vicente que eram pagos em galinhas ou em moedas arcaicas que nem para comprar galinhas davam, a História era outra mas a coisa funcionava. Nos primórdios da Revolução Industrial tudo se tornou mais complicado e escrever tornou-se uma Arte. Camilo era um produtor literário de fundo, já que a necessidade a isso o obrigava. A arte da escrita era paga à palavra e as frases eram longas e tortuosas pois a sua brevidade significava menos pão na mesa e nem só de pão vive o “escrevinhador”. Nunca hei-de esquecer a descrição do escritório de Afonso da Maia com que Eça de Queiroz assusta, logo de inicio, o mais incauto leitor principiante na arte de ler os clássicos. Os brocados, os reposteiros e cortinados, os veludos, os estofos das cadeiras e cada mínimo detalhe enfadonho de cada recanto escôncio da divisão do “velho” Maia.

Nesse tempo era legítimo e normal consumir centenas de páginas, uma atrás de dezenas de outras porque as árvores abundavam e madeira para fazer papel não faltava.

Mais tarde, apareceram escritores como Hemingway que nunca dizia “estava a chover” mas apenas “chovia” para evitar o desperdiçar de palavras. Usavam-se poucas palavras mas cada uma delas, nesta época, significava uma “pipa” de dinheiro para o escritor o que lhe permitia assumir a atitude de bon-vivant, pessoa viajada e algo excêntrica. A escrita permanecia rentável sobretudo por falta de concorrência real e também porque o acto de ler era ainda o mais solitário dos prazeres pois a massificação da pornografia ainda não tinha acontecido.

Mesmo quando a pornografia começou a dar os primeiros passos, não constitui de imediato uma ameaça para os escritores; mantinha-se confinada a algumas publicações como a Playboy, a Penthouse ou a Luí que continham também longos artigos de autores famosos e eruditos acerca de assuntos como “Tocar clarinete” ou “Desarmamento nuclear”. Não creio que alguém alguma vez os tenha lido integralmente mas havia quem fosse pago para os escrever.

Depois foi o advento da Internet e tudo se alterou.

Quando a Net invadiu os lares a publicidade invadiu a rede. Os jornais começaram a cair uns atrás dos outros ou a diminuir de tamanho e espessura e o som doce do virar das páginas do jornal matutino foi substituído pelo surgir de imagens que piscam incessantemente e invadem os monitores dos PC’s caseiros. Mas o mais importante foi que a Internet vinha recheada com pornografia e a pornografia não instiga à arte da escrita. Aliás, para provar o meu ponto de vista fiz uma pesquisa rápida em busca de literatura ligada à pornografia que pudesse ser encontrada na Rede Global. O que de mais semelhante que encontrei foram os anúncios de “acompanhantes”, os de “troca de casais” e um E-Book intitulado “Katty Gosta dos Animais da Quinta”.

Sei o que podem estar a pensar: a Internet não é apenas pornografia e os escritores também devem ter beneficiado de algum modo com ela. Foi por pensar também assim que pesquisei no GOOGLE “ficar rico escrevendo” e encontrei centenas de locais disponíveis. Desde coisas tais como “Torne-se um Escritor Freelancer de Sucesso em Quatro Passos” a “Curso de Escrita Grátis” (http://in-provavel.blogspot.com/2008/11/curso-de-escrita-criativa-grtis.html).

Num outro site que prometia tornar-me milionário apenas escrevendo, acabei por me distrair com as dezenas de imagens de senhoras elegantes em poses eróticas envergando vestidos curtos, transparentes e decotados. Noutro local que garantia ensinar como se escrevem best-sellers, apenas havia links para coisas como “Jogos eróticos”; “Despedida de solteiros/as ao domicílio”, “Guia de sedução de lésbicas para homens”; “Serviços femininos para estrangeiros” e “Noivas Russas por catálogo”.

Apenas num blog encontrei algo que me acendeu alguma esperança. Um homem decidira fazer Crítica Literária por conta própria acerca dos livros que lia e que também ia escrevendo ele mesmo pequenos contos e poemas com enorme desvelo e entusiasmada esperança. Durante três anos, tudo não passou de um acto solitário pontuado por comentários de outras pessoas que encaravam essa sua actividade como mero passatempo. No início o homem tinha o sonho de ser descoberto por alguém que o publicasse e chegou mesmo a publicar-se pagando todas as despesas e recebendo em troca um “rombo financeiro” razoável. Mas no 4º ano de esforços parecia que finalmente se tinha tornado um profissional da escrita capaz de viver apenas dela.

Escrevia o seguinte:

“A partir de hoje vou dedicar-me a este blog a tempo inteiro. Na empresa onde trabalhava contrataram já alguém para o meu lugar!”

Fiquei contente por ele.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Critica Musical - World Music

CD Critica musical in-provavel

Critica Musical.

Continua a fazer furor o mais recente álbum da canto-compositora Sul-Americana nascida na Geórgia (União Soviética / URSS) com cidadania Canadiana e residente nos EUA.

O seu mais recente álbum em forma de CD sugere os ritmos africanos e as musicalidades tailandesas de influência marcadamente étnica das tribos do Peru e da Papuásia/Açores ou magrebinas. A beleza da sua voz quente, tépida e fresca quase gélida com sotaque acentuado de origem britânica, anglo-saxónica ou mesmo inglesa relembram os ritmos do Jazz clássico das décadas de 20, 40, 80 e 90, o country e a soul com laivos de world music e blues.

Interprete de uma beleza intelectual indescritível transmite em cada uma das suas composições, laivos de melodiosa e branda, insinuante, mansa, fluente, inquietante, dançável e obstipante alegria.

Ainda não ouvi mas se ouvir talvez venha a gostar.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

2010 PREVISÕES - PROGNÓSTICOS – ADIVINHAÇÕES – FUTUROLOGIAS

bola de cristal  crystal ball

· Portugal vai crescer economicamente tanto como … vai crescer fisicamente.

cAMÕES IN-PROVAVEL

· Vai ser lançado o novo "cumputador Camões” para substituir o “Magalhães”, depois será o “D. Sebastião” que será pago com os fundos de reforma dos funcionários do Estado e com dinheiros destinados aos orfanatos.

· Mário Soares será agredido na face com uma miniatura da Torre de Belém.

· A nova ministra da Educação recebe o Nobel da Literatura e completa um mestrado a sério.

· A Protecção Civil vai decretar alertas cor-de-rosa no Verão e cor-de-Laranja no Inverno.

rESTAURANTE sALTO À vARA- ROBALOS  IN-PROVAVEL

· Armando Vara depois de ver anulado o processo em que está envolvido abrirá um restaurante de peixe em que a especialidade será “Robalito à Sucateiro com batatinhas à Millenium”.

saramago in-provavel

· José Saramago converte-se ao catolicismo e escreve “Abel” . Para aumentar as vendas defende que as Páginas Amarelas se encontram plenas de pessoas más e violentas envolvendo-se em polémica com as operadoras telefónicas.

SUBBUTEO IN-PROVAVEL

· Portugal vence o Campeonato do Mundo de Futebol (versão Subbuteo).

dotecome.blogspot.com

· São anunciadas as futuras obras de construção de um Parque Natural de Contentores em Esposende e outro em Serpa. Ficaram também prometidas as ligações da A7813-B a Vilar de Perdizes e a Alhos Vedros e a construção do túnel de ligação à Rotunda do Faial com correspondência à ilha das Berlengas.

trafico in-provavel a

· O Trafico de drogas baixará ao passo que o tráfico de influências politicas continuará a aumentar.

carro electrico in-provavel

· È lançado o primeiro veiculo português movido a corda e a conversa de chácha com a presença do 1º ministro.

regionalização in-provavel

· Ressurge o debate acerca da Regionalização e de temas tão importantes para o actual momento nacional como: “a cultura do esparguete nas margens do Sado”, “a renovação do picotado do papel higiénico” “reciclagem e reaproveitamento da casca de banana” e “o reconhecimento dos direitos civis das minhocas e roedores citadinos”. A Sociedade Civil encontra-se mobilizada e fracturada tal como se pretendia.

JUSTIÇA IN-PROVAVEL

· Termina o “Processo Casa Pia”. Como resultado tudo casa e ninguém pia.

· Durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Educação dois deputados envolvem-se em desacatos graves insultando-se mutuamente com epítetos tais como: “inteligente e trabalhador”, “sério e dedicado”, “reconhecidamente honesto” e “assíduo aos trabalhos”. O presidente da Comissão viu-se obrigado a interromper os trabalhos dada a situação gravíssima e pouco habitual.

· Tem inicio a construção do 1º lance do TGV entre a Gare do Oriente e dez centímetros depois. A bitola escolhida acaba por ser a bitola chinesa.

sábado, janeiro 02, 2010

Mentiras Quotidianas Diárias (repostagem)

Verdade mentira in-provavel

-Este ano, vou começar a fazer ginástica.
-Isto não dói nada.
-Vou já!
-Estava mesmo para te ligar.
-Devo? Tem graça já nem me lembrava.
-A culpa foi do árbitro.
-O semáforo estava amarelo.
-São só cinco minutinhos… para ir ali à farmácia.
-Paga-me o café que eu pago-te amanha.
-Mandei o cheque ontem.
-É só mesmo ver o e-mail e desligo logo.
-Perdi o seu número de telemóvel.
-Somos só amigos.
-Eu sei o que podes pensar, mas entre nós não se passa nada.
-Este ano, vou estudar a sério.
-Tive um problema familiar professor.
-O professor embirra comigo
-Desculpe o atraso, estive na biblioteca.
-Demoro só cinco minutos.
-Já o li mas agora não me recordo bem.
-Juro que não conto a ninguém
-Estava mesmo para sair.
-Empresta-mo que amanhã já to devolvo.
-Fica-te muito bem.
-Não, estava só a descansar os olhos.
-Bati, mas a culpa foi do outro condutor.
-O raio do gin estava estragado.
-Bêbado… bêbado nunca estive, só um pouco alegre.

-E… que se sente ao fumar isso?
-Liguei-te mas estava ocupado.
-Estou aí em dez minutos.
-Vou pensar e depois digo-te alguma coisa.
-Nunca tal coisa me passou pela cabeça.
-Liga-me depois, agora estou em reunião.
-Era tão boa pessoa.

-A sexta rodada pago eu!